SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

sábado, 30 de junho de 2012

Cagalhão religioso islâmico

Copiei de ATEA

 

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora dos Tsunamis, de São Ahmed dos Terremotos e de do Profeta Mohamed dos Camelos Mancos e pergunta: quem pode levar religiões a sério?
Estes lazarentos não tem nada mais importante pra fazer senão intrometer-se na cama e nas fodas das pessoas?

Mais militantes se insurgem contra o pragmatismo gosmento do PT

Copiei de Terra Brasilis

Aliança com Eduardo Campos: as razões de Jarbas Vaconcelos

Por DiAfonso

Estou cansado desse modo de se fazer política [Aqui e alhures. Outras plagas.. Brasil afora.] Mas não posso deixar de dar meu singelo palpite para os que nos quer governar, pedindo votos e levantando bandeiras. Bandeiras que são minhas e de muitos companheiros de estrada. Bandeiras que, ao sabor dos ventos, são rasgadas por aqueles a quem confiamos nosso voto.]. 

Não sou analista político. Apenas, sou aquele que "vévi" a pensar sobre os lances dos "profissionais" da política brasileira. Cada acordo me deixa em maus lençóis comigo mesmo e com aquilo que defendo por defender o projeto de alguém que defende um projeto que não é só meu, mas de muitos [Deu para enteder?!?!]

Pergunto-me: Como posso permitir que um determinado político incorpore [ao seu bel-prazer... O eleitor que se dane!] um projeto que nunca foi dele? Projeto meu e de meus companheiros de jornada!

É-me difícil aceitar, aqui em Pernambuco, o senador Jarbas Vasconcelos na Frente Popular [?!?!] por tudo que fez e disse contra o governo Lula. Antes disso, pela traição a quem sempre lhe deu votos. Traição ao se emporcalhar com o antigo PFL para conquistar o poder.

É-me difícil olhar o palanque repleto de Jarba[s] e Eduardo[s] Campos[s] [Outrora inimigos figadais. A política com fígado está muito mais em Jarbas.] a se digladiar com o PT-Pernambuco a fim de tomar a prefeitura da Cidade do Recife. 

É-me difícil ver um candidato, em quem votei para o Senado Federal, abdicar de seu papel [papel conferido nas urnas por eleitores que nele confiaram] para se candidatar a prefeito da cidade do Recife, numa encarniçada briga interna.

É-me difícil ver Lula apertando a mão [não é um simples aperto de mão, mas uns tempinhos a mais na TV] de Paulo Maluf.

Indignado estou.

E indignado, retiro-me dessa disputa que se avizinha. Não vou poder reclamar, pois, ao anular meu voto, ficarei impedido de me manifestar.

Torço pela vitória de Fernando Haddad em São Paulo, apesar do acordo com Maluf, mas dessa vitória não emitirei um só grito de júbilo.

Torço pela vitória de Humberto Costa [PT-PE] aqui em Recife, mas ele não terá uma só postagem a seu favor, de minha parte. Nem ao menos um parabéns pela possibilidade de vitória.

Silencio nesse tabuleiro de farsas e mentiras que, ao final de tudo, estampa no rosto do cidadão que vota: VOCÊ É UM OTÁRIO!

Meu trabalho: dar assessoria a um candidato a vereador que não é de meu campo político, mas que agrega alguns valores que defendo. Se ele cumprirá o que diz, só o tempo dirá...

Finalizo dizendo que as razões de Jarbas Vasconcelos, ao se aliar a Eduardo Campos, se resumem a uma: derrotar LULA e o PT. Seja no Oiapoque, seja no Chui. Jarbas é um senhor que faz política com o fígado. Seu lema é vigança. Mas, curiosamente, para se vingar de LULA, ele se humilha diante de quem deu-lhe uma surra eleitora no último pleito.

