SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Combater a homofobia: Uma Nova cultura política para um Estado laico e uma educação livre de preconceitos



Combater a homofobia: Uma Nova cultura política para um Estado laico e uma educação livre de preconceitos

por Amanda Jaqueline Teixeira*
O dia 17 de maio é amplamente reconhecido como o dia internacional de combate à homofobia. É sobre a vida, a solidão, a liberdade e a justiça que me debruço.

Não há fuga ao regime do medo para os fora da norma heterossexista. Em um tempo em que as narrativas sobre hegemonia ou binarismos de poder foram desafiadas por seu caráter totalizante, vivemos sob uma ditadura binária em matéria sexual: a norma heteressexual oprime todos que não a reconhecem como legítima. A homofobia é um dos dispositivos de garantia da ordem heteronormativa.
Por homofobia, entendo toda expressão do ódio, da repulsa, da injúria, da agressividade e da violência contra os fora da norma heterossexual. A norma heterossexista que, falsamente pressupõe um destino nos órgãos sexuais, é uma das expressões mais brutais da discriminação pelo corpo.
A homofobia mata, segrega e oprime. Causa uma das maiores inquietações pelo corpo – o de habitar-se sem se reconhecer como legítimo ao olhar do outro. Uma criança, um adolescente ou jovem lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual experimenta a solidão. Não é a toa que a analogia do armário é tão poderosa.
Mas o armário não é só o segredo diante do outro e, talvez, de si mesmo: é principalmente viver em um próprio corpo embalsamado pelo medo e pela vergonha. O cadeado do armário está nas mãos dos homófobos; e tristemente eles podem ser os pais, irmãos, avós, vizinhos, professores da escola ou da universidade, pessoas que deveriam oferecer o direito à igualdade. Eles são os legisladores e a mão armada para o controle da norma heterossexista.
Sob uma perspectiva política, não basta ser humano para ser digno de luto. Sem o reconhecimento da vida, não há reconhecimento da violência ou da perda. As vítimas da violência homofóbica não são pessoas reconhecidas como dignas de luto ou seres com vidas que valem a pena ser vividas. São assassinados pela repulsa homofóbica, pela fúria dos homófobos que imaginam que a vida social seria mais rica e justa sem suas existências.
A homofobia sempre deixa marcas, sejam as feridas no corpo, o cadáver ou as barreiras do reconhecimento.
A superação da homofobia tem desafios imediatos, outros ainda maiores que, devem ser construídos cotidianamente a partir de uma nova cultura política que, tenha a liberdade e igualdade sexual como pressuposto político, ideológico e prático.
O desafio de estabelecer um Estado laico de fato é um dos que caracterizo como imediato.
Laicidade é um dispositivo jurídico que garante a neutralidade dos atos oficiais do Estado e das instituições públicas. A laicidade do Estado tem, pelo menos, dois compromissos éticos e políticos: nenhum grupo religioso será perseguido e a liberdade de crença será garantida a todas as pessoas. É pelo dispositivo da laicidade que a pluralidade religiosa e moral de uma sociedade se anima. Em um Estado laico, há crentes religiosos e não-crentes religiosos. Há religiões no plural; e crenças no superlativo. Não falo apenas de religião, mas de crenças cujas matrizes filosóficas podem ser tão diversas quanto à criatividade humana.
Destaco que, não há anterioridade do fato religioso à ordem jurídica. Isso significa que as religiões devem se submeter à ordem jurídica democrática como todas as outras comunidades, como é o caso, por exemplo, dos partidos políticos ou dos movimentos sociais
Nem religião, nem o humor – dois espaços onde a tese da liberdade de expressão é utilizada para justificar discursos abjetos – são campos livres do respeito dos direitos humanos, nenhum grupo social se localiza fora do ordenamento jurídico constitucional.

A liberdade de expressão não se confunde com discurso de ódio. O que há por trás da falsa tese da liberdade de expressão religiosa é um desrespeito à integridade e à dignidade das pessoas que se apresentam fora da norma heterossexual. Ao contrário da tese de liberdade de expressão, descrevo essas práticas e discursos como homofobia.
Religião ou qualquer outra crença de caráter associativo, não é um passe livre para a violação dos direitos humanos. É a laicidade do Estado o que garante que práticas discriminatórias não serão acobertadas pelo direito à liberdade religiosa: as crenças devem se subordinar aos princípios da cultura dos direitos humanos – esses últimos, os únicos universais para a ordem política. Como qualquer outra prática social, as religiões devem se submeter às regras do político, do justo e da igualdade. Por isso, não tenho dúvidas em afirmar que não há liberdade religiosa que autorize a homofobia.
Neste sentido, a escola e a universidade devem ser espaços laicos e livres de preconceito, prioritários para as ações duradouras de promoção da igualdade. A educação mira o futuro, além de atuar no presente é nela que nosso principal esforço para a igualdade sexual precisa estar.
Para a superação da homofobia, a educação tem que se dar em um espaço que promova valores compartilhados para a cidadania e rompa as amarras da resistência homofóbica e heteronormativa que ronda as ações de igualdade sexual. A homofobia está nas escolas, assim como na Avenida Paulista ou nas igrejas.
A liberdade sexual é um valor fundamental à ordem jurídica e por isso deve estar traduzida em ações e iniciativas pedagógicas. Educação sexual livre de preconceitos é uma delas.
No dia que em luta, aludimos o combate à homofobia, desafiemo-nos a construir uma nova cultura política, uma sociedade libertária, solidária, multi-étnica e com liberdade e igualdade sexual. Que as crenças, o ódio, a repulsa, o preconceito e a discriminação não refugiem nossos jovens, não matem nossos amigos, não nos torne cada vez mais desiguais.
* Amanda Jaqueline é militante da Democracia Socialista.

