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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O novo e radical sabor do iogurte grego

Copiei a imagem daqui

Copiei de Maringoni Gilberto

O POVO GREGO VIU MAIS SEGURANÇA NO RISCO

A vitória da esquerda na Grécia representa um formidável tento popular contra o terrorismo econômico vivido pelo pais há quase sete anos.
O crescimento do Syriza, a derrota da direita e o encolhimento surpreendente da esquerda moderada – o PASOK – pode expressar também uma situacão nova para a União Europeia.
O novo quadro evidencia que as ameaças da troika – FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia – não representam mais um fantasma para a populaçao grega.
O mergulho vertical da qualidade média de vida e a devastaçao social falam mais alto. Ou seja, diante de um caminho aparentemente seguro para se obter a tao propagada credibilidade internacional – um eterno ajuste fiscal -, o eleitorado preferiu o risco de uma política anti-austeridade.
A revista Economist publicou há poucas semanas uma matéria com indicadores econômicos e sociais da tragédia grega (aqui). Desde 2008, o PIB caiu mais de 25%! O desemprego alcanca 60% dos jovens e a dívida pública chega a 175% do PIB.
Mais do que números, estamos diante de uma catástrofe para milhões de pessoas.
A tarefa que uma administração encabeçada pelo Syriza não será fácil.
A primeira atitude dos centros da finança global será buscar dobrar o novo governo, que não assinou uma "Carta aos gregos". Ate aqui, o Syriza tem se mostrado firme e ousado. Tudo indica que seguirá assim.
Mas não bastam boas intenções.
A vitória da esquerda grega pode representar também – sublinhe-se varias vezes esse "pode" – o início de um novo ciclo na disputa global contra a ditadura dos mercados.
Para isso, será necessário construir uma ampla aliança internacional em apoio a um país pequeno e periférico. O isolamento seria fatal para a nova situação que se constrói ao sul da Europa.
A Grécia prova que as eleições podem ser ganhas com propostas claras de esquerda.
Em dias de vergonhosa capitulação daquilo que um dia foi a esperança de transformação social no Brasil, vale torcer para que a disputa grega acenda um facho de esperança para a esquerda socialista em todos os países.

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