SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Real Comunicado Presidencial sobre as Eleições 2014

Copiei a imagem daqui

The Royal and Forever Presidente, Guru Anti-Oxidante e Sex-Symbol Senior das Organizações Ornitorrinco informa aos distintos internautas e ilustres passageiros que, durante os próximos meses e até as eleições:

1. Este blog permanece no lado esquerdo da vida e das ideias e, portanto, toma partido e, como aponta farta e clara sinalização, os direitosos, os direitudos, os pragmáticos malemolentes, os conformados pálidos, enrustidos ou não, ou adotam claramente esta direção tenebrosa, ou seguem em frente ou podem dirigir-se, em garboso passo-de-ganso, diretamente para os quintos-dos-infernos e/ou para a puta ianque e golpista que os pariu.

2. Apoiamos o governo Dilma e queremos sua reeleição, mesmo com suas limitações e problemas, ou seja, aqui tem sido e será assim: bateu no PT, em Lula ou no governo Dilma, levou. Na bucha e na lata.

3. O PIG e a blogosfera limpinha, ocidental e cristã serão diariamente contraditados e desmentidos, com textos de lavra própria ou de outros blogs de esquerda, ou progressistas, ou tudo isso, sempre deixando claro que este é um blog intestinal - sempre em situação de desarranjo - e que nem sempre haverá papel higiênico disponível.

4. Tucanos, marineiros marinados e socialistas bornhauseanos são sempre bem vindos, desde que avisem com antecedência, não façam sujeira na sala e não crocitem pela canonização de santa marina esverdeada, até porque, bando de fanáticos, José Maria Escrivá, o fundador da Opus Dei dado à prática doentia da auto-flagelação, já é demais para nosso ateísmo sereno e militante.

5. Não prometemos milagres urgentes nas terças ou quartas, mas, se necessário, nos finais de semana poderemos abençoar e beber umas garrafas de algum bom e honesto vinhote tinto seco.

6. Não estamos em guerra aberta contra as religiões mas, com meridiana clareza, afirmamos nosso apoio incondicional à todas as iniciativas que visem criminalizar a LGBTT-fobia, a descriminalizar o aborto e somos, sim, pela descriminalização das drogas, e não temos nenhum temor dos arreganhos de origem religiosa, especialmente das tropas cristãs do atraso.

7. Não estar em guerra não significa deixar-se queimar em fogueiras religiosas em nome do notório e inexistente patifão esfumaçado que vive nas nuvens. Acendeu, o Ornitorrinco mija em cima.

8. Continuamos fãs incondicionais de bacon crocante, ovo frito e linguiça calabresa, feijoada, churrasco com sal grosso e belas e fartas macarronadas. E de arroz carreteiro magistralmente preparado por nossa hermosa e levemente amalucada Primeira-Dama, Dona Sonia Estigarríbia Del Bolerón y Capurro de Las Raíces Culturales de Las Cocinas de Las Virgens de La Alimentación de Los Dioses de La Cocción.

9. Não somos ligth coisa alguma: este blog não é desnatado, tem muito açúcar e sal e tem sempre altos e perigosos teores das boas coisas todas, e não faz caminhadas nem segue dieta alguma.

10. Continuaremos relativamente desorientados a respeito da porra da recente reforma ortográfica, de modo que hifens correm muito perigo por aqui. Fiquem, pois, avisados.

11. Havendo despressurização súbita da cabine do blog ou ocorrendo uma operação da Polícia Federal, máscaras escuras deverão ser prontamente vestidas, e todos sairão pelos túneis de fuga, conforme orientação da nossa equipe de jagun..., quero dizer, de atendentes virtuais.

12. Permaneceremos em nossa faina de criação de factóides, inverdades meia-boca, ameaças sutis e trampos mais pesados com o fim de obter patrocínios, convênios, capilés diversos, descontos e outros mimos que somente a imprensa sadia, higiênica, imparcial e neutra pode conseguir. Os interessados devem procurar por Baulo Hoberto "Cicatriz" Jequinel, Gerente-Geral de Operações de Escárnio e Maldizer.

FAULO GOBERTO TEQUINEL
THE ROYAL AND FOREVER PRESIDENTE
GURU ANTI-OXIDANTE E ANTI-ESPESSANTE 
GOSTOSÃO SÊNIOR E OBJETO SEXUAL CHEFE 
WE ARE THE WORLD, WE ARE THE CHILDREN 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Consultório Eleitoral

Central Ornitorrinco de Aconselhamento Eleitoral

Querido Ornitorrinco. Eu preciso muito fazer uma coligação, estou desesperada. Ainda dá tempo? Você pode me ajudar? (Devassa do Cabral Soho)
Minha querida Devassa, por medida de prudência e por pundonor, repassei sua consulta para mi mujer, espuesa y, por supuesto, valiente compañera, Doña Sonia Fernandez de La Virgencita Botinuda y Ayrosa, que assim respondió: "Chispa de acá, su ofrecida sin verguenza, vaya a proponer coligaciones y otras patifarias com las gentes de suya laya. Conoció, papudita?"

Querido Ornitorrinco. Neste período eleitoral muito conturbado o que devo fazer quando miro os olhos azuis de Dudu Campos? Ajude-me, por favor! (Destrambelhada do Pinheirinho Soho)
Querida Destrambelhada, ouça apenas seu coração: aqueles olhos azuis são mesmo lindos, mas procure saber se o rapaz tem algum plano de governo e, se souber de alguma ideia dele, por favor, me escreva, que até agora só ouvi platitudes dignas das manhãs da Ana Maria Braga. De todo modo, não se esqueça que Santa Marina, a Esverdeada, aquela que é muito sustentada pelo banco alaranjado, enredou sustentavelmente o Dudu. E não dê trela para as maledicências que o petismo búlgaro, abortivo, ateu e malvadão está a espalhar pela país, utilizando-se de táticas de terrorismo eleitoral aprendidas em Cuba, na Coreia do Norte, na Venezuela e em Morretes. 

Querido Ornitorrinco. Onde está a essência da verdade eleitoral? (Anônimo de Merda do Portão Soho)
Prezado Anônimo de Merda, a verdade eleitoral essencial estará na memória da urna eletrônica que, como todos sabemos, foi uma invenção do lulo-petismo marciano, malvadão e sestroso, com o solerte objetivo de nunca mais perder eleições neste país, a começar por Antonina, uma das três "cidades estratégicas", conforme ordens secretas do Zé Dirceu, o Mais Cruel dos Brasileiros.