Talvez esteja enganado. Talvez não compreenda que para mudar o Brasil, tenha-se que se "acoloiar" com "almas sebosas" da política brasileira. Entretanto não posso deixar de afirmar que precisamos acabar com essa tal de preservar a governabilidade [não é o caso de Pernambuco] e se aliar a tais e quais.

Um Congresso que debate “cura para gays”: mais um capítulo da teocracia brasileira

Quem arrisca sua saúde neste espaço fedorento conhece, de um lado, a minha posição em relação a imundície que se reúne na abjeta Frente Parlamentar Evangélica e, de outra banda, também já viu por aqui minhas críticas ao governo e ao PT, os quais, de forma despudorada, acocoraram-se diante desta tropa letal de fundamentalistas religiosos. 
A LGBTT-fobia tem origem no discurso religioso, repetido todos os dias, sempre com voz macia e sestrosa e gestos suaves, e precisa ser combatida, e com muito barulho, porque o discurso de ódio e de intolerância estabelece, a meu ver, uma espécie de aceitação social da violência mortal que atinge o povo LGBTT e que, portanto, ameaça a vida do meu filho e minha família.
De minha parte as coisas serão sempre assim: LGBTT-fobia eu trato a pontapés e do pescoço pra baixo é canela, seus filhos da puta!  
Este texto de Idelber Avelar trata com muita propriedade desta questão.

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Copiei de Idelber Avelar

30/06/2012 | Publicado por idelberavelar

Procurei bastante por aí, mas não encontrei. Até onde pude averiguar, não há precedente moderno, em nação democrática, de um Congresso Nacional prestando-se ao ridículo papel de discutir “cura para homossexuais”. Você encontrará, claro, deputados individuais dando declarações que sugerem “cura para gays”, como é o caso do homofóbico costarriquenho Juan Orozco. Mas não consegui achar, em casa legislativa de país democrático, um vexame comparável ao que se prestou a Câmara dos Deputados brasileira nesta quinta-feira. A Câmara se reuniu para um “debate”, uma audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família, acerca de um pedaço de lixo, em forma de Projeto de Decreto Legislativo, defecado por João Campos, evangélico tucano de Goiás e homofóbico-mor do Congresso. O projeto se arroga o direito de sustar uma resolução do Conselho Federal de Psicologia que, com muito atraso, em 1999, definiu que os profissionais da área não patologizarão práticas homoeróticas e não colaborarão com serviços e eventos que proponham tratamento e cura da homossexualidade. Como notou Antonio Luiz Costa, da Carta Capital, mais esdrúxulo ainda é que o pseudo-debate, pasmem, foi convocado por um deputado do Partido Verde.
O estado de exceção em que vivemos se converteu em regra a tal ponto que uma monstruosidade dessas é discutida como se se tratasse de um debate razoável, com duas ou mais posições em comparável condição de reinvindicar a razão ou a verdade. O fato é noticiado como se não fosse absurdo. Votações online colocam as opções como se se tratasse de uma escolha entre termos simétricos, e não a justaposição entre uma posição consensualmente científica e um delírio de psicopatas fundamentalistas. No mundo realmente existente, claro, não há qualquer discussão, em nenhuma disciplina séria, sobre se a homossexualidade é ou não é doença, desvio, aberração ou anormalidade a ser curada. Num país em que se assassina um gay ou lésbica (ou cidadã[o] confundido[a] com gay ou lésbica) a cada 36 horas – lembrando sempre que esses números são brutalmente subrreportados –, aceitar um “debate” nesses termos já é, por definição, sujar as mãos de sangue.
É evidente que, no interior de uma sociedade homofóbica, a violência real e simbólica perpetrada contra gays e lésbicas produzirá sofrimento que, em maior ou menor grau, poderá ter consequências que se encaixam entre as tipicamente tratadas num consultório de psicólogo, psicanalista ou terapeuta. Também é evidente que, nesses casos, o que será tratado ou “curado” – e há toda uma discussão sobre o que essa palavra pode significar, seu clássico sendo o Análise Terminável e Interminável, de Freud – não será, jamais, o desejo, a afetividade ou a prática homoerótica em si, e sim a condição produzida no sujeito, seja lá ela qual for, a partir da violência homofóbica. A Resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia simplesmente estabelece, como parâmetro ético inegociável para o exercício da profissão, o reconhecimento desse fato, em conformidade com resolução análoga da Organização Panamericana de Saúde.
Há que se atentar que a iniciativa homofóbica dos Deputados João Campos (PSDB-GO) e Roberto de Lucena (PV-SP) vem, toda ela, embrulhada no discurso da liberdade de expressão.  “Deixa a pessoa ter o direito de ser tratada”, diz a pseudo-psicóloga homofóbica Marisa Lobo, estrela do “debate” e convidada de Gleisi Hoffmann a eventos oficiais no Palácio do Planalto (enquanto a tropa de choque governista nas redes sociais inventa cada vez mais malabarismos para dizer que o governo não tem responsabilidade no surto de assassinatos homofóbicos). A baliza ética expressa na resolução do CFP e universalmente aceita entre profissionais de todas as psicoterapias – a saber, a de que homossexualidade não é doença a ser “tratada” – é apresentada por João Campos nos seguintes termos: “É como se o Conselho Federal de Psicologia considerasse o homossexual um ser menor, incapaz de autodeterminação”. No mundo realmente existente, claro, é o jovem gay de 15 anos de idade, e não a corja fundamentalista, que é morto a pauladas na rua. Mas os nossos Deputados acham que é o seu ódio que ainda está sendo cerceado em seu direito de expressão.
Alguns amigos acharam que minha ênfase, ao longo desta sexta-feira no Twitter, no ineditismo desse fato – um Congresso nacional discutindo o direito de se “curar” gays – era contraproducente. Discordo. É importante afirmar: barbárie como esta que está acontecendo no Brasil é raramente encontrada em sociedades democráticas modernas. O evento desta quinta-feira no Congresso é mais uma reiteração dessa barbárie. A única postura que cabe em relação a esse “debate” é denunciar sua própria existência.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

