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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 30 de setembro de 2012

Eleições em Antonina: a santificação de Munira Peluso e as piruetas retóricas de Luiz Henrique

Neste belo e ensolarado domingo, de temperatura agradável, o Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco oferece aos incautos navegantes estas singelas anotações sobre a nossa campanha eleitoral.

A santificação de Munira Peluso 
No Blog do Rosil leio - e quase vou às lágrimas - que Munira Peluso "é  uma guerreira contra três homens impiedosos", o que me leva a admitir que a maldade humana não tem mesmo nenhum limite.  
Menos, prezado Rosil, aliás muito menos.
Munira disputa tão somente o cargo de prefeita e não um lugar no panteão dos mártires da cristandade até porque, com os inumeráveis problemas legais que precisa resolver, desconfio que o TSE Celestial irá indeferir suas pretensões à santidade.
Quanto ao cargo de prefeita, lamento informar que a vaca foi pro mangue, como sói (*) acontece nestas paragens.

As piruetas retóricas de Luiz Henrique 
Já no indispensável Amigos do Jekiti, meu amigo Luiz Henrique corajosamente tenta defender a candidatura João Dhomero, cuja consistência política e programática é pior que a defesa do Coxa, a mais vazada no Brasileirão.
Começa que Luiz reconhece que João tem "frágil projeto de governo", o que na verdade é uma forçada de barra, vez que o próprio admite em seus comícios que depois que assumir é que verá o que deve ser feito, ou seja, ele não tem a mais remota ideia do que faria se eleito fosse, o que significa que nem mesmo uma porcaria de um frágil projeto ele tem, e isso precisa ficar muito claro.
Mas, prossegue Luiz, quando João alia-se "a Canduca essa lacuna se preenche e a instalação da Techint, o aparelhamento do hospital e as outras obras que estão em andamento constituíram seu programa de governo".
Trata-se de outra magnífica pirueta retórica, e sem a indispensável rede de proteção. Ora, a instalação da Techint está definida e as suas atividades (privadas) não terão, por óbvio, nenhuma ingerência da administração municipal e, concluídos o aparelhamento do hospital e as obras em andamento, no máximo até meados de 2013, retornamos à vaca fria, ou seja, João Dhomero fará cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças: o que estou fazendo aqui?
De outra banda, Luiz não faz justiça à sua aguçada capacidade de análise quando afirma que João "deixou de ser uma espécie de Dom Quixote que lutava contra os moinhos de ventos, representados pelas grandes coligações" e que sua "sua virtude" é não ter-se desviado "dos seus princípios para chegar à prefeitura", por não ter feito "pactos nefastos" e nem "alegorias para pegar o diabo pelo rabo e nem fez da sua trajetória política um meio de conseguir o poder a qualquer custo". 
Menos, meu prezado Luiz Henrique, muito menos.
Não duvido que João tenha seus princípios,  mas se não fez alianças não foi por "virtude" coisa alguma, permita-me a necessária franqueza: ou não teve competência política ou as demais forças não aceitaram suas propostas, ou as duas hipóteses juntas, muito provavelmente.
Reconheço que tenho o andar, o jeitão e cara de bobo, mas há um problema insolúvel para os "purinhos": eu não sou bobo.
Desconfio desta candidatura porque João Dhomero reapresenta o discursozinho safadinho e manjadinho do anti-político que caminha sozinho contra os políticos do mal, e proclama que só depois de assumir é que vai ver o que precisa ser feito.
Como levar a sério um candidato que promete em comícios que a cada seis meses trocará os secretários que, a seu juízo, não estejam dando conta do recado, se o próprio prefeito desde já admite que não sabe o que fazer?
(*) Prezado Urublues: esta é a primeira vez que, em sua homenagem, arrisco utilizar esta palavra. Espero ter acertado. Abraços ao Gusano.


3 comentários:

Amigos do Jekiti disse...

só você meu, amigo!
grande abraço!

Amigos do Jekiti disse...

vai ter troco, viu?

PAULO R. CEQUINEL disse...

Ótimo. Combateremos à sombra.