Revista mostra trechos bíblicos cuja existência crentes fingem não saber

Copiei do Pavablog

 

Paulo Roberto Lopes, no Paulopes

A reportagem de capa da Superinteressante de junho é “A Bíblia como você nunca leu”. Trata-se dos trechos bíblicos que propagam, com candura, sacrifícios humanos, morte para virgens defloradas, poligamia, bebedeira e por aí vai.
As perversidades bíblicas têm sido destacadas à exaustão, mas ainda assim a reportagem é oportuna porque ocorre cada vez mais com frequência a exaltação por vereadores e deputados da Bíblia como “padrão de moralidade”.
Recentemente na Assembleia Legislativa de Goiás, por exemplo, a leitura da Bíblia se tornou obrigatória no começo das sessões para garantir “um ambiente de princípios e de harmonia entre os deputados”.
O deputado evangélico Daniel Messac (PSDB), autor da lei dessa obrigatoriedade, agiu como só existisse uma parte da Bíblia, a “boa”, e não também a “ruim”, a podre, e como se esta não contaminasse aquela. E assim tem sido nas pregações de pastores e de padres, nos sermões televisivos, nos livros religiosos. Tudo sem questionamentos dos fiéis.
 
Maridos & esposas
O Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias de seus maridos, com deveres e direitos. Se uma esposa fosse “demitida” pelo parceiro, por exemplo, ela podia ganhar uma carta de recomendação, para a moça utilizá-la como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher de outro sujeito.
A poligamia era regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: “E tomou Lameque para si duas mulheres” (Gênesis). A situação era tão comum que vários dos personagens mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob o mesmo teto.
[...] Nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas.
O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã tivessem apenas uma esposa porque “assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis”.
“O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em Roma, que proibia essa prática”, afirma o historiador Marc Zvi Brettler. Como escreve santo Agostinho no século 5, “em nosso tempo, e de acordo com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa”.
“As mulheres sejam submissas a seus maridos.”
(Colossenses, 3, 18)

Sexo
Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual: toda mulher tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido.
As leis sexuais eram bem abrangentes: “Quem tiver relações com um animal deve ser morto”, diz o Êxodo. E a masturbação também não pode. Como diz o sutil são Paulo: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido. E o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à esposa.”
“O sexo na Bíblia é cheio de contradições”, diz o arqueólogo Michael Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). “É de se desconfiar que fossem realmente levados a sério naquela época.”
“E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia.” (Gênesis, 29, 30)
 
Negócios e finanças
A cobrança de juros é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia, sempre em tom firme: “Não tomarás deles juros nem ganho” (Levítico). [...] Mas existe uma exceção: nos casos em que o empréstimo é concedido a um não judeu (“um estranho”, nas palavras de Deuterônimo) é permitido praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes banqueiros da Idade Média.
Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que “sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas”, diz o Levítico.
“Ao estranho, emprestarás com juros.” (Deuteronômio 23:20)
 
Marvado vinho
O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia. A palavra “vinho” é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar.
“Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”, diz o historiador Marc Zvi Brettler.
O álcool chega a ser recomendado para curar os males da alma. Está em provérbios: “Daí bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espíritos”.
E tem o primeiro milagre de Jesus: transformar água em vinho — segundo o evangelista João, no melhor vinho da festa.
São Paulo vai mais além: recomenda a um discípulo, Timóteo, que troque a água pelo vinho.
“O chefe do serviço provou [o vinho que Jesus criara a partir da água] e falou com o noivo: ‘Tudo guardaste o melhor vinho até agora!’” (João 2, 7-10)

Saúde e educação
[...] Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim: enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais. [...] Quando não funcionar, o Antigo Testamento indica que um bastão flexível deve ser usado para bater nos desobedientes. O objeto tem até nome, vara da correção, e é indicado para qualquer situação em que o pai considere que a criança não seguiu suas instruções. “A vara e a repressão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesa envergonha a sua mãe” (Provérbios).
“O sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na praga se tornou branco, (…) é praga de lepra; o sacerdote o examinará, e o declarará por imundo.” (Levítico 13:3).