E se teu filho fosse gay?

Copiei do phodástico Um Garoto Diferente


Falar do outro é fácil, dizer que devemos aceitar as diferenças, apoiar e tomar parte dos direitos dos diversos qualquer um diz. Mas e se fosse contigo, mãe, e contigo, pai? E se algum dia no futuro essa criança que pode nascer ou não te chamar pra uma conversa só pra te dizer "eu sou gay"? O que você faria?
1º - Não tente dizer que vai receber a notícia com naturalidade. É mentira.
Pensa bem: nessa hora milhões de coisas vão passar pela sua cabeça. Muita merda, com absoluta certeza afirmo. Mas é impossível receber uma notícia assim e responder com um"ok, agora vá fazer seu dever". Você vai querer saber o que aconteceu, por que ele não te disse antes e desde quando descobriu sua sexualidade. É nessa hora que você deve redobrar o cuidado. Sufocar seu filho ou filha debaixo de uma torrente de perguntas é terrível. Pra você e pra ele.
2º - Você já sabia.
Olha, você conviveu com a criatura por uns 14 ou 15 anos (a idade mais normal pra se assumir) e não percebeu nada? Não falo de nada gritante. Falo de trejeitos, voz, fala. Deixar isso "rolar" sem chamar a atenção do seu filho, além de te fazer um não-imbecil de merda, ajuda ele a se sentir mais confortável e a confiar mais em você. Toda criança pode ser gay. Homossexualidade não é "falha na criação", é natural. Querer ver em seu filho um macho-alfa quando ele não é, além de ser maldade, mostra sua insensibilidade quanto a situação complicadíssima dele. Imagine-se sem poder estar à vontade em seu próprio lar. Então. É mais ou menos assim que ele se sente.
3º - Essa é velha e sempre complicadíssima: "sei que o meu filho é gay mas não sei se, e se, como falo isso pra ele"
Você não precisa contar. Ele já sabe, acredite. Se acha importante conversar com ele sobre sexualidade (e é) fale em tom baixo, como uma conversa comum. Não faça aquele imenso estardalhaço de "ir num cantinho pra conversar".
Essas são algumas dicas para não tornar o processo de saída do armário
uma odisseia sem fim. Lembre-se sempre que seu filho não é gay porque quis, ou porque você de alguma forma causou isso. Seu filho é gay porque nasceu assim, e ele precisa mais do que nunca do seu apoio pra poder sair desse armário fétido e escuro. 
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O Blog do Garoto Diferente é sempre direto, instigante, sem rodeios, e eu o recomendo incondicionalmente.
Só acho que ele poderia postar com mais frequência.