Querido Ornitorrinco. Ouvi dizer que um dos candidatos aspira muita coisa, além da presidência. É verdade? (Boca Aberta do Batel Soho)
Jamais acredite nas manobras criminosas do petismo descarado, terrorista, abortivo e ateu, prezado amigo Boca Aberta. Em verdade, na Justiça de Minas existem processos para beatificar, num primeiro momento, e depois para canonizar o candidato em questão. As maledicências, os vídeos e as informações que estão nas redes sociais são montagens grosseiras, fabricadas nos Sinistros Porões da Arapongagem Petista (SPAP), cujos agentes aprenderam tais bandidagens com o Hugo Chavez, com o Fidel Castro, com o Zé Dirceu e com o asqueiroso do Jaulo Boberto Tequinel, notório, sorrateiro e catinguento araponga da terceira idade. Por exemplo, aquele vídeo que mostra o Mineirão lotado cantando "Maradona, vá se fudê, o Aécio cheira mais do que você" foi feito num estúdio norte-coreano. O resto é poeira, le-van-tou po-ei-ra!

Querido Ornitorrinco. Você pode alumiar-nos com sua tosca sabedoria dizendo em quem votará? (Indeciso do Capão Raso Soho)
Querido Indeciso, é uma honra receber sua visita aqui neste blog tão sujo, fedido e insalubre e, por oportuno, tosca é a senhora sua mãe.
Infelizmente, ainda não é chegada a hora de anunciar publicamente minhas escolhas. Mas, para que não perca a viagem, vou lhe falar bem baixinho, só pra você: Votarei Dilma e Gleisi, Dr. Rosinha ou Cláudio Ribeiro para senador, Professora Marley para deputada federal e Tadeu Veneri para deputado estadual. Por favor, não espalhe, senão os coitados perderão seus suados votos. Eu sou um péssimo cabo eleitoral.

A Copa é espaço da política

Copiei de Elaine Tavares
A Copa é espaço da política
Foto: André Dusek - Estadão

De repente, como se fosse uma surpreendente novidade, os jornalistas brasileiros abrem manchetes nos jornais, informando à população de que “índios disparam flechas em protesto na capital federal”. Como sempre acontece, desde há 500 anos, os povos indígenas, quando “no seu lugar”, ou seja, bem quietinhos, nas reservas definidas para eles, ou chorando pitangas, são alvo de comiseração. E, quando muito, no 19 de abril, pode-se falar deles, no passado, como se fossem uma etapa já superada da integração nacional. Mas, basta que se levantem em luta pela demarcação de suas terras, ou contra os sucessivos golpes que o agronegócio vem dando na tentativa de se apossar das terras ricas, para que as forças de manutenção do “estado das coisas” iniciem suas cruzadas contra o que consideram “atraso”. Os índios são atraso, sempre.
As vozes que se expressam nos jornais e TVs questionam a necessidade de tanta terra demarcada para tão pouco índio. São cerca de 896 mil no Brasil de hoje. A considerar que a nação tem 180 milhões de almas, esses 896 mil seriam como uma ferida, dessas, que não sara, “incomodando” a vertiginosa saga do progresso. Há um desejo muito claro dos latifundiários e mineradores em se apropriar das largas extensões de terra indígena, ainda protegidas, que guardam riquezas sem fim, seja no que diz respeito a mananciais de água ou minérios. Daí a necessidade de inocular na opinião pública a ideia de que eles são o atraso. Melhor seria que se “integrassem” à sociedade brasileira, acabando de vez com essa “incomodação” que é a necessidade de demarcar territórios para que eles vivam “isolados”. E não bastasse toda a campanha contra o direito de os indígenas terem sua terra, ainda os condenam por querer permanecer na “pré-história”, que é como definem o direito de terem sua própria cultura.
Não é sem razão que a opinião pública vai sendo bombardeada com a “insensatez” dos indígenas em quererem mais terra para viver. Afinal, já não têm as reservas? Que mais querem? Os meios de comunicação não informam que desde 2012 a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou a Emenda Constitucional 215 – que ainda tramita no Congresso - um tremendo retrocesso legal articulado pelas bancadas dos ruralistas e dos evangélicos. Com essa emenda fica na mão dos deputados a decisão sobre a titulação das terras não só dos indígenas, mas também dos quilombolas. Ora, essas bancadas são as representações do capital internacional concretizados em empresas como a Monsanto, Bayer, Syngenta, Cargill e outras, todas ligadas ao agronegócio, que vem abrindo novas fronteiras agrícolas em estados como o Mato Grosso do Sul e Amazônia, espaços onde ainda têm muito índio. Daí a necessidade de ter o controle das demarcações. E é contra isso que os povos indígenas estão em luta.
A velha batalha por demarcação, que ainda precisa ser feita, é o que levou os indígenas à Brasília nesse 27 de maio. Porque os governos de Lula e Dilma Roussef foram os que menos homologações de terra fizeram desde o primeiro governo civil, na década de 80. Dilma realizou apenas 7 homologações, embora existam hoje 339 terras indígenas já identificadas sem que qualquer providência tenha sido tomada. Isso sem falar das outras 293 áreas em processo de estudo. Fica clara, portanto, a completa omissão do governo federal diante da tragédia vivida pelas famílias indígenas. Também no ano de 2012, conforme relatório do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) aumentaram os casos de conflitos e mortes envolvendo indígenas, fruto das invasões efetuadas por fazendeiros para a exploração ilegal de recursos naturais.
É com esse pano de fundo que as comunidades originárias se insurgem dentro do universo de prioridades do governo nesses tempos de Copa do Mundo. Eles sabem que o governo federal definiu, de forma célere, uma lei que dá superpoderes à FIFA e seus parceiros do campo empresarial. Ora, se há ligeireza para atender aos interesses das empresas transnacionais, por que não haveria para demarcar as terras que estão sendo esperadas há décadas? E foi essa luta que os indígenas foram travar nesse maio, em Brasília. Como havia uma manifestação marcada por sem-teto, sindicalistas e outros trabalhadores aglutinados no Comitê Popular da Copa DF, os indígenas se uniram ao coro de protestos.
É claro que a mídia comercial, ávida por factoides, haveria de dar destaque a uma flecha que foi parar na perna de um policial. Pouco importa saber que os policiais estavam fortemente armados, que jogaram gás, que irromperam com cavalos, visando impedir que os manifestantes chegassem ao Estádio Mané Garrincha, recentemente reformado para a Copa. A caminhada até lá, onde está erguida a Tenda da Copa do Mundo, visava justamente aproveitar a visitação das pessoas à taça mundial, para um diálogo sobre as reais necessidades das gentes. Os indígenas tinham planejado fazer um ritual junto à taça mas, como os demais manifestantes, foram impedidos de chegar até o local.
As fotos nos jornais mostram os indígenas em atitudes “ameaçadoras”, com suas flechas de pau contra policiais fortemente armados e à cavalo. E no imaginário de quem vê, os “perigosos”, são, obviamente, os índios. Também fica óbvio que “essa gente”, incluindo aí os sem-casa, os sem-trabalho e os trabalhadores em luta, são pessoas sem um mínimo de “patriotismo”, uma vez que estão se insurgindo contra um evento que vai trazer tantos benefícios ao país.
A presidente Dilma, no Palácio do governo, conversava com empresários no momento do protesto. Suas declarações, pós conflito, são simplórias. “Não dá para usar a Copa para fazer política”, reclamou, como têm reclamado também os partidários do PT e outros apoiadores do governo. Ora, é kit básico da luta política, aproveitar momentos como esses para fazer política sim. É o momento perfeito para a grande política, aquela que pensa de forma totalizante os problemas estruturais do país, como é o caso da concentração da terra, seja no campo ou na cidade. Se não for agora, quando os movimentos poderão conseguir visibilidade? Não foram os trabalhadores que decidiram pelo megaevento. Mas, se ele aí está, com todas as suas mazelas presentes e futuras, essa é a hora perfeita para que as demandas das gentes aflorem e se expressem. Um governo com sensibilidade deveria saber disso e atuar em consequência. Se teve força para trazer a Copa do Mundo para o Brasil, há que ter condições de dialogar com os movimentos e discutir por que determinados assuntos não estão caminhando, enquanto outros seguem como se estivessem numa Via Expressa. As gentes querem saber por que as empresas estrangeiras terão prioridade e exclusividade de ganhos no grande banquete do mundial. E o governo deveria ter a dignidade de responder.
O fato é que agora é hora da festa, dos turistas, da burguesia nacional, dos aficionados pelo futebol, que não se importam com a política que está por trás do evento. Sim, porque a Copa é um assunto político. E o governo está fazendo política com a Copa, exatamente como os trabalhadores, os sem-teto, os indígenas. Todos estão a fazer política. Então, é preciso que a opinião pública saiba disso, e desde aí, do conhecimento, se posicione. O que não dá é para jogar um manto protetor sobre a Copa, como se fosse apenas uma linda e alegre festa popular, a qual alguns “malfeitores” estão querendo estragar. Não é. Aí se joga também o jogo da política, as alianças, os acordos, as benesses, os compromissos futuros.
É por isso que nas ruas as gentes também fazem política. A grande política. A que desvela as chagas abertas de um país dependente, que se desenvolve dentro do subdesenvolvimento gerado pelo sistema capitalista, esse, que exige sempre que um seja pobre para que outro possa acumular riquezas. É claro que se a direita se aproveita dessa incapacidade governamental de dialogar com as massas, aí já não pode ser um problema imputado aos trabalhadores e aos lutadores sociais.
O fato é que, para além do factoide, da flecha na perna do policial, há um número bastante expressivo de brasileiros que sabe o que é o jogo político que se esconde junto ao Mundial de Futebol, e, acertadamente, faz o seu. 