Homossexualidade
O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria alma” (Samuel I).
Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se deita com ele. “E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro” (Samuel I). “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia, que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um costume comum entre homens”, diz o historiador finlandês Martii Nissinem, da Universidade de Helsinki e autor de Homoeroticism in the Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico). “Mas é difícil negar a referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a proíba expressamente.”
Para alguns especialistas, o Antigo Testamento também sugere um relacionamento homossexual entre duas mulheres, Noemi e sua nora Rute. Está no livro de Rute um trecho em que ela diz a Noemi: “Aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu. Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”.
“Estou angustiado por causa de ti, Jonatã. Mais maravilhoso me era teu amor do que o amor das mulheres.” (Samuel II 1, 26).

Sacrifício
Muito sangue jorra na Bíblia. Abraão é orientado a sacrificar seu próprio filho Isaac a Javé — e teria obedecido, caso um anjo não aparecesse no ultimo minuto dizendo ser tudo um teste para sua fé. Além disso, durante os 40 dias em que Abraão detalha suas regras ao patriarca, Deus exige uma série de sacrifícios de animais.
Os rituais são descritos com grande riqueza de detalhes. Moisés manda matar e drenar 12 bois. O sangue é colocado numa tina. Metade é lançada no altar e o resto sobre a multidão. Carneiros abatidos são esfregados no corpo de fiéis, que seguram seus rinas nas mãos para oferecê-los a Javé. Pedaços de bichos são queimados sobre o altar. Era uma forma de trocar favores com os deuses.
“O sangue é o maior símbolo da vida. Ao usá-lo em rituais, os fiéis reforçam seu vínculo com a divindade e se purificam”, diz Richard Friedman. [...] ”Na interpretação cristã posterior, o próprio Jesus é considerado o sacrifício final, que limpa os pecados da humanidade de forma definitiva, o que dispensa a morte de animais.”
“Derramar-se-a seu sangue me volta do altar. Será oferecida a cauda, a gordura que cobre as entranhas. Os dois rins e a pelo que recobre o fígado.” (Levítico 7, 2-4).

Crime e castigo
Sequestro, adultério, homossexualidade, prostituição. Tudo dava pena de morte. Até fazer sexo com uma virgem poderia custar a vida do “criminoso”. Adorar outros deuses também trazia problemas sérios. Moisés mandou matar 3 mil judeus por causa disso.
O Levítico também manda matar prostitutas a pedradas. Não caso de a moça ser filha de um sacerdote, a punição é pior: “Com fogo será queimada”.
Em geral, a pena de morte por apedrejamento não precisava ser julgada pelos sacerdotes. A maioria dos crimes recebia punição na hora, diante de um grupo de pessoas que presenciaram a cena ou que estavam por perto da cena do crime.
O Antigo Testamento estabelece que toda mulher menstruada é tão impura que até mesmo os lugares onde ela senta devem ser evitados. Se um homem encostar na esposa, na mãe ou na irmã nesse período do mês, ele não pode sair de casa por sete dias. E, se o fizer, pode ter de pagar uma multa.
Como o Antigo Testamento não aceita o aborto, é crime provocá-lo, mesmo que por acidente, mas a pena depende da gravidade da situação.
Em caso de roubo e furto ou qualquer outro prejuízo ao patrimônio alheio, a pena é o pagamento de 4 vezes o valor do bem que foi levado ou destruído. Se a pessoa que cometeu a infração não tivesse condições de pagar, podia ser vendida como escrava.
“Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, então trarei ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram.” (Deuteronômio 22:23-24)

vídeo: site da revista

terça-feira, 29 de maio de 2012

A lentidão do blog

Nos últimos dias a lentidão do Ornitorrinco atingiu limites quase insuportáveis, e isso não se explica apenas pelas dores nas juntas deste envelhecido e estranho mamífero que bota ovos.

Um forte aumento da demanda estrangulou o servidor, o porteiro, a secretária do Real Gabinete Presidencial, 38 estagiários, um vereador desavisado, um pastor milagrento, quatro advogados, um pai de santo, um centro avante que não marca gols desde outubro, um ex-prefeito em atividade e quase quinhentos políticos de ficha mais suja que pau de galinheiro.

Todos os canais estão praticamente ocupados das 7 da manhã à zero hora, causando essa lentidão exasperante.

Providenciamos um novo servidor no datacenter, mas a burocracia era infindável, era requisição aqui, carimbo pra lá, o senhor volte amanhã, etc e tal e cousa e lousa.

Agora, acertamos com um provedor externo, bom e barato, de Morretes, o município perfeito, tudo de acordo com as instruções do Urublues.

Amanhã começamos a migrar a plataforma para ele, os armários, as camas, os sofás, pratos e talheres, almofadas, travesseiros e as coisas todas.

