SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 26 de outubro de 2013

25 de outubro de 1975: a Ditadura Militar assassinou Vladimir Herzog

"Por esses mortos, nossos mortos, peço castigo. Para os que salpicaram a pátria de sangue, peço castigo. Para o verdugo que ordenou esta morte, peço castigo. Para o traidor que ascendeu sobre o crime, peço castigo. Para o que deu a ordem de agonia, peço castigo. Para os que defenderam este crime, peço castigo. Não quero que me dêem a mão empapada de nosso sangue, peço castigo. Não vos quero como embaixadores, tampouco em casa tranquilos. Quero ver-vos aqui julgados nesta praça, neste lugar. Quero castigo!"
Pablo Neruda, Canto Geral (citado por Aluízio Palmar em "Onde foi que vocês enterraram nossos mortos?") 
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Copiei de Jorge André Irion Jobim

Vladimir Herzog: Mataram o Vlado
Celso Miranda

Há quase 40 anos, a morte do jornalista Vladimir Herzog em um quartel do exército em São Paulo escancarou para o Brasil os porões da ditadura militar. Causou a mobilização inédita da sociedade contra a tortura, encurralou o governo geisel e acelerou o processo de abertura política

Vladimir acordou mais cedo que de costume no sábado, 25 de outubro de 1975. Fez a barba, tomou banho e se despediu da mulher Clarice, ainda na cama, com um beijo. Ela quis se levantar e preparar o café, ele disse para não se preocupar, que no caminho pararia em um bar e tomaria café com leite. Vlado chegou ao número 1.030 da rua Tomás Carvalhal, no bairro do Paraíso, em São Paulo, perto das 9h. No prédio de muros altos guardados por sentinelas armados, onde funcionava o Destacamento de Operações Internas - Comando Operacional de Informações do 2º Exército, o DOI-CODI, Vlado entrou pela porta da frente. Disse ao atendente seu nome completo, sua profissão e o número de seu RG. Informou que na noite anterior, por volta das 21h30, dois homens que se identificaram como agentes de segurança do Exército o tinham procurado na TV Cultura, onde trabalhava, e que, para não ser detido, se comprometera a se apresentar ali no dia seguinte. E assim o fizera. Depois disso se pôs a esperar, sentado em um dos bancos de madeira que margeavam o largo corredor que levava a uma porta fechada de aço e vidro. Minutos depois, quando foi levado para interrogatório, ele permanecia tranqüilo.

O Brasil de 1975 não parecia ser um lugar em que um jornalista com emprego fixo e endereço conhecido, casado e pai de dois filhos, devesse se preocupar com a própria segurança. Mas era. Em março de 1974, o general Ernesto Geisel assumira a presidência com a promessa de promover a abertura do regime ditatorial. A palavra usada na época era “distensão” e significava aliviar a censura, investigar denúncias de tortura e aumentar a participação da sociedade civil na política. A ditadura light de Geisel, porém, encontrou duas contrariedades. Primeiro a derrota do partido do governo, a Arena, nas eleições para a Câmara e o Senado. Em novembro, o oposicionista MDB fizera 16 dos 22 senadores e 160 das 364 cadeiras da Câmara. Depois, o impacto da crise do petróleo, que colocava fim aos anos do milagre, quando a economia brasileira cresceu mais de 5% ao ano.

Nos bastidores da política dominada pelos quartéis, esse cenário despertou o medo da chamada linha dura do regime. Gente que via qualquer oposição como subversão e que combatia qualquer subversão com violência, tortura e assassinato. Gente que se apoiava no CIE – Centro de Inteligência do Exército – e encontrava nos DOIs espalhados pelo país guarida para atividades ilegais e violentas. Gente que preferia o inferno à “distensão” e ao que ela representava. Em menor ou maior grau, essa gente viveu nos porões da ditadura e, dependendo da ocasião e do apoio oportunista de políticos e militares às suas práticas, teve menor ou maior influência sobre o governo. Foi maior entre 1969 e 1973, depois da publicação do AI-5, quando o combate ao terrorismo e focos de guerrilha os alçaram à linha de frente do regime. Foi menor em 1974, quando Geisel assumiu. Entre outubro de 1969 e dezembro de 1973, 2 mil pessoas passaram pelo DOI-CODI em São Paulo: 502 reclamaram de tortura e pelo menos 40 foram assassinadas. Em 1974, apenas uma foi presa.