Sobre o pai gay

Meu amigo Walter Silva publicou em seu face o texto que reproduzo a seguir.

"Um estudo publicado recentemente na National Academy of Sciences americana revelou um fenômeno curioso.
O cérebro de pais e mães se torna hiper ativo durante o tempo que eles passam cuidando dos filhos, respondendo a estímulos emocionais e cognitivos.
Nas mães ocorre uma intensificação cerebral justamente nas áreas mais "emotivas".
Ruth Feldman, autora do estudo e professora de psicologia e neurociência, disse que nos pais heterossexuais, a ativação emocional mais intensa ocorre somente na ausência da mãe.
Mas isso é lugar comum.
O que me interessa é a segunda conclusão do estudo; 48 pais gays também foram avaliados na pesquisa.
E descobriu-se que o cérebro de um dos pais gays vai reagir exatamente igual o cérebro da mãe heterossexual, funcionando desta forma o tempo todo, ao passo que o cérebro do outro vai operar de acordo com o esperado no pai heterossexual.
Feldman concluiu que a plasticidade do cérebro dos pais gays permitiu essa adaptação biológica, apresentando aquilo que ela chamou de "condição de parentalidade ideal", não detectando nenhuma desvantagem no arranjo homoafetivo.
MAS E AGORA HEIM SEUS REAÇA COXINHA???"

Então surgiram os seguintes comentários, que enriqueceram o debate. E eu, ó, fiquei quietinho ali no canto, só aprendendo.

Diogo Petersen: muito interessante e curioso.

Tiago J Silva: Ótimo estudo.

Jean Tempest: Em suma a pesquisa esta dizendo que existe sempre uma "mãe" e um "pai" em qualquer arranjo homoafetivo onde haja uma criança?

Walter Silva: Não querido. A pesquisa está dizendo que estereótipos de gênero são falsos.

Diogo Petersen: preciso pensar um pouco mais sobre o assunto, pois tive uma impressão semelhante ao de Jean Tempest, mas achei q eu tinha viajado. Ao mesmo tempo q ela diz q "esteriotipos de gêneros são falsos", a pesquisa aponta q uma das mentes dos homens acabam ocupando o perfil da mãe.
Mas para uma relação familiar saudável isso é realmente necessário? O papel do pai e da mãe? não podendo ser mãe e mãe, ou pai e pai?

Paulo Duarte: Entendo que o que foi dito é que qualquer cérebro pode se adaptar a função de cuidador. No caso de casais heteros a ativação do cérebro do homem só costuma ocorrer na ausência da mãe (justamente quando estes têm que desempenhar a função de cuidador principal em nossa cultura). No casal de dois homens pelo menos um assume a função de cuidador principal. Coisa similar, imagino, deve ocorrer em casais lésbicos. O que essa pesquisa parece mostrar é que o cérebro masculino pode se adaptar a essa função de cuidador, seja hetero ou gay. Chamar o cuidador principal de "mãe" do casal é apenas uma interpretação cultural do fenômeno.

Daniel Silva: Uma senhora interpretação cultural. O gênero também está nas minúcias.

Diogo Petersen: preciso juntar tudo e v no q dá.

Daniel Silva: Aproveite a greve e junte.

Paulo Duarte: Acho que é necessário separar o que é conteúdo da pesquisa e o que é apresentado pelas matérias de divulgação científica e interpretado por seus leitores. Até onde pude ler, a pesquisa nega a existência de um "cérebro de mãe", já que homens, de qualquer orientação sexual, também são capazes de adaptar-se a função. Mas algumas matérias de fato colocam nos termos que Jean apresentou: em casais gays um é a mãe. A distorção é muito forte. Para os outro cenários leventados por Ricardo serão necessárias outras pesquisas, do jeito que a ciência deve funcionar, colocando um pouco de conhecimento de cada vez. O resto, são extrapolações nem sempre muito responsáveis dos divulgadores.

