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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 5 de abril de 2015

Poema entalado

Tem um poema entalado na garganta

Atravessado feito espinha de peixe

Parado no aqui no sufoco do peito

O que faço com ele

Dou nele umas porradas

Exijo que se mostre

Pego ele pelos cabelos

E o exponho inteiro

Trago ele a lume

Ele e sua cicatriz

Berro com ele seu poema de merda

Coloco ele nos fedores do mundo

No seu devido lugar

Poemas são difíceis

Merecem apanhar na bunda

Os meus merecem

Poemas descabelados

Poemas entalados

Na garganta e na vida

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