A punição da homofobia na reforma do Código Penal

Copiei de Luis Nassif

Por Marco Antonio L.
No Direto da Redação
Mair Pena Neto 


Em 1975, Gilberto Gil, que acaba de completar 70 anos, lançou um belíssimo disco, de nome Refazenda, no qual incluiu uma canção chamada Pai e Mãe, em que demonstra seu afeto pelos dois e a influência que exercem em sua vida. Em determinado momento, Gil pede à mãe que diga ao pai que não se aborreça com ele quando o vir beijar outro homem qualquer. E completa:  “Diga a ele que eu quando beijo um amigo/Estou certo de ser alguém como ele é/Alguém com sua força pra me proteger/Alguém com seu carinho pra me confortar/Alguém com olhos e coração bem abertos pra me compreender”.
A necessidade de o poeta pedir à mãe que explicasse ao pai o significado do beijo do filho em outros homens fazia total sentido por se tratar, o pai, de uma pessoa provavelmente da primeira década do século 20, que poderia se surpreender e ter dificuldades de entender certos gestos de tempos mais modernos, não necessariamente ligados ao homossexualismo. Estávamos em meados dos anos 70, com a ditadura comendo solta, e pouco espaço para a demonstração dos afetos.
O que surpreende é que passados 37 anos do lançamento da canção de Gil continue a existir uma intolerância e uma irracionalidade que discrimina e vitima qualquer manifestação de afeto entre homens. Parece que a sociedade, apesar de toda a luta pela igualdade de direitos, andou para trás, a ponto de testemunhar barbáries como a recém-acontecida na Bahia, ironicamente a terra de Gil, em que irmãos gêmeos foram espancados, um deles até a morte, por andarem abraçados na rua. O jovem morto, 22 anos, era casado e sua esposa está grávida de quatro meses. O irmão sobrevivente tem uma filha de quatro anos.
As características do crime covarde, praticado por oito homens, apontam para homofobia. Um rapaz de 22 anos perdeu a vida por ser confundido com um gay. Não era o caso. Mas se fosse, o crime continuaria sendo bárbaro e injustificável.  Faz-se necessário um movimento de pressão para que a reforma do Código Penal em curso não trate mais a homofobia apenas como injúria. A comissão de notáveis que preparou um documento para embasar um novo texto, que substituirá o atual, de 1940, classifica a homofobia como crime inafiançável e imprescritível, como o racismo. É uma mudança essencial para reduzir e punir devidamente esse tipo de comportamento.
Embora óbvia e necessária, essa alteração não será aprovada facilmente pelo Senado e pela Câmara. Entre outros males, o Congresso brasileiro vem sendo tomado por bancadas de grupos religiosos retrógrados, contrários a avanços, como o direito da mulher ao aborto, a eutanásia e a criminalização da homofobia. Chega a pasmar assistir à manifestação de representantes dessas bancadas, afirmando que punir a homofobia atenta contra a liberdade de expressão deles. O que querem? O direito de pregar o preconceito e estimular espancamentos como que acaba de ocorrer na Bahia?
A sociedade brasileira, fraterna e caracterizada pela tolerância, precisa combater esses grupos e fazer aprovar um Código Penal que respeite plenamente os direitos da pessoa humana, sem estar sujeita a credos. Desde já, apoio qualquer movimento neste sentido, no mínimo pela liberdade de poder beijar meus filhos adultos na rua, como fazia com meu pai, sem que isso implique risco de vida.
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Com efeito, esta canção surpreendente tem versos instigadores e belíssimos, e foi muito bem lembrada pelo autor do texto.
Num dos melhores discos de Gil, recheado de canções memoráveis e definitivas (Refazenda, Jeca Total, dentre outras), esta delicada canção é uma das minhas favoritas. 
Ouçam Pai e Mãe e deleitem-se.

