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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Poema para os netos e netas

(Hiago, Luna, German, João, 
Catarina, Mariana, Chico e Miguel)

Corpo de luta
De vitórias derrotas
De tudo na vida
Doem as juntas
Certeza tímida ali no canto
Ninguém nota
Dúvidas ousadas
E sem importância
Quase ninguém sabe delas
Doem as juntas
A jaguara próstata apertada
Não me permite
Afastar-me de banheiros
Sou corpo de luta
De uma única certeza
O mundo tal qual o vejo
Está sempre foi canceroso
Tumor metástase do capitalismo
Sou corpo de muitas incertezas 
Que não sabe direito o que fazer
Mas fiz um pouco quase nada
Eu não mudei o mundo
Espero que vocês não desistam
Meninos e meninas

Vô Paulo, 8 de maio de 2017

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