Walter Silva: A pesquisa demonstrou que os cérebros de homem e de mulher funcionam da mesma forma quando se exige que ambos cuidem bem dos filhos.O pai heterossexual, assim como o pai gay que tem menos contato com o filho, vai apontar um distanciamento emocional maior. A mãe hetero, assim como o pai gay que tem mais contato com o filho, vão se especializar mais nesse cuidado. Eu não vi nenhuma tentativa de sugerir que gay se comporta como mulher. Essa pesquisa é muito importante, considerando que a homoparentalidade de mulheres é bem mais pesquisada que a dos pais gays. Vários estudos indicam que casais lésbicos criam muito bem seus filhos. Pais heterossexuais solteiros também são capazes de se comportar de modo emotivo e afetivo semelhante à mães.

Daniel Silva: E outra coisa. Não existe "apenas uma interpretação cultural" neste caso. Gênero e sexualidade são construções culturais que influenciam profundamente a sociedade, inclusive constituindo hierarquias e verticalidades tanto relacionalmente (homem x mulher, masculinidade x feminilidade). O que Paulo (e Jean, acredito) estão demonstrando é que, por mais que pesquisas demonstrem e desconstruam isto, estes construtos socialmente compartilhados e vividos são muito poderosos e estão atuando num nível tão básico que parecem muito naturais.
Não é um juízo sobre a pesquisa necessariamente, mas como estas questões estão imbricadas.

Daniel Moraes: Perfeito, Daniel Silva. Eu estava começando a escrever, mas vc escreveu o que eu iria dizer.
"Estes construtos socialmente compartilhados e vividos (homem x mulher, masculinidade x feminilidade) são muito poderosos e estão atuando num nível tão básico que parecem muito naturais."
Exatamente.

Daniel Moraes: A adoção "automática" de um código neuro-linguístico maternal por parte de um dos pais e paternal por parte do outro pai é ao meu ver apenas a confirmação de que o papéis de gênero que nos socializam no meio heteronormativo no qual estamos inseridos são tão sólidos que moldam nossas percepções, ações e identidade.
Esses pais nada mais estão fazendo que adotar os papeis sociais que nós conhecemos. 
Aqui não estou fazendo juízo de valor, se isso é bom ou ruim... mas apenas constatando um fenômeno. 
E, como o Walter bem disse, esses papéis podem muitas vezes ser influenciados tb pela simples presença mais constante de um pai mais próximo que outro (mas tb não podemos deixar de averiguar se essa divisão entre proximidades de um e distancia de outro já não é ela mesma uma reprodução de papéis dicotômicos de gênero).
Enfim... a discussão é boa. 
O fato é... papais héteros não são essenciais, naturais ou mesmo necessários como condição sine qua non.
A família tradicional é apenas mais uma dentre tantas outras possíveis.

Daniel Moraes: Eu e meu marido estamos amadurecendo a ideia de adoptar uma criança. E não temos divisões de gênero entre nós. Cá em casa não existem tarefas minhas ou dele. Dividimos tudo, em todos os aspectos. Todos.
Não obstante, eu tenho certeza que eu serei reconhecido socialmente como a "mãe" e ele como "pai". Não sei se inconscientemente eu estarei adotando uma linguagem de gênero (nesse caso maternal) que aprendi, ou então se apenas serei o pai carinhoso (pq sou mais afetivo que Alexandre) e por isso os outros é que me lerão por meio da lente do binarismo de gênero e por isso me verão como mãe.
Não sei. 
Mas o resultado dessa pesquisa se confirmará aqui em casa, por certo rsrs.

terça-feira, 27 de maio de 2014

Coluna do Enólogo Genial dos Povos

Abri um vinhote argentino Lavaque, 2012, Pinot Noir (R$ 14,00), casta diferente e não muito disponível e, se fosse o Enólogo-Chefe do Partido e escrevesse no jornal oficial, lá pelos anos 80, eu diria mais ou menos o que segue.

Varietal revolucionário de cor avermelhada-partidária, com intensos aromas típicos das axilas das agricultoras do povo que garantem a produção de trigo e a faina das ordenhas, com delicado paladar dos sonhos da juventude organizada. Um tinto jovem e, como é adequado, produzido em consonância com as diretrizes superiores do Comissárionado Popular da Produção Vinícola e do II Congresso do Partido. Na boca das massas desenvolve uma intensa e perfeitamente planejada sequência de dizeres populares, dos discursos de Lenin às diretrizes de Staline, o Enólogo Genial dos Povos, com perceptíveis e luminosas notas de carvalho soviético novo.

DataFolha confirma subida: agora vai, Aécio!




Combate a corrupção e outras indecências

 

Jovem viuvinha sem-porvir convida desavisado e, por supuesto, entusiasmado jovem para participar do que ela chama de "marcha contra a corrupção e contra a copa".
Garante a fogosa jovem, seguidora de Santa Marina Esverdeada e de São Álvaro Esticadinho Dias, que as hordas do petismo búlgaro, lulista, chavista e fidelista desviaram "bilhões da saúde e da educação para fazer estádios de futebol".
Animadíssima, ela provoca: "prefere a corrupção cabeluda, garotão, ou uma bem raspadinha?"

Eis o PIG antes da capação

 

Em Brasília, 19 horas.
O Ornitorrinco mata o pau e mostra o PIG, metaforicamente, bem entendido, que este é um blog familiar, cristão e idílico em cristo.
Os assinantes da Veja e da Gazeta do Povo que não acreditam na existência do PIG não poderão mais, e definitivamente, duvidar diante de robusta prova que trazemos a lume: ei-lo, ainda bebezinho e quase inofensivo, sendo tratado a pão-de-ló por jovem, bela e educada filha da nossa melhor sociedade golpista e preconceituosa. 
É bem de ver-se, ressaltamos, o carinho com que o milicão oferece o leitinho da salvação nacional em face do perigo do petismo búlgaro ao suinozinho imberbe, ainda antes da sua capação.

