SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Gazeta do Povo: no máximo, uso para forrar o cagadouro do meu cachorro. E olhe lá!


Copiei a imagem de Gustavo Bitencourt


Não leio, e tem muito tempo, este pasquim pretensioso e notório integrante da série B do PIG
Nos últimos tempos arriscou um botox editorial aqui, uma liposapiração política ali, uma limpeza de cravos ideológicos acolá, mas continua o mesmo seboso jornaleco que sempre esteve na contramão dos interesses populares, tanto que tornou-se valhacouto de jaguara LGBT-fóbico, misógino e intolerante chamado Carlos Ramalhete, católico fundamentalista, filósofo e vocalizador dos piores preconceitos especialmente contra as mulheres e contra o povo LGBTT.
Cansados da sua recorrente prática de vomitar e incitar violência, um grupo de pessoas de Curitiba criou um evento - Fora Carlos Ramalhete: Preconceito na Gazeta do Povo - que está dando o que falar e deve, espero, culminar com a realização de um ato público em frente a sede do jornal lá na Praça Carlos Gomes.
Não use a Gazeta do Povo nem mesmo pra embrulhar peixe, embora a edição dominical tenha lá alguma utilidade para forrar o cagadouro do seu cachorro.
Mas peça desculpas ao guapeca, é claro! 

Um comentário:

Fortunato disse...

PC esse Carlos Ramalhete não têm nada de filósofo, explico:

“Philosophy is questions that may never be answered. Religion is answers that may never be questioned.”

(“Filosofia são questões que podem nunca ser respondidas. Religião são respostas que nunca podem ser questionadas.”)

Quando li essa frase imediatamente lembrei do que acontece no dia-a-dia do nosso mercado; do ambiente de trabalho a conferências e listas de discussão. Sem querer entrar em detalhes profundos ou em opiniões/flames sobre assuntos não-técnicos, vejo que existem dois tipos de programadores: os Religiosos e os Filósofos.

A palavra “religião” vem do latim “religio”, que significa “prestar culto a uma divindade”. Os programadores Religiosos fazem exatamente isso: aproveitam todas as oportunidades que podem para louvarem a sua linguagem ou framework favoritos. Os Religiosos dificilmente aceitam “religiões” diferentes da sua e os mais extremistas acreditam que a sua linguagem ou framework resolve todos os problemas do universo e são a chave da salvação da humanidade. Eles aceitam tudo cegamente e nunca reconhecem ou questionam os defeitos desses projetos que apoiam (e em alguns casos mais extremos até transformam esses problemas em “features”). Quando aparece um problema pela frente não precisa nem pensar: ele usará a sua ferramenta favorita para resolvê-lo, não importa o que seja (um padrão também conhecido como “One Ring to rule them all”).

“Filosofia” vem do grego “philos” (que ama) + “sophia” (sabedoria), ou seja, “que ama a sabedoria”. Filosofia é a investigação crítica e racional de questões, ou seja, um programador Filósofo não está procurando defender uma linguagem ou framework mas sim em investigar várias delas, analisar como elas funcionam e refletir sobre como elas podem ajudá-lo a resolver problemas. Os Filósofos são curiosos; eles sempre querem compreender e questionar o funcionamento e utilidade das ferramentas que usam. Quando precisam resolver um problema eles analisam de forma racional todas as opções que conhecem e se nenhuma delas for boa o suficiente eles pesquisam e procuram uma opção mais eficiente.

Um programador precisa resolver problemas complexos com qualidade e precisa ser cada vez mais produtivo/veloz para atingir um objetivo (desenvolver um produto, terminar um projeto da sua empresa e por ai vai). A melhor ferramenta não é a sua preferida ou aquela que você escolheu para seguir e amar, e sim aquela que te faz ser mais rápido, mais produtivo, com mais qualidade e que te dá mais conforto para trabalhar. A melhor ferramenta é a que melhor atende os requisitos da sua profissão e do seu projeto, não o seu ego (ou sua religião).

Seja menos “religioso” e mais “filósofo”! Com a mente aberta e sem encarar ferramentas como “a verdade definitiva” (ou descartando-as sem ao menos testar e conhecer como funcionam) você terá muito mais chances de ser bem-sucedido.