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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Os 32 anos do Calamengau

Lembro do Ceará que conheci em 1983, ele militante da Oposição Bancária, eu da Oposição Petroleira, os dois no CAHS, Centro Acadêmico Hugo Simas, ali na Marechal Floriano, a agitação da construção da CUT e do formigamento das esperanças do PT. Quero crer que, levemente barrigudos hoje, permanecemos essencialmente os mesmos, ou seja, não aceitamos essa porra de mundo que aí está. E tenho dito!
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Copiei de Maerlio Barbosa


Foi com muito esforço e luta que o Calamengau chegou aos seus trinta e dois anos de existência e resistência. Muita água rolou por baixo dessa ponte. Lembro que durante esse período foram abertas mais de dez casas de forró em Curitiba, mas todas fecharam. Algumas por falência, outras por achar que forró não dá dinheiro e muitos outros motivos. Mas nós resistimos. Não estou nem grande nem pequeno, Sou do mesmo tamanho que já era antes do forró. Dono de um carro velho, não tenho casa para morar que seja de minha propriedade nem levo vida de quem acumulou muito. Tenho um Espaço Cultural onde os recebemos com carinho e gratidão. Tenho uma coleção de discos que adoro, e sou cheio de amigos, minha grande riqueza. Pra que mais?
Vivo feliz por fazer o que gosto e acredito que aprendi a fazer. Muitos me chamam de louco, velho e ultrapassado, mas não ligo, pois tenho orgulho de ser guardião da cultura herdada de meus ancestrais.
Agradeço a todos vocês por fazerem parte dessa história e por alimentar em nós o que de melhor temos para retribuir por todo esse carinho. A festa de aniversário do Calamengau foi um grande sucesso graças a vocês que trouxeram sua alegria e axé com muita generosidade para nos presentear nesse dia. Há muito não via um forró tão alegre como esse em nossa amada terra. Mas só foi bom porque vocês assim a fizeram.
Espero continuar fazendo forró pelo menos mais 32 anos aqui nesta amada e fria terra. Obrigado.

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