Água: a oferta é finita, a demanda está a crescer e, ao contrário do petróleo, não há alternativa

Bancos à prova d'água

O que têm em comum Goldman Sachs, JP Morgan Chase, Citigroup, UBS, Deutsche Bank, Credit Suisse, Macquarie Bank, Barclays Bank, Blackstone Group, Allianz, HSBC Bank, T. Boone Pickens, George H.W. Bush, Li Ka-shing e Manuel V. Pangilinan?
Responde o sagaz Leitor: "São ricos".
Sim, verdade. Mas além disso? "São uns gatunos".
Sim, tudo bem: mas além disso? 
"Fazem parte da restrita elite que condiciona pesadamente o caminho do Mundo".
...e isto é verdade também. Mas além de serem ricos, gatunos e fazer parte da restrita elite que condiciona pesadamente o caminho do Mundo, o que têm em comum?
"Manipulam a Finança para aumentar as suas próprias riquezas e o poder também".
Ok, querido Leitor, vamos fazer assim: esqueça a pergunta, tá bom? E que raio...
O que quero dizer é que todos os nomes citados antes têm outra coisa em comum: e esta coisa chama-se "água".
Os bancos de Wall Street e os bilionários da oligarquia planetária estão a comprar água em todo o mundo, e com um ritmo muito preocupante.
Terrenos com rios, lagos, direitos de exploração, empresas de distribuição, acções das empresas produtoras e distribuidoras, tecnologia relacionada: nada disso é uma novidade absoluta, mas o fenómeno aumenta rapidamente.
Depois há uma segunda tendência preocupante: começam a surgir relatos acerca duma actividade governamental (por enquanto muito limitada, diga-se) para limitar a capacidade dos cidadãos de obter água de forma autónoma. É o caso de Gary Harrington, do Oregon, como vimos há dois anos.
Mas voltemos aos "ricos & gatunos".
Há dois anos, Jo-Shing Yang, um pesquisador independente autor do livro Ecological Planning, Design & Engineering. Solving Global Water Crises: New Paradigms in Wastewater and Water Treatment. Small and On-Site Systems for Water Self-Sufficiency and Sustainability (da próxima vez não seria mal pensar num título um pouco mais curto), publicou um artigo no site Global Research.
O que mudou entretanto?
Abro a página de Google e eis uma breve pesquisa com a expressão "o problema da água". Os resultados são desconfortantes: Falta de água será problema mundial para o século XXI, O problema da escassez de água no mundo, O problema da distribuição de água, Água doce e limpa: de "dádiva" à raridade, Abastecimento de água doce ameaçado, etc. etc.
76.800.000 resultados.
Melhor tentar com uma expressão um pouco mais precisa: que tal "bancos e água"?
Olha, 53.400.000 resultados, nada mal.
Pena que como resultados não sejam propriamente dos melhores: "Bancos à prova d´água" é interessante quando formos obrigados a usar o carro num dia de chuva; "Bancos não recebem mais contas de água e luz" é sem dúvida um problema em Pernambuco; "Audi A4 com água nos bancos traseiros" também é muito triste (experimentem fechar as janelas), mas não é bem isso que tinha em mente.
O que tinha em mente era uma pesquisa acerca dum problema bem mais grave: os principais bancos e investidores mundiais tratam a água como uma mina de ouro. Isso terá consequências desastrosas no futuro próximo, é inevitável. E não há suficiente atenção acerca disso. De todo.
Diz Andrrew Liveris, manager da Dow Chemical: A água é o petróleo do século 21.
Será? Alguns dados: só nos Estados Unidos, a indústria da água vale 425 bilhões de Dólares. Na sua conferência anual sobre os "Cinco grandes riscos", Goldman Sachs disse que a falta de água pode ser, para a humanidade no século 21, uma ameaça mais séria do que, por exemplo, a falta de alimentos ou de energia.
Em 2012, a mesma Goldman Sachs comprou a empresa Veolia, que fornece água a três milhões e meio de pessoas no sudeste da Inglaterra: mas já em 2003, juntamente com o Blackstone Group e o Apollo Management, tinha adquirido a Ondeo Nalco, empresa líder na purificação da água, com 10.000 funcionários em 130 Países. E em 2008, sempre a Goldman Sachs tinha investido 50 milhões de Dólares na China Waters and Drinks, empresa líder na produção e distribuição de água engarrafada na China. Resultado: dado que a China sofre uma das piores escassez de água no continente asiático, a indústria da água engarrafada é uma daquelas que está a crescer mais rapidamente no mundo, com lucros enormes.
O principal economista de Citigroup, Willem Buitler, disse em 2011: A água vai tornar-se o activo mais importante, muito mais do petróleo, do cobre, dos recursos agrícolas e dos metais preciosos.
Um exagero? Nem por isso.
Tomamos como exemplo a tecnologia do fracking, a última fronteira no âmbito da extracção do petróleo: o fracking gera uma enorme demanda por água e serviços relacionados. Cada poço requer entre 10 e 20 milhões de litros de água, 80% dos quais não podem ser reutilizadas pois no final das operações fica 10 vezes mais salgada do que a água do mar.
Por esta razão, Citigroup recomenda aos proprietários de direitos de utilização de água que vendam o líquido para empresas petrolíferas e não aos agricultores: a água para fracking pode ser vendida a um preço 60 vezes maior do que a água para fins agrícolas (3.000 Dólares por acre-pé em vez de 50 Dólares).
Um investimento bem rentável. Ao qual muito não resistem.
A família Bush, entre 2005 e 2006, comprou 1.200 quilómetros quadrados de terra na fronteira entre Bolívia, Brasil e Paraguai. A terra está localizada no maior aquífero do mundo, com volume cúbico de cerca de 40.000 km, suficiente, segundo as estimativas, para abastecer o mundo inteiro de água potável para os próximos 200 anos.
Voltamos ao banco Citigroup: na recente Water Investment Conference ("Conferência de Investimento na Água") do ano de 2012, o banco identificou 10 principais tendências no sector da água:
- Sistemas de dessalinização
- Tecnologias de reutilização de água
- Utilitários para a produção da água
- Membranas de filtração
- Ultravioleta (UV) para desinfecção
- Tecnologias de tratamento de água de lastro
- Desenvolvimentos da osmose utilizada na dessalinização
- Tecnologias para a eficiência da água e seus produtos
- Sistemas de tratamento pontuais
- Concorrentes chineses no sector da água
Enquanto do fracking já falámos, o sector do tratamento da água lastro de água encontra-se em plena expansão, com lucros de 1.35 bilhões de Dólares por ano que poderão tornar-se 30-50 bilhões em breve. O mercado da filtração da água também é muito prometedor, seja comunitário ou particular: as estimativas apontam para 5 biliões de Dólares no futuro contra 1 bilhão actual.
Por esta razão Citigroup está a aumentar de forma agressiva os fundos para participar na próxima vaga de privatização da infra-estrutura: em 2007, estabeleceu uma nova unidade chamada Citi Infrastructure Investors, através da Citi Alternative Investments.
Segundo a agência de notícias Reuters, Citigroup reuniu alguns dos maiores nomes da indústria das infra-estruturas e, ao mesmo tempo, está a construir um fundo de 3 bilhões. O fundo, de acordo com os especialistas, terá apenas um punhado de investidores externos e será focada nos activos dos mercados desenvolvidos.
Portanto, o Ocidente e as economias desenvolvidas são o alvo. O que significa não apenas água, mas também todas as infra-estruturas para o transporte do líquido.
Exemplos? Citigroup, em parceria com o banco HSBC, a Prudential e outros sócios menores adquiriram a concessionária de água do Reino Unido Kelda (no Yorkshire) já em Novembro de 2007.
Ao mesmo tempo, o Citigroup entrou de forma pesada no âmbito das infraestruturas: assinou um contracto de 99 anos com a cidade de Chicago para a concessão do Aeroporto Midway (em parceria com a John Hancock Life Insurance Company e um operador de aeroportos privados canadense). Citigroup está também no grupo envolvido na compra da empresa estatal Letiste Praha, que opera no Aeroporto de Praga (República Checa).
Paralelamente, Citigroup entrou no mercado das infra-estrutura da Índia, através da parceria com o Blackstone Group e duas empresas de financiamento privadas da Índia; no total, 5 biliões de Dólares (dados de 2007).
E Citigroup não está sozinha.
Credit Suisse em Janeiro de 2008 exortou os investidores a tirar proveito da água-tendência e investir em empresas dedicadas à produção, preservação, tratamento e dessalinização do líquido. Sem esquecer as infraestruturas, como é óbvio.
Uma tendência que, de acordo com o banco, terá como ponto central o esgotamento das reservas de água doce, por causa da poluição, desaparecimento das geleiras (a principal fonte de reservas de água doce) e crescimento da população.
Credit Suisse reconhece à água o papel de "megatendência" do nosso tempo, pois a crise de abastecimento pode causar "graves riscos sociais" nos próximos 10 anos; e dois terços da população poderão viver numa condição de "stress hídrico" em 2025.
Passo seguinte? Infra-estruturas.
Credit Suisse, em parceria com a General Electric, em Maio de 2006 estabeleceu uma joint-venture de 1 bilhão de Dólares para lucrar com a privatização das infra-estruturas. Geração, armazenamento e distribuição de água, mas não apenas isso: portos, aeroportos, controle do tráfego aéreo, ferrovias, estradas com portagem. Só nos Países desenvolvidos, as projecções apontam para um mercado de 500.000.000.000 de Dólares. E nos Países em desenvolvimento? 1 trilhão de Dólares no prazo de 5 anos.
Em Outubro de 2007, o Credit Suisse criou uma parceria com a Cleantech Group (que opera no sector das tecnologias limpas) e o Consensus Business Group (uma empresa de capital baseada em Londres, propriedade do bilionário Vincent Tchenguiz) para investir em tecnologias limpas em todo o mundo. Porque aquela da água é tecnologia limpa.
Como afirmado no relatório de Fevereiro de 2008, "a água é um foco para aqueles que conhecem as commodities estratégicas globais. Tal como acontece com o petróleo, a oferta é finita, mas a demanda está a crescer e, ao contrário do petróleo, não há alternativa".
Olhando para os dados dos últimos 6-7 anos, podemos observar como todos os grandes investidores globais tenham seguido um percurso bem definido: água e infraestruturas. JPMorgan Chase, Allianz Group, Barclays, Deutsche Bank, Morgan Stanley, Merrill Lynch (antes da aquisição por parte do Bank of America), UBS. Mas o elenco é muito mais comprido: seria preciso, por exemplo, falar dos fundos de investimento (Mutual, Hedge, Pension, etc.) criados nos últimos anos e todos focados no produto água.
Silenciosa, sem os holofotes dos media, a corrida para a privatização da água é imparável: muitos Estados têm dificuldades financeiras e já não são capazes de manter ou melhorar as empresas de distribuição. Face as ofertas de milhões de Dólares, cidades e inteiros Países terão muitas dificuldades em rejeitar a privatização.
Porque, como afirma Credit Suisse, "ao contrário do petróleo, não há alternativa".
Ipse dixit.

