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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Poema para a voz de German

Qual será tua voz, German?
Uma de relâmpagos? 
De luzes?
Água calma?
Beijos?
Berros?
Budha? 
Beatles?
Certezas e dúvidas?
Uma de eu, seu avô?
Da vida?
O que sei desde sempre
É que será sempre 
A tua voz
Tua linda voz

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