Espero que até o fim da semana o Ornitorrinco esteja operando com maior leveza d'alma, crédito facilitado, um novo programa de fidelidade e cerveja grátis.

Brincadeira baseada neste texto do Blog do Nassif.

domingo, 27 de maio de 2012

Pastor descerebrado afirma que "pesicologia" é coisa do diabo e, mais ainda, proíbe que seus fieis usem tecnologia USB


 
Com informações de Bobolhando

Culto evangélico proíbe tecnologias USB


Neste belo domingo de sol, O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), ao saudar os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de todos os santos descerebrados, informa que o apóstolo Welder Saldanha, da igreja Paz do Senhor Amado, do interior de SP, depois de obrar que um psicólogo pode fazer um cristão revelar sua senha bancária, decidiu que seus fiéis não podem usar tecnologia USB, cujo símbolo, diz a abostado, faz apologia ao demônio.

“O símbolo daquilo (nome que ele sequer gosta de pronunciar) é um tridente, que é usado para torturar almas que vão para o inferno. Usar um símbolo daqueles apenas mostra que todos usuários dessa pífia tecnologia são de fato, adoradores de satã”.

As medidas tomadas foram para que todas as conexões USB de seus seguidores fossem trocadas por conexões comuns e até mesmo pelo Bluetooth (sic) que, de acordo com Welder Saldanha,  é permitida, pois “Azul era a cor dos olhos de nosso salvador Jesus Cristo”.

sábado, 26 de maio de 2012

Olhem os malvadinhos sem deus no coração, que horror!

Parar a marcha do atraso religioso é fundamental, meus amigos

Expliquem aí, cristãos: virem-se!

Copiei de ATEA
 

Copiei de ATEA

Como queríamos demonstrar

Copiei de ATEA

Violência e abusos contra crianças: DISQUE 100!

Copiei de ATEA

Quiz Show

Copiei de ATEA
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO) saúda os os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Sílvio Santos do Show do Milhão e avisa: quem acertar queimará forever nos quintos dos infernos.

Deuses: você os encontra nas séries A, B, C e D

Copiei de ATEA

Houve um tempo em que o Zeus e outros deuses gregos e Odin e Thor formavam a elite divina, a primeira divisão, e o deus cristão jogava em templos mequetrefes da quarta divisão, de chão batido e sem transmissão pela TV. 

Bom tempos, aqueles.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Nas fuças de padrecos, pastores, rabinos e mullás, nas suas fuças!

A salvação pela palavra

Este bloguezinho mequetrefe sente-se e proclama ser integralmente parte das ações em defesa dos direitos LGBTT.
Meu filho precisa de mim.
Meus filhos todos precisam de mim.

----------XXXXXXXXXX----------

Copiei de Política Ativa 

Conta a lenda que Sherazade contou muitas histórias para salvar a própria vida. Ao final, acabou salvando muito mais: a si mesma, várias outras mulheres e o próprio sultão, seu fiel ouvinte de todas as noites. Sherazade foi capaz de mudar tanto, modificar tanta gente, alterar o percurso de tantas vidas. E, então, é fantástico saber que todos os dias, em todo o mundo, também LGBTs salvam vidas pela força da palavra. Salvam vidas falando que o outro pode se assumir, pode viver, pode amar. Salvam vidas afirmando que aquela fase de opressão extrema, em que o outro pensa em se matar, é transitória, que um dia tudo irá melhorar. Seja com um blog, ou uma parada com milhões, milhares, centenas ou com poucas dezenas de pessoas, salvamos vidas ao tornar o mundo possível para quem é tido como diferente. Salvamos vidas quando tornamos a vida possível de ser vivida. Salvamos vidas quando entendemos a rede da qual fazemos parte e ajudamos em sua costura.
Salvamos vidas quando aquela pessoa oprimida por seus pais, por seus familiares, pelos amigos, na escola, na igreja, na vizinhança, pode contar somente com nossa palavra ou apenas com a noção de que não está sozinho, de que somos muitos e que sobrevivemos e somos felizes, que o mundo gira, a história avança e nossos direitos e qualidade de vida correm ao lado deles. Salvamos vidas quando uma das tantas pessoas que pensam em se suicidar, o deixa de fazê-lo por uma palavra, uma imagem, uma multidão nas ruas, alegre, cantando, pulando, dizendo ao mundo que nossa vida vai muito bem - obrigada! -, apesar de tudo e de todos que são contra. Quando mostramos seja através do que for, que não somos invisíveis, que jamais seremos, pois não nos cabem nenhum gueto e nenhuma capa mágica que nos faça desaparecer. Quando mostramos que vivemos, trabalhamos, amamos, trepamos, nos divertimos. Quando mostramos o quanto somos fortes. Cotidianamente fortes e por toda uma vida.
E não desanime, não pense nem por um minuto que sua militância é desimportante, que não tem valor, que pode ter um efeito muito pequeno e um alcance limitado. Qualquer que seja sua atuação lembre-se sempre que ela pode fazer total diferença entre a vida e a morte - física ou social – de alguém. Sempre haverá quem tente reduzir o significado deste ou daquele trabalho, seja ele qual for. E sempre haverá o fantasma do desalento de ver tanta coisa ruim ao redor, mas segure-se você também nas palavras de outros. Afinal, pense bem, podemos nos abater realmente com isso, quando um simples texto ou uma conversa on-line pode salvar uma vida? Enquanto tantos criam um universo impossível para LGBTs viverem plenos e felizes, mesmo apenas através do que falamos e escrevemos, podemos criar todo um outro mundo: um espaço de salvação do que corrói por dentro, do que não deixa respirar lá fora. Portanto, fale, escreva, publique, tenha um blog, um vlog, um site, mergulhe nas redes sociais, divulgue idéias, produza, partilhe informações, converse, chegue até as pessoas, promova ligação entre elas. É fantástico irmos às ruas, protestarmos, fazermos passeatas, paradas, reivindicações públicas, mas nada impede ou diminui a importância da propagação de palavras e idéias e sua força inegável na mudança de mundos e perspectivas de vida. Que nos diga Sherazade!
@ivonepita