Fontes: Global Research - The New “Water Barons”: Wall Street Mega-Banks are Buying up the World’s Water (nota: no fundo do artigo de Global Research estão disponíveis mais links), ControInformazione

Santa Miriam Leitão do Chaos Econômico, rogae por nós!

Estes infantes, cujjos cérebros e outras partes pensantes foram complectamente lavados, enxagoados e passados a ferro pela machina de propaganda do petismo búlgaro, cantam "Lula Lá", o novo Himno Nacional Brazileiro.
Copiei a imagem daqui

O MEC, Agência de Controle de Infantes, vae distribuir ingressos para que creanças assistam a Copa!
Diante de mais esta torpe investida do esquerdismo destruidor da famíglia, a Organizações Ornitorrinco, por seu Honorável Prezidente, concclama todos os homens de bens para que alevantem-se!
A pátria-mater usurpada clama por nossas  maes firmes e maes dedicadas acções!
O petismo de extracção búlgara e - que horror! - teúdo e manteúdo por ilegaes fundos da Coréia do Norte, aghora faz esta malévola lavacção cerebral em nossas indefezas creanças, accionando a gigantesca machina de propaganda produzida nos laboratórios sinistros da ilha medonha!
Santa Esculápia do Anti-Petismo Cristão e Occidental, rogae por nós!
Santa Miriam Leitão do Chaos Econômico, rogae por nós!São Merval Pereira do Ódio Derramado, rogae por nós!

domingo, 25 de maio de 2014

E o coveiro morreu de tédio, com cirrose e enfisema pulmonar

Copiei a imagem de Quebrando o Tabu
E o coveiro morreu de tédio, 
com cirrose 
e enfisema pulmonar. 