Em 1975, porém, a repressão estava de volta. “Sem terroristas para caçar e com o guerrilha do Araguaia devolvida ao silêncio da floresta, o Centro de Informações do Exército avançou contra o Partido Comunista”, diz o jornalista Elio Gaspari, autor de A Ditadura Encurralada. Em 13 de janeiro o CIE invadiu a gráfica da Voz Operária, o jornal do partido, que operava na clandestinidade, num sítio no Rio de Janeiro. No dia seguinte, Elson Costa, um dos responsáveis pela gráfica e dirigente do PCB, desapareceu. Foi morto numa casa mantida pelo CIE na periferia de São Paulo, segundo testemunho do sargento Marival Chaves Dias do Canto à revista Veja, em 1992. Entre janeiro e julho, pelo menos 500 membros do partido foram identificados, 200 foram presos e pelo menos 14 morreram. Em outubro, nova onda de prisões: 61 pessoas foram detidas. A intenção era demonstrar a tese do CIE de que o PCB havia se infiltrado no MDB, na imprensa e até no governo. Essa última acusação era, inclusive, foco das desavenças entre o comandante do 2º Exército, o general Ednardo D’Avila Mello, e o governador do Estado, Paulo Egydio Martins.

Aos 38 anos, Herzog assumira, em setembro, a diretoria de jornalismo da Cultura, emissora do governo. Era militante comunista, mas não desenvolvia atividade clandestina e sua participação se limitava a ir a reuniões. Em sua direção, porém, confluíam três crises, todas regadas de ódio. “Uma era o choque da linha dura com Geisel. Outra, a caçada ao PCB. A terceira era o conflito entre o general Ednardo e o governador Paulo Egydio. A prisão de Vlado servia a todas”, diz Gaspari.

Tortura e morte

Antes de ser preso, em 17 de outubro, Paulo Markun, também jornalista da Cultura, conseguiu mandar um recado aos colegas, indicando quem seriam os próximos. Anthony de Cristo, George Duque Estrada e Rodolfo Konder foram presos antes de serem alertados. Fernando Morais conseguiu escapar. Vladimir foi avisado, mas não quis fugir.

Depois que entrou no DOI, Vlado trocou de roupa e vestiu o macacão dos presos. Ainda pela manhã, foi acareado com dois presos. Com as cabeças cobertas por capuzes de feltro preto, eles não podiam se ver. Mas um deles, Konder, reconheceu o amigo: “Empurrei a borda do pano e vi o preso que chegava. Eu o reconheci pelos sapatos: eram os mocassins pretos que Vlado usava.” Nessa hora, Vlado negou que pertencesse ao PCB e Konder e o outro preso foram retirados para um corredor, de onde ouviram os gritos de Vlado e a ordem para que fosse trazida a máquina de choques elétricos. “Os gritos duraram até o fim da manhã. Os choques eram tão violentos que faziam Vlado urrar de dor”, diz Konder. Um rádio foi ligado em alto volume para abafar os sons. Meia hora depois, por volta das 11h, Vlado foi para a sala de interrogatórios.