Hoje é o Dia Nacional da Adoção

Copiei a imagem de Joelson Mendonça

 

No Dia Nacional da Adoção, Paulo Roberto Cequinel e Sonia Fernandes do Nascimento agradecem a Jean Carlos Fernandes do Nascimento Cequinel que, aos dez anos, foi corajoso o suficiente para aceitar-nos como seus pais.
Amamos você, filho. Muito.

(Eivor Jr, Luciano, Soraya, Paulo Jr e Nayre, não fiquem (muito) enciumados. Amamos vocês também)

Igreja desaba e deixa três soterrados em SP: ué, mas não é a casa de deus?

Terça-feira, 22 de maio de 2012, 09h33 
Atualizado em terça-feira, 22 de maio de 2012, 11h08
 
Igreja desaba e deixa três soterrados em SP
 

Uma vítima, que está em estado grave, foi levada para o Hospital das Clínicas

A perícia técnica foi acionada para averiguar as causas do desabamento MARIO ÂNGELO/SIGMAPRESS/AE

A Igreja Católica Nossa Senhora das Graças desabou e deixou três pessoas soterradas na região do Aricanduva, zona leste de São Paulo. Uma das vítimas está em estado grave.

O fato ocorreu na rua Coronel João de Oliveira Mello. De acordo com a equipe do Helicóptero Águia 13 da PM (Polícia Militar), um dos feridos foi encaminhado por eles para o Hospital das Clínicas, já os outros dois foram levadas por ambulâncias.

Ainda não se sabe a causa do acidente, mas a perícia técnica foi acionada para averiguar as causas do desabamento.

O caso deverá ser apresentado no 41º DP (Distrito Policial).

A teologia não faz nada, não altera nada, não significa nada. O que nos faz pensar que a teologia serve para alguma coisa?

Copiei de Anticristo

Por que vocês ateus têm tanta raiva?

Parte 1

Parte 2


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Alceu Valença é foda, meus amigos, muito foda!



Divulgação
Divulgação

Alceu Valença está indignado com a CPI do Cachoeira, que está acontecendo em Brasília. O cantor e compositor pernambucano usou sua página de Facebook para soltar o verbo. Aqui, o primeiro reproduzido:
Dizem que o advogado (de Carlinhos Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos) vai ganhar 15 milhões para defender Cachoeira. Essa dinherama, certamente, vem do arrombamento dos cofres públicos e trambiques nas concessões de serviços e obras do governo. Pensem quantas pessoas foram prejudicadas por essas práticas... Honorários pagos com dinheiro desviado, ilustre causídico, não é uma prática ética e moral.
Na sequência, postou:
Estudei Direito, poderia ser advogado, mas, jamais aceitaria defender Cachoeira nem por uma enxurrada de dinheiro. Todos têm direito à defesa, mas as provas materiais são contundentes e irrefutáveis. Não entendo como Márcio Tomaz Bastos, ex Ministro da Justiça, se coloca ao lado, defendendo a maior prova de corrupção pública de todos os tempos.

----------XXXXXXXXXX----------

De modo que O Ornitorrinco deixa esta jóia para os praticamente 8 alucinados que insistem em visitar tão insalubres paragens todos os dias. Deliciem-se com Descida da Ladeira, ao vivo.

Tenho nojo destes deputados paranaenses, completo e derramado nojo

Copiei do RB
 

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO) cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Abelardo Zacharow Sciarra Setim Padovani da Escravidão e anuncia os deputados paranaenses que votaram contra a PEC do Trabalho Escravo: 

Abelardo Lupion (DEM)
André Zacharow (PMDB)
Eduardo Sciarra (PSD)
Luiz Carlos Setim (DEM)
Nelson Padovani (PSC)

Tenho nojo destes deputados, completo e derramado nojo, muito especialmente de André Zacharow, evangélico que teve boa votação aqui em Antonina.