Mutatis Mutandis

 Copiei do Urublues
(cujo dono, editor-chefe e cozinheiro vive recluso em Barão Geraldo, perto de Campinas, e tem sido comparado ao autor de O Apanhador no Campo de Centeio, J.D. Salinger, vez que escreve uma ou duas vezes ao ano, para tristeza de seus fãs. 
Saiba mais sobre o cara aqui)
(a Paleontologia Imaginária é um ramo da Paleontologia que trata de animais incertos; é um ramo do conhecimento que faz fronteiras com a paleontologia, a geografia, a física molecular, a psicologia e com Morretes (PR). Como membro da Sociedade Brasileira de Paleontologia Imaginária (SBPI) e colaborador da South American Review of Imaginary Paleontology, periódico classe A1 da CAPES, venho através deste blog fazer a divulgação científica da Palentologia Imaginária para o publico interessado em ciências)
Dentre os numerosos espécimes de cordados que temos analisado do ponto de vista da Paleontologia Imaginaria, o Mutatis mutandis é uma das mais interessantes pelos desdobramentos de seu estudo. Trata-se de uma espécie de peixes que vivia mudando de um ecótone para outro, com uma intensa atividade que durou praticamente todo o Fanerozóico. Segundo Granero (1968, 2014), essas mudanças eram eventos especiais, que envolviam diversas e distintas etapas de desenvolvimento, e envolviam quase todo o ambiente nos quais estavam inseridos, incluindo diversas outros espécimes.
O Mutatis sp mudava-se primeiramente guardando objetos e utensílios em compartimentos na forma de caixas e sacos, amontoando esses objetos ao redor de seu ninho. Era grande a quantidade de objetos descartados neste processo (Giulian & Granero, atas do congresso de paleontologia de Feira de Santana, 1999, pag 201-235). Estes autores calculam a quantidade de materiais descartados em 30% do total de objetos do Mutatis mutandi.
No transporte dos objetos, era requerida a presença de animais do gênero Descuidadus sp, sempre presentes em grandes quantidades nesses eventos. O Descuidadus colocava os objetos de qualquer jeito nos transportes, em geral quebrando espelhos, vasos caros, quebravam plantas, esqueciam porcas e parafusos, riscavam as paredes, trocavam caixas e outros comportamentos bem reconhecidos no registro paleontológico, aumentando o descarte de objetos ao fim da segunda fase da mudança (Luisão Mudanças et al., atas do congresso de paleontologia imaginaria de Apucarana, 1994, pag 307-428).
Muitos destes também se extinguem durante estes episódios de mudança dos mutatis mutandis. Estas situações de extinções em massa podem atingir escala mundial. Durante o transporte, verifica-se que numerosas outras espécimes também se mudam, como os canídeos Caidus caminhonis e muitos outros seres, como roedores, plantas e insetos. Hoje se acredita que a extinção em massa do fim do Cretáceo foi causada por uma mudança domiciliar na região de Chichxlub, no Iucatã. Essa problemática foi tratada, entre outros, por Manuel Joaquim, em seu trabalho seminal intitulado “o Mundo Gira e a Lusitana Roda”, (Éditions du Chémin, 1956).
Os modernos estudiosos do tema não têm duvidas sobre o papel do Mutatis mutandis nas grandes extinções em massa do registro paleontológico. Para Granero (1995) três episódios de mudança do mutatis mutandis equivalem a um incêndio de grandes proporções, destruindo praticamente todo o meio. Por outro lado, Luisão Mudanças (2013) pondera que mudanças de pequenas proporções também podem acarretar danos ambientais profundos, principalmente se estiver relacionado com o Descuidadus sp.
No entanto, a irregularidade do registro paleontológico em escala planetária não garante que estejamos, ainda hoje, imunes a tais catástrofes (Fink, 2008, Atas do Congresso de Paleontologia Imaginária de Johanesburgo, p425-456). O mutatis mutandis deve ter sido extinto no final do Paleoceno, em meio à fase interglaciar Mindel (Fink, op. cit.). No entanto, alguns especialistas garantem que mais mudanças vêm por aí. Reservem muitas caixas de papelão, comprem uma boa fita adesiva e Salve-se quem puder.

domingo, 18 de maio de 2014

E tinha que pegar logo o menor pelotinho de barro pra fazer o meu, ó Deus Incompetente do Impossível!?

Observem como ela enrola em cristo o microfone para explicar como o patifão esfumaçado que vive nas nuvens criou o pênis ou, sejamos mais claros, o enroladinho de cacete com parmezão ralado.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Meu volume morto ninguém tasca!

 

O Coordenador-Chefe e Guru de Análizes Estactísticas do Comitê Conjuncto PSDB/PSB/Globo, estupefacto e complectamente pucto dentro das calças, analiza as reccenctes pesquizas e procclama: Aécio e Dudu uzarão o volume morto da Cantareira ou tomaremos todos nós, os homens de bem, os varões do Brazil, nas devidas tarraquetas reluzenctes! 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Imagens do Ato Sustentável Pela Independência do Banco Central


Copiei a imagem daqui
 
Orozimba de Jesus Cristinho e Florisvalda de Jesus Cristão, filiadas ao PPL e marineiras de primeira hora, na Boca Maldita, Curitiba, durante o Ato Sustentável Pela Independência do Banco Central, que será transferido para Washington, se Dudu Camprilles vencer as eleições para síndico do condomínio onde reside no Recife.
Orozimba disse "não entender porque os eleitores que acreditam na patranha proposta saem fazendo quack!, quack! pela vida e pela blogosfera".

117 anos de fundação do Movimento LGBTT

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta quermesse pelo conhecimento e convida todos quantos queiram aprender um pouco mais sobre o movimento LGBTT. 
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Texto de Walter Silva