“Mais ou menos uma hora depois, me levaram a outra sala onde pude retirar o capuz e ver o Vlado. O interrogador, um homem de uns 35 anos, magro, musculoso, com uma tatuagem de âncora no braço, mandou que eu dissesse a ele que não adiantava resistir”, lembra Konder. Vlado estava com o capuz enfiado na cabeça, trêmulo, abatido, nervoso. Sua voz estava por um fio. “Fui obrigado a ajudá-lo a redigir uma confissão que dizia que ele tinha sido aliciado por mim para entrar no PCB e listava outras pessoas que integrariam o partido.” Konder foi levado e os gritos recomeçaram. Essa foi a última vez que Vlado foi visto e ouvido. “No meio da tarde, fez-se silêncio na carceragem”, diz George Duque Estrada que também estava preso no DOI, em relato no livro Dossiê Herzog – Prisão, Tortura e Morte, de Fernando Pacheco Jordão.

Às 22h08 a Agência Central do SNI, em Brasília, recebeu uma mensagem: “Info que hoje, dia 25 out, cerca de 15 hs, o jornalista Vladimir Herzog suicidou-se no DOI/CODI/II Exército”. Seria o 38º suicida, o 18º a se enforcar e, de acordo com o Laudo de Encontro de Cadáver, emitido pela Polícia Técnica de São Paulo, teria feito isso com uma tira de pano. Herzog teria se amarrado pelo pescoço numa grade a 1,63 metro do chão. Sem espaço para que seu corpo pendesse, teria ficado com os pés no chão e as pernas curvadas, como mostrava a foto anexada ao laudo. Segundo comunicado do comandante do DOI, a tira de pano era a “cinta do macacão que o preso usava”. Os macacões do DOI não tinham cinto. “Suicídios desse tipo são possíveis, porém raros. No porão da ditadura, tornaram-se comuns, maioria até. O último, em São Paulo, acontecera cerca de um mês antes, na mesma cela. Dos 17 casos anteriores de suicídio por enforcamento, oito não tiveram vão livre. Em dois, os presos teriam morrido sentados”, diz Gaspari.

O morto fala

Sem notícias do marido desde a manhã, Clarice estava preocupada. Por volta das 23h bateu à sua porta um grupo de diretores e funcionários da Cultura. Entraram calados, sentaram-se na sala e disseram-lhe que as coisas se complicaram. “Mataram o Vlado!”, ela teria dito, segundo seu relato no livro Vlado, de Paulo Markun. “Eles me falaram que Vlado estava morto e que fora suicídio. Senti ódio. E uma grande impotência.”

“Eles mataram o Vlado”, disse o amigo e jornalista Fernando Pacheco Jordão, autor de Dossiê Herzog, em telefonema para Audálio Dantas, presidente do Sindicato dos Jornalistas. Era quase 1 da manhã e Jordão ainda daria muitos telefonemas na madrugada. “Mataram o Vlado”, repetiu a dom Paulo Evaristo Arns. “Não sei se já não é hora de um protesto mais forte. Quem sabe sair pelas ruas”, respondeu o cardeal.

O jornalista Mino Carta, na época diretor da revista Veja, foi um dos primeiros a chegar à casa dos Herzog. Ele vinha de Santos, onde estivera justamente para pedir a ajuda do secretário de Segurança do Estado, Erasmo Dias, no caso das prisões dos colegas. Segundo depoimento a Paulo Markun, no livro Vlado, Mino ligou para o coronel Golbery do Couto e Silva, ministro da Casa Civil. “Vá ao Paulo Egydio”, teria dito o “feiticeiro”, como era conhecido por sua intimidade quase mágica com o poder. Golbery lhe disse, ainda, que aquilo, a morte de Vlado, era uma tentativa de golpe contra Geisel. Mino seguiu o conselho e procurou o governador Paulo Egydio, no Palácio dos Bandeirantes. Quando saiu, o governador chorava.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

21 de Outubro, Dia Nacional de Valorização da Família: fora daqui, PSC!!!

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, em nome das famílias LGBTT, vai logo avisando: fora daqui, PSC!
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Copiei da Majú Giorgi, Mãe Pela Igualdade

Hoje , 21 de Outubro, é o Dia Nacional de Valorização da Família e eu tenho muitos motivos para comemorar a minha. Apesar de toda cena adversa com que me deparei quando meu filho aos 14 anos se assumiu gay, eu escolhi lutar.