Nojo.

Xô, atraso!


 


ESTADO LAICO, HOJE E SEMPRE!
SOCIEDADE PLURAL E LIVRE, HOJE E SEMPRE!


Um Estado confessional evangélico ou católico é um instrumento de imposição dos valores religiosos e morais de uma religião específica. O Estado brasileiro É e DEVE permanecer LAICO para garantir os direitos constitucionais e a liberdade de TODOS os brasileiros.


A família padrão cristã é um modelo idealizado que não mais corresponde à realidade. Quem quiser seguir fiel a esse modelo que continue, mas que não pretenda impô-lo a uma sociedade que é, e deseja permanecer, plural e livre.

Os valores morais do cristianismo, como os de qualquer religião ou sistema filosófico, são relativos e não podem ser impostos ao conjunto da sociedade. Só estão obrigados a submeterem-se a tais valores os indivíduos que estão filiados ou se declaram fieis ao cristianismo conservador.

Beto Maia

#minhaliberdadenaopagapedagio

Dificuldades com os filhos? O seu deus misericordioso, em Deuteronômio 21:18-21, ensina como resolver

Copiei de ATEA
 
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO) cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Nicolau das Pedradas e, estupefacto, pergunta: como é possível que tantos levem religiões a sério?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

São Gruvinho Chapeludo, rogai por nós!

Copiei a imagem de O Libertário
 
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO) deseja apenas cumprimentar os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Gruvinho Chapeludo.  

Nota de esclarecimento sobre vegetarianismo

The Dirty Foods Ornitorrinco Corporation
Real Gabinete Presidencial

Nota de Esclarecimento

Em face de ilações e sussurros lançados contra nosso Beloved President & Sex-Symbol Senior, julgamos adequado declarar que ele, entre o almoço e o jantar, é completa e totalmente vegetariano e que, outrossim, o Departamento Comercial deste blog examinará com cuidado eventuais propostas de publicidade apresentadas por churrascarias e frigoríficos.
 


Antonina, 23 de maio de 2012.

Naulo Coberto Lequinel
Chefe de Gabinete 

Acredite, LGBTT-fobia tem cura

Copiei de Contos e Notas


 
Não tenho nada contra homofóbicos. Eu, inclusive, tenho muitos amigos que são. O problema é que tem uns homofóbicos escandalosos, que não conseguem ser discretos. Ficam dando pinta que não gostam de gay, sabe? Tudo bem ser uma pessoa rancorosa e preconceituosa, mas não em público. Entre quatro paredes e bem longe de mim, tudo bem. Nada contra mesmo.
É impressionante o quanto eles se acham no direito de ficar com pouca vergonha na frente de todo mundo. Outro dia ouvi um cara dizer, em plena luz do dia e para quem quisesse ouvir, que “gay é abusado, mexe com homem na rua mais do que homem mexe com mulher”. Acredita? Mas já vi e ouvi coisas piores. “Tenho nojo de homem se pegando” ou “essas menininhas que se beijam não são bissexuais coisa nenhuma, só querem chamar atenção dos homens” ou ainda “te sento a vara, moleque baitola”, e por aí vai. E se alguém critica, logo apelam para “ah, foi só uma piada” ou “é a minha liberdade de expressão” ou ainda “está na Bíblia”. O horror, o horror.


Ser homofóbico é uma opção, mas ninguém tem a obrigação de aceitar, né. É muito constrangedor ver alguém olhando feio para duas pessoas do mesmo sexo se beijando. Como eu vou explicar para os meus filhos que existe gente intolerante? O pior é que nem na escola as crianças estão a salvo. Querem ensinar nossos filhos a serem homofóbicos, imagina! Quando você percebe, já é tarde demais: uma amiga minha foi chamada pela diretora porque o filho foi pego espancando um colega no intervalo. Tudo porque o rapaz era gay. Minha amiga, coitada, não aguentou a decepção de ter um filho homofóbico. Ela diz que é só uma fase, que vai passar. Por garantia, levou o menino no psicólogo.



Acredite, homofobia tem cura. Soube de uns casos de conversão que parecem até milagre. Em um dia, a pessoa estava lá, odiando gays, militando contra o direito dos homossexuais ao casamento civil, fazendo marcha pela família e tudo o mais. Mas com um pouquinho de empatia e bom senso, eles começaram a ver que não tinham nada que se meter com a sexualidade dos outros. E como o respeito é todo-poderoso e misericordioso, os ex-homofóbicos viram que os gays eram boas pessoas e também mereciam os mesmos direitos. Hoje dão testemunho de tolerância.

