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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Onaldo Pereira: Tenho medo sim. Temos medo. Não só dos evangélicos, dos cristãos, da religião em si!

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco cumprimenta os presentes nesta tétrica quermesse em louvor de São Marco Feliciano das Fogueiras Santas e, por relevante, proclama: estejam, pois, todos muito bem avisados!
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Copiei de Onaldo Pereira
 
Hoje fui acusado, com alguma acurácia, de “evangélicofobo”. 
Respondi que nada posso fazer, é o instinto de sobrevivência falando mais forte, a presa que se esconde do predador.
A pessoa que me lançava na cara este feio neologismo, acrescentou: “Mas logo você, que foi evangélico a maior parte de sua vida, estudou teologia e foi pastor por mais de 15 anos?!”
Exatamente, acudi, porque conheço os intestinos da besta fera, ouvi centenas de pregações contra os homossexuais – chamando a AIDS da merecida peste gay, etc. – acompanhei as intermináveis conversas sobre o assunto, fiz estudos, exegeses, li centenas de livros a respeito (guardo muitos desses livros), que quando vejo um movimento xiita homofóbico, como o que corre solto no Brasil agora, entro em pânico. E, pior, já senti na carne o peso dessa mão. Em 1994 casei o Luis Mott, do GGB, com o Marcelo. De volta à Rio Verde, GO, tive a minha casa apedrejada muitas vezes e incendiada ao som de hinos. A minha família, um padre, meu amigo e outros foram ameaçados de morte. E, muitas outras “coisinhas” aconteceram!
Ouço a palavra: evangélico e tenho taquicardia, suores frios. Eu sei bem do que se trata, eu fui do meio, de sua liderança culta e bem instruída ( que hoje fica cada vez mais rara). Tenho medo sim. Temos medo. Não só dos evangélicos, dos cristãos, da religião em si!

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