Não pensem que foi fácil, o mundo é sim HOMOFÓBICO. Nessa minha luta para preservar a minha família, tive que ultrapassar obstáculos, como uma depressão profunda, fobia social, um instinto de superproteção ao meu filho que quase me levou a loucura, oportunistas querendo se aproveitar da minha... da nossa fragilidade e a quase dissolução de um casamento de 25 anos.

Tinha sempre como companhia, o medo incontrolável de que a integridade física e moral do meu filho fosse violada... que ainda existe, mas que com o tempo aprendi a controlar. Essa é uma trajetória, muito comum de mães e pais de filhos LGBT. A minha história é só mais uma dentre milhões, por isso não me considero nenhuma heroína atípica. Sou apenas mais uma MÃE... mas eu não sou de reza, apesar de ter sim minha crença... eu sou de luta. Minha crença, me é cara, por isso prefiro guardar só para mim dentro do meu coração.

Eu tenho, a certeza absoluta, que Nossa Senhora, mãe como eu, para quem entreguei meus filhos quando nasceram, segurou minha mão o tempo todo nessa caminhada e me fez vencedora. Hoje, posso dizer... sobrevivemos... somos felizes! Somos unidos por laços de amor e afeto, nos amamos, nos ajudamos, nos respeitamos e estamos todos ansiosos a espera do primeiro bebe, que vai ser amado e protegido por todos nós seja ele filho de Guilherme e Gabriela ou de André e Fábio.

Eu tive a sorte que muitos não tem... a de contar efetivamente com a minha família, com meu marido, minha filha, meu genro, com meus pais, que nunca saíram do meu lado, meus irmãos, cunhados e sobrinhos que nos envolveram de amor e incluíram, meu filho. Sou sim vitoriosa, mas também fui abençoada por ter pessoas VERDADEIRAMENTE a serviço do bem ao meu lado. E por isso, por tudo isso, tornei mote da minha vida, ajudar a outros pais e famílias, a outros filhos, que muitas vezes não tem mais as suas famílias, a fazer parte dessa nossa grande família LGBT , superando essas imensas e que as vezes parecem intransponíveis barreiras que nos são impostas por aqueles que se dizem ungidos, mas que no fundo, contrariando os ensinamentos de Jesus Cristo, não passam de mera tentativa de hierarquizar o ser humano e comercializar a fé.

Vir me rasgar em público, é um preço muito pequeno perto da grandiosidade da minha causa. Serei sempre grata por ter tido um grande e verdadeiro mensageiro de Deus no meu caminho... um Padre, desses de VERDADE. Serei grata por estar podendo assistir o levante contra a injustiça... Papa Francisco, Desmond Tutu, Dalai Lama, Rabino Nilton Bonder, Pastor Ricardo Gondim, Reverendo Márcio Retamero... e tantos, tantos outros, padres, pastores, monges e rabinos, católicos, evangélicos, judeus, budistas, espíritas, ateus... seres humanos. Agradeço por poder ver a eloquência no poder de Jean Wyllys e Erika Kokay... por termos Ayres Britto e Maria Berenice na justiça, pelas palavras seguras de jornalistas jovens como... Vitor Angelo, Leonardo Sakamoto e Matheus Pichonelli... o acalanto de poetizas como Lygia Fagundes Telles, a força de tantos nomes da arte, do esporte e da sociedade civil se levantando. Nós não temos o direito de desanimar em memória de Lucas Fortuna, Igor Xavier, Alexandre Ivo, José Ricardo e tantos outros que tiveram suas vidas prematuramente ceifadas pela homofobia... ninguém vai calar a nossa voz !

Por tudo isso... PARA O ALTO E AVANTE FAMÍLIA LGBT! Somos sim famílias bem constituídas, amorosas, inclusivas, honestas, trabalhadoras e pagadoras de impostos. Exigimos os direitos civis de nossos filhos e ninguém vai poder segurar o curso da história, nós existimos, resistimos, estamos aqui, e aqui continuaremos, prontos para defender os nossos filhos!!!