Murillo Chibana

Agora, tão preocupante quanto homofóbicos exibidos e sem-vergonha são aqueles que não se assumem. Aqueles que não saem do armário, que se fazem de pessoas normais e sem ódio no coração, mas que, no fundo, no fundo, também são fiscais de cu alheio. Pensa comigo: você sai com uma pessoa dessas, sem saber da opção de ignorância dela, e começam a pensar que você também é homofóbico, igual a ela. E todos sabemos que homofóbicos são abominações, ninguém quer ser confundido com um deles. Além disso, onde enfiar a cara quando eles resolverem se revelar e soltarem um “odeio viado” assim, do nada?
Mas não me leve a mal. Não tenho nada contra os homofóbicos, apenas não concordo com a homofobia. Essa doença quase sempre vem acompanhada de outros preconceitos, como o machismo e o racismo. É um caminho sem volta. Fico triste de ver tantos jovens se perdendo nesse mundão de ódio gratuito. É por essas e outras que prefiro ter um filho gay a um filho homofóbico. Ah, você quer saber se eu vou aceitar e amar um filho que virar homofóbico? Como alguém já disse por aí, eles não vão correr esse risco; vão ser muito bem educados.

Dia 26 é o lançamento do mais recente livro de Eduardo Nascimento, o mais antigo blogueiro em atividade

Há quem jure que Eduardo Bó escreve desde os tempos em que a internet era um pouco melhor que aqueles mimeógrafos a álcool.
 
Outros, entretanto, dizem ter sido achada, em algum sítio arqueológico no Oriente Médio Capelista, uma daquelas tabuletas de barro, e que a escrita cuneiforme ali estampada é dele.
 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

O Ornitorrinco monitorado

Dia passado em Curitiba, fazendo a revisão dos 60 mil anos.
 
Desde as 11 horas estou com aparelho de monitoração(*) de pressão que, a cada 15 minutos, faz a medida, e a mangueira e o aparelho à mostra me deixam com ares de homem-bomba.

Não dá pra tomar banho até amanhã, mas, vejam que ornitorrinco chique, higiene só na base de lenços umedecidos.

(*) Dúvida das 20:56: monitoração ou monitoramento? Ou tanto faz?

domingo, 20 de maio de 2012

O pai do Ornitorrinco


Lançamento da placa de homenagem ao professor, amigo, pai e avô Maury Antonio Cequinel, atuante no mercado segurador desde 1943, pelos exemplos de retidão de principios, caráter, ética, e profissionalismo que moldaram a Cequinel Seguros.

 

Ainda chego lá, assim, os cabelos imaculadamente brancos.
 
Já a cabeça, tenho erguida e altiva faz muito tempo.

Ele me ensinou.

sábado, 19 de maio de 2012

O imenso logro de Fátima

Copiei do Diário Ateísta

19 de Maio de 2012
Escrito por  

A multinacional do Vaticano persiste no ramo dos milagres mas em Fátima minguam os prodígios. Foi preciso recorrer a três médicos servitas, de Leiria, pai, mãe e filha, para atestarem a cura da D. Emília dos Santos que, pouco tempo depois, morreu curada após ter servido para a beatificação do Francisco e da Jacinta com o milagre feito a meias.
Até o milagre da cura do olho esquerdo da D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo fervente de fritar peixe, foi feito numa casa de Ourém onde a miraculada tinha à mão uma imagem de D. Nuno que a ICAR desonrou com o milagre que lhe atribuiu. No entanto foi este prodígio que transformou o herói em colírio e o guerreiro em santo.
Fátima nasceu para combater a República e acabou na propaganda contra o comunismo mas nunca foi terreno fértil em milagres. São mais os peregrinos que morrem na estrada do que os doentes que se curam e não há memória de uma só ressurreição ou de uma perna que cresça a um amputado.
No entanto, a Cova da Iria é uma das sucursais da ICAR com maior rentabilidade. Dispõe da maior área coberta para orações e o que já foi um anjódromo, e o destino da Virgem que saltitava de azinheira em azinheira, é hoje o local de recolha de óbolos que aumentam na razão direta da pobreza a que vai sendo reduzido o povo. Já não surgem, talvez por pudor, barras de ouro fundidas com a cruz suástica, mas persistem as joias de quem sofre.
A coreografia deste ano foi abrilhantada por um cardeal, 22 bispos e 265 padres na missa que encerrou a peregrinação de maio. Bastam as sotainas de tanta criatura pia para dar aos crentes a ilusão de que se encontram numa paragem do Paraíso. Já nem é preciso pôr o Sol às cambalhotas. E ainda há quem diga que a Igreja procura a verdade, estranho eufemismo para designar as ofertas dos crédulos.

Namoro na TV

Desde 2004, se não me falha a memória, que eu e Eduardo Bó não nos falávamos, por conta de divergências pessoais e políticas.

Passados já 8 anos, esta situação me incomodava muito, porque não fazia o menor sentido dois velhotes birrentos ficarem fazendo bico e cara feia um pro outro sendo os dois, como de fato somos, gente do bem.
 

Nesta quinta feira, selamos a paz e reatamos nossas relações.
 