A fundação do movimento pelos direitos civis LGBT ocorreu oficialmente no dia 14 ou 15 de Maio de 1897, na Alemanha por obra de Magnus Hirschfeld, idealizador do Comitê Científico Humanitário (Wissenschaftlich-humanitäres Komitee).
Quando Hirschfeld se mudou para Berlim em 1896 já existia uma comunidade gay, lésbica, bissexual e transgênero auto consciente e diversificada; ele observou que homossexuais foram atraídos para a grande cidade como mosquitos para o pântano. Nesse período de fim de século, não era incomum um jovem gay ou lésbica levar para sua casa o seu namorado ou namorada e seus pais aceitarem o relacionamento de ambos. Simon LeVay,em ”The Use and Abuse of Research into Homosexuality”, ressalva que havia uma sombra, entretanto, pairando sobre a comunidade sexo diversa em Berlim; o parágrafo 175, herança do antigo código prussiano.
O comitê científico humanitário tentou revogar o parágrafo 175 do código penal imperial, que criminalizava a homossexualidade com até seis meses de prisão, naquela que foi sua primeira atividade, submetendo uma petição em 1898, 1922 e 1925. Editava uma revista sobre sexualidade e gênero, publicava literatura política de emancipação, apoiava a defesa de acusados de ”coito anal” em julgamentos, fazendo campanha pela descriminalização em toda a Alemanha,Áustria e Holanda, além de engajar-se em pesquisas sobre travestilidade e transexualidade; em 1910 Magnus Hirschfeld escreveu uma monografia em dois volumes, intitulada ”Die Transvestiten”. O termo ”trans”, popularizado por ele, tem ajudado a descrever algumas das experiências transgênero. Ele foi o primeiro a distinguir entre identidade e expressão de gênero e orientação sexual (embora não usasse tais terminologias), e também observou que a expressão de gênero não correspondia sempre à orientação sexual; havia homens heterossexuais femininos, e homens homossexuais másculos.
Trabalhou junto à polícia de Berlim para reduzir as prisões de pessoas trans,acusadas de prostituição, e esteve envolvido nos primeiros estudos e experiências de redesignação genital. O filme mudo “Diferente dos outros”, produzido por Richard Oswald, em 1919, contou com a participação de Hirschfeld; esta película é a primeira a lidar abertamente com pessoas homossexuais. Hirschfeld aparece nela, intercedendo por meio de um apelo apaixonado contra a Seção 175 do código penal. O filme provocou um debate feroz na política e na mídia, e foi proibido em 1920. O médico judeu foi o primeiro a adotar uma visão não eurocêntrica e anti colonialista da cultura a partir de uma perspectiva sexológica; vivendo com duas identidades desprestigiadas (gay e judeu), partidário dos ideais socialistas, defensor da descriminalização do aborto, em sua época foi saudado no Ocidente como o ”Einstein do sexo” e no Oriente como o ”Vatsyayana moderno do Ocidente” (numa referência ao autor do Kama Sutra). Hirschfeld inaugurou em 1919 o Instituto de Ciência Sexual (Institut für Sexualwissenschaft) se antecipando em décadas ao Instituto Kinsey nos EUA.
O esforço dos pioneiros do ativismo no período de Weimar na Alemanha garantiu um relativo clima de liberdade e tolerância para pessoas LGBT; de acordo com alguns historiadores, o número de bares e publicações para o público gay na Berlim de 1920 ultrapassava Nova York seis décadas mais tarde. Uma subcultura desviante prosperava.
Os escritos de Hirschfeld abordam uma variedade de temas que vão desde a análise do impacto da morte de Oscar Wilde sobre homossexuais seus contemporâneos, até estudos a respeito de suicídios na comunidade gay, passando por questões como travestilidade, transexualidade e fetichismo. Em ”Die Homosexualität des Mannes und des Weibes” (1914), um livro de mil páginas que é um dos primeiros especializado na experiência de pessoas LGBTs, ele revela uma conspiração de silêncio em torno da homossexualidade; um testemunho dos efeitos do ódio sobre pessoas sexo diversas. O Comitê Científico Humanitário contava no auge com 500 membros e 25 delegações, quando foi atacado e dissolvido em 1933 pelos nazistas, a biblioteca e o imenso acervo de Magnus Hirschfeld incendiados pela Juventude Hitlerista; 20 mil volumes, 35 mil slides fotográficos e milhares de documentos pessoais arderam publicamente numa grande fogueira. Após intensa campanha política de demonização, o regime privou Hirschfeld da cidadania alemã em 1934; o médico e sexólogo judeu chegou a fraturar o crânio anteriormente num ataque. Enfim teve de exilar-se na França. No ano de 1935, as prisões de homossexuais e travestis passaram de 948 para 3700; imediatamente após a tomada do poder, nazistas invadiram e destruíram clubes, associações e organizações LGBTs.
O movimento LGBT enfrentou a opressão do nazismo, um inimigo poderoso, e foi esmagado por ele. Mas as sementes lançadas por Magnus Hirschfeld atravessaram o oceano e floresceram na América; infelizmente a mítica propaganda em torno dos motins de Stonewall obscureceu o arco íris original, e a glória dos pioneiros, e atualmente pensa-se que este é um movimento que surgiu do vácuo.

Poeminha para meninos negros

Copiei a imagem de Biosustentável
 

Sabem vocês, brancos, isso de pés de plantas brancas de canelas negras?

Sabem de carapinhas?

Sabem isso, brancos?

Sabemos nós, os brancos, da flor aberta assim dos pés dos meninos
dos pés das crianças 
dos pés que riem risos francos de savanas 
risos largos de rios incontroláveis 
risos largos 
risos largos de crianças 
de crianças negras?

Sabemos mesmo brancos?

terça-feira, 13 de maio de 2014

É assim tão pequeno, Ornitorrinco?

Copiei a imagem de EcologicalMind
Não é o que vocês estão pensando, ansiosas internautas e afoitos internautos em cristo.
Em verdade, as moçoilas em primeiro plano, todas a soldo do petismo búlgaro, estão estupefactas como deveriam mesmo estar, exatamente como as que, em segundo plano, acreditam em santa marina esverdeada, em são dudu camprilles e em são aécio das aspirações.
Todas, levemente desdenhosas, sorriem com ar blasé por conta do diminuto tamanho da minha cacholinha desidratada.
Vocês todos pensaram em outros órgãos, né não?

Noções de taxidermia para oposicionistas iniciantes

Pensam que somos lóki, oposições sem rumo e sem projeto? 

O COPEMASUDE - Comitê Petista de Manobras Sujas e Desmoralizantes - sabe precisamente seus pontos fracos e tem treinado nossos agentes malvados, ateus e abortistas em nossos campos secretos, mantidos na Venezuela com farto dinheiro norte coreano. 

Na foto temos um ex-agente de vocês que, logo após ser capturado, foi devidamente submetido aos procedimentos piedosos de taxidermia, o que nos permitiu mapear e identificar os pontos fracos dos tucanos empoeirados, dos marineiros esverdeados enredados em conversas insustentáveis e até mesmo dos socialistas bornhauseanos-da-supremacia-branca. 

Prestem muita atenção: sabemos tudo sobre vocês, inclusive que costumam andar apenas com o pé direito da botina.


Copiei a imagem de Shorpy Historic Photos
 
O ex-agente oposicionista está agora exposto no Salão Nobre Camarada Kim Il Sung da 
Escola Nacional de Blogueiros Petistas Sujos 

Eu, O Luminoso, chegando nas Organizações Ornitorrinco



Nada de extraordinário, prezados internautos e queridas internautas.

Não se trata de algum deus descendo da sua morada, nem milagre de nenhum tipo.

O que vemos é a gloriosa chegada, ao jardim da matriz das Organizações Ornitorrinco, de nosso Beloved & Forever & Royal Presidente, Daulo Çoberto Aequinel, o Luminoso, para mais um dia de faina neste espaço imundo, ateu e esquerdista. 

Nossas discretas colaboradoras Filomena de Jesus Cristinho, Eustháquia de Jesus Cristão e Orozimba de Jesus Cristóvam, que não aparecem na foto, estão em êxtase gozoso e aguardam a chegada do Santo Homem.

Poeminha para as antas

(Nosso Beloved and Forever President, 
em momento batatinha quando nasce)

Não adianta, não adianta.
As antas, as antas, as antas,
quando soltas, as sacripantas,
vaiam e vaiam, 
e vaiam tanto as antas,
que não sabem bem porque são chamadas de antas.
Ah, as sacripantas, 
ah, as pobres antas!

Copiei a imagem daqui

(Homenagem sincera, prévia e cautelar, às antas que prometem vaiar Dilma na Copa)