O DIREITO SE SER NÃO PODE SER MENOR QUE O DIREITO DE CRER! PARABÉNS FAMÍLIA LGBT PELO NOSSO DIA, POR NOSSA LUTA... POR NOSSAS VITÓRIAS! QUE NÓS FAMÍLIAS SEXODIVERSAS, SEJAMOS VALORIZADOS PELO AFETO E AMOR INCONDICIONAL QUE NOS UNE! PRIDE!


 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Brasil, Nação Chororô

Copiei de Recordar, Repetir e Elaborar

O assunto deixou de ser as biografias. O assunto agora é outro: nosso eterno e indignado chororô way of life.

No Brasil, ninguém é famoso nem tem espaço na mídia. Pergunte a quem Procura Saber. Ninguém ali tem prestígio, poder, reconhecimento nem tampouco dinheiro para contratar excelentes advogados. São todos pobres artistas da música popular à mercê de biógrafos inescrupulosos que certamente não perderão a chance de caluniá-los.

No Brasil, ninguém é rico. Experimente perguntar àquele seu conhecido bem de vida que tem um BMW na garagem e dois apartamentos de um milhão cada. Ele lhe dirá que rico mesmo é o Antonio Ermírio de Moraes. Ele, não. Ele acorda todo dia às seis da manhã para pegar no batente e não tira férias há dois anos. Ele é apenas esforçado e trabalhador. Rico é outra coisa.

No Brasil, ninguém é latifundiário. Pergunte a qualquer deputado da bancada ruralista. Ele é apenas um produtor rural que tenta fazer o seu trabalho honestamente num pedacinho insignificante de terra. Latifundiários mesmo são os índios, que detêm 30% das terras do Brasil e são menos de 1% da população.

No Brasil, ninguém é racista. Aqui, não precisa perguntar a mais ninguém: basta perguntar a si mesmo. Eu? Como assim eu sou racista? Racistas são o Feliciano, o Walcyr Carrasco e o Bolsonaro, que tem um sogro “quase negão”. Já eu tenho amigos que são negões de verdade!

No Brasil, em suma, ninguém é privilegiado. Somos uma nação de coitadinhos sacaneados e vilipendiados – pelos biógrafos que não deixam nossa privacidade em paz, pelos índios que não nos deixam fazer hidrelétrica e plantar soja, pelos negros que não nos deixam passar no vestibular. E olha que nem cheguei a falar dos gays que não nos deixam ter orgulho hétero e das mulheres que não nos deixam fazer fiu-fiu!

Espero que os orixás não tenham piedade nenhuma de nós.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

I Encontro Nacional Mães Pela Igualdade: Declaração de Brasília

Copiei do Blog da Maju Giorgi

Brasília, 06 de outubro de 2013

O movimento nacional MÃES PELA IGUALDADE, formado por Mães e Pais de 10 estados brasileiros (Paraíba, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal), reunido em Brasília/DF, no I Encontro Nacional Mães pela Igualdade, no período de 04 a 06/10/13, declara que:

As mães e pais do movimento Mães pela Igualdade sentem amor incondicional e têm orgulho dos filhos e filhas LGBT e que as afirmações feitas por parlamentares fundamentalistas são falsas quando dizem “nenhuma família tem orgulho de ter um filho gay”;

A Presidência da República precisa se posicionar de forma clara e objetiva sobre os projetos relacionados aos direitos da população LGBT em tramitação no Congresso Nacional, pois em todos os países do mundo nos quais as leis regulamentadoras dos direitos da população LGBT foram aprovadas, o apoio explícito do Poder Executivo foi fundamental;

Considerando os altos índices de violência: simbólica, psicológica e física contra a população LGBT, exige a aprovação imediata do PLC 122, que criminaliza a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero nas mesmas bases do crime de racismo;

