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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Poema para o neto Francisco

 

Avoa, menino
Mostra pro mundo
Suas descobertas
Avoa, Chico 
Aponta pro seu avô
Aqui, emocionado,
Seus espantos
Avoa
E seja como o Francisco 
Aquele que virou santo
(Seu avô é ateu, não conte pra ninguém)
Avoa, menino
Alumbra-nos
Alumia-me
Avoa, Chico 
E não se esqueça nunca
De vez em quando 
Passarinho
Pouse em meu ombro
Alumia-me, menino

Vovô Paulo, 11/08/2015

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