Os erros que cometemos estão no baú dos acontecimentos, e não podem ser mudados. Que fiquem lá, pois.

Estou feliz e divido com os amigos capelistas esta boa notícia.

Se fosse no facebook seria assim: Cequinel e Bó estão num relacionamento sério.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Hoje é dia de luta

Dia de atividades relacionadas à Luta Contra a Homofobia, de modo que o blog estará às moscas, e isso não tem nada a ver com fichas sujas. 

'Bora lutar contra o preconceito, a intolerância e a violência?

'Bora lutar pela vida?

Eu vou.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Bento Cego, um visitante ilustre

Dei com esta postagem lá no Urublues e, juro, não entendi coisa alguma.
Chamei Sonia e ela, ó, fez cara de paisagem e não me explicou a mensagem que Jeff, o Picanço Doido, está a enviar.
Ficha suja seria um papel desavisado que caiu na lama?
Nepotismo seria um novo esporte olímpico no qual parentes são lançados nas caçapas de cargos comissionados?
Agradeço se algum internauta puder ajudar-me.

  ----------xxxxxxxxxx----------

  Copiei do Urublues

Neste último domingo, estava fazendo uns serviços em casa. Temos uma amoreira que está grande, e nesta época ela suja a calçada com seus frutos e nos dá um trabalho danado de limpá-la. Eis que toca o telefone. Vou lá correndo atender: do outro lado, escuto a voz de meu guia espiritual, pai Zinho de Obatalá. Sim, tenho um guia espiritual, o qual, apesar de entendido na metafísica do além, é ainda altamente tecnológico: “liga o Skype!”, me pede ele.
Fui até o escritório, liguei o computador no Skype e nos falamos um pouco. Pai Zinho me avisou que alguém estava querendo falar comigo. “Mas alguém quem?”, perguntei pra ele. Pai Zinho deu um sorriso de Mona Lisa e desligou o Skype, fazendo aquele barulhinho esquisito: birurum-bum!
No canto mais escuro do meu escritório começou a soar uma toada de viola caipira. Que susto! Um preto velho de barba branquinha, chapéu de palha e roupa toda rasgada tocando viola no meu escritório! Que diabos era isso? Mas ele tocava divinamente a viola e cantava uma canção:

Caro senhor Jeffinho
Escute aqui o meu canto
É o cego do Registro
Soltando seu triste pranto!

Nossa! Era Bento Cego, nosso grande cantor e poeta! Nascido no Registro, em Antonina, em 1821 e falecido em Cajuru, São Paulo, em data incerta. Grande cantador que percorreu o sul e o centro do Brasil desafiando os violeiros que encontrava em animados desafios de trovas. E Bento Cego estava ali, em meu humilde cantinho, tocando sua viola! Que honra! Fiquei pasmo de escutar, e ele emendou outra quadrinha:

Eu quero mandar recado
Ao amigo boca suja
Que andou falando na rede
De uma tal dita cuja

Não ligue meu caro amigo
Com o forte destempero
Quando mandam calá boca
É causa de desespero!

Fiquei ali feliz escutando o canto triste de nosso grande e popular cantor. Que riqueza de poesia, que versos mais inspirados! Não conseguia nem falar na presença de tão grande poeta. Ele prosseguiu:

Pode falar nepotismo
Pode falar mãe coruja
Mas quando for falar mesmo
Não fale que é ficha suja!

Ficha suja ainda não é
Pela lei do seu juiz
Perto do tal Cachoeira
Qualquer um é aprendiz!

Que poesia, que encanto! Bento Cego tocava com destreza sua viola e sua musica enchia todo o meu pequeno escritório. Foi tanto encantamento que nem consegui levantar dali pra chamar minha mulher, que estava entretida com as flores do jardim, pra vir ver o Cego cantar. Pensando bem, melhor não. Vai que ela não vê e não escuta nada e diz que estou pirando...

Pode falar do seu padre
E do juiz de lambuja
Só o que não pode mesmo
É chamar de ficha suja

O Cego não sabe das lei
Dos dotores divogado
Mas pra falá “ficha suja”
Fale com muito cuidado!

Por fim, Bento Cego terminou seu canto, largou as mãos da viola e deu um sorriso largo com seus dentes brancos. Sua imagem foi esfumaçando, esfumaçando, e sumiu por entre meus livros. Fiquei ali parado, sem saber pra onde ir, sem ter o que falar. A bela tarde de domingo lá fora, e eu ali parado, com a melodia da viola do Cego na minha cabeça. Que coisa!
Depois de ficar ali matutando qual a razão de tão ilustre visita sem poder atinar por que seria, lembrei que tinha uma calçada pra varrer. Mãos à obra! Se eu não cuidar de minha calçada ela vai pretejar com o sumo das amorinhas. Deus me livre de ficha suja, quero dizer, de ficar suja! E, antes que me esqueça: Viva o canto sem censura de Bento Cego!