Tendo em vista os constrangimentos diários pelos quais passam transexuais e travestis, apóia a aprovação do Projeto nº 5002/2013, chamada Lei João W Nery, que permite alteração do registro civil de acordo com identidade de gênero e permite a cirurgia de mudança de sexo a partir dos 18 anos independente de laudo psicológico ou autorização judicial;

A demora nas investigações, denúncias e julgamentos de casos homofóbicos e transfóbicos demonstra o descaso dos poderes constituídos com a vida, a integridade física e a dignidade de pessoas LGBT. Neste sentido, exige o estabelecimento de protocolo de segurança pública para que os crimes homofóbicos sejam corretamente identificados, mapeados e notificados ao Ministério da Justiça e a SDH. É inadmissível perpetuar a dor de mães e familiares das vítimas de homofobia, razão pela qual exige celeridade na investigação, denúncia e julgamento dos assassinos de Lucas Fortuna, José Ricardo Pereira e Alexandre Ivo;

A população LGBT, em especial os transexuais e travestis, não consegue se manter na escola ou, muitas vezes, sequer tem a chance começar, o que lhes tira oportunidades e amplas escolhas na vida educacional e profissional, por isso reafirmamos a importância de estados e municípios implementarem programas e ações dirigidos a toda a comunidade escolar, com vistas a que as pessoas LGBT sejam devidamente acolhidas e respeitadas no ambiente da escola;

Tendo em vista o Poder Judiciário ter legitimado o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, ultimamos que o Poder Legislativo, no cumprimento de suas atribuições constitucionais, legalize o Casamento Civil Igualitário e aprove o PLC nº 5120/2013.

Mães pela Igualdade

domingo, 13 de outubro de 2013

Coritiba: o fedor enxofroso do inferno da segundona está cada vez mais forte

Tenho para mim que se o Coritiba descer ao Z4 não escapa, volta mais uma vez para série B.
O time parece ter-se desmilinguido, esfarelou-se e não consegue reagir, é como um sujeito que engole água e não consegue erguer-se acima da linha d'água, e está em desespero.
O fedor enxofroso do inferno da segundona está cada vez mais forte, e é pena que meu querido e incondicional amigo atleticano Jeff Picanço, proprietário e editor-chefe do Urublues, não escreverá nada sobre a nossa agonia de hoje, e nem sobre nossa eventual saga nos círculos dantescos.

Mesmo que não tenhamos um cronista deste nível, entretanto, quero deixar claro que, enquanto for matematicamente possível, lutaremos!   
Para entender o que digo e para conhecer os textos de Jeff, leia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.  

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Transempregos.com.br: vamos divulgar esta bela iniciativa

A página foi colocada ontem no ar e precisa da máxima divulgação.

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O TransEmpregos é um site que visa facilitar a colocação de pessoas trans* (travestis e transexuais) no mercado de trabalho, e possibilitar que empresários e recrutadores contatem essas pessoas, que muitas vezes não podem demonstrar todo o talento que possuem pois não são contratadas por possuírem uma condição diferente da maioria.


Se você é uma pessoa trans* e está em busca de emprego, cadastre o seu currículo, para isso, crie seu usuário clicando em "Conectar/Cadastrar" no canto superior direito da página.


Se você é empresário(a) / recrutador(a) e está em busca de pessoas talentosas, e sua empresa também se preocupa com justiça social, cadastre suas vagas de emprego em nosso site.

www.transempregos.com.br

Tem alguma sugestão ou dúvida? 
Envie um e-mail para 
transempregos@gmail.com


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Marisa Lobo, "psicóloga-cristã" e anta homofóbica, descobriu que o PT governa ... o México! Pode isso, Arnaldo?




O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco, ao cumprimentar os cristões em cristo presentes nesta quermesse em louvor de Santa Marisa Obtusa Lobo da LGBTT-fobia, permite-se sugerir com o acatamento e o respeito devidos: untem seus dedos na gosma do ódio, enfiem decididamente nos cuzões ungidos e, de inopino, rasguem, seus merdas!
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Copiei a imagem de Ivone Pita