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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 25 de abril de 2015

A propósito da greve do povo da educação que será retomada na próxima segunda feira

Poeminha do fura greve

Eu furo greve
Eu não faço greve
Mas se minha bundona 
de fura greve 
ficar exposta
Eu preciso justificar 
o fato de ser um 
fura greve de merda
E construo catedrais com minhas justificativas
Eu amo meus alunos
O sindicato é do pt
A democracia precisa ser respeitada
E a putaqueospariu 
Eu preciso chegar em casa, 
no fim do dia,
E ser capaz de olhar-me no espelho
Mas não sou capaz de olhar-me no espelho
Baixo os olhos
E não me encaro
Sou fura greve
Não faço greve
Não sou capaz de assumir minha decisão
Sem acusar os outros
Mas, se a greve resultar 
em ganhos para todos, 
Eu aceito as conquistas que 
os outros tiveram
Eu aceito, 
sem nenhuma vergonha na cara,
As conquistas obtidas por aqueles que ousaram fazer a porra da greve
Eu sou um bosta
Eu furo greves

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