 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Curtis Knapp, pastor evangélico, LGBTT-fóbico, filho da puta

Copiei de ATEA

 

Quando eu afirmo que religiões são letais muita gente boa torce o sensível nariz e proclama que eu sou intolerante.  

Este pastor evangélico é um completo filho da puta e constitui evidente ameaça à vida do meu filho.

domingo, 24 de junho de 2012

Rapper que fugiu do Irã diz como é viver sob ameaças de morte

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), cumprimenta todos aqueles que, distraídos, não se dão conta da ostensiva e barulhenta marcha da tropa do atraso, de origem cristã, que sem nenhum pudor pretende transformar o Brasil num estado dominado pelo fundamentalismo religioso. Depois, quando participar de missa ou de marchas para jesus for ato obrigatório, não reclamem.

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Copiei de Paulopes
 
do Der Spiegel

Shahin Najafi
Shahin Najafi foi sentenciado a
 três anos de prisão e a 100 chibatadas
Fugindo das ameaças dos aiatolás iranianos, o rapper Shahin Najafi (foto), 31, se refugiou numa casa perto de Colônia, na Alemanha. Embora esteja sob proteção policial, as quatro fatwas lançadas contra ele até o momento pelos principais clérigos iranianos parecem incrivelmente distantes. Najafi lançou uma música na qual implorava ao décimo imã, Ali al-Hadi al-Naqi, que voltasse à Terra para solucionar os problemas do Irã contemporâneo. Os xiitas veneram al-Naqi, que morreu 1.143 anos atrás e era descendente direto de Maomé. A canção foi baixada mais de 500 mil vezes apenas no Irã e foi assistida mais de meio milhão de vezes no YouTube.
Como é sua rotina no esconderijo em que está?
Leio, escrevo, tenho o violão comigo. Tento não pensar nas ameaças.

Alguém o visita?
Não, ninguém.

Você é casado aqui na Alemanha. Como sua família está lidando com a situação?
É difícil. Prefiro não comentar.

Quando começou a se interessar por música?
Dos 14 aos 18 anos, treinei para me tornar um cantor profissional dos versos alcorânicos.

Qual era o aspecto que mais o fascinava?
Eu era um menino muito religioso e, um dia, ouvi a música de um cantor alcorânico egípcio. A melancolia daquela música me tocou tão profundamente que me levou às lágrimas.

Depois, você frequentou a universidade?
Sim, cursei sociologia, mas não cheguei a me formar - principalmente porque se tratava de sociologia islâmica. Eu tinha dificuldade para aceitar os dogmas. Não se tratava de uma ciência, como ocorre no Ocidente. Fui expulso da universidade. Então, tive de me alistar no Exército. Foi então que perdi a fé.

O que houve?
Até então, eu era um jovem idealista. Vivia no mundo da poesia e das ideias. Pensava que a vida era apenas arte e filosofia. No Exército, descobri subitamente o mundo real.

Por que foi obrigado a deixar o Irã?
Depois do Exército, toquei em bandas que faziam versões cover de músicas pop ocidentais. Inicialmente, tocávamos apenas versões instrumentais, evitando problemas com as autoridades. Mas, a partir de 2003, comecei a compor, a tocar minhas próprias canções e logo me vi perseguido pelos agentes do serviço de informações. Em novembro de 2004, fiz minha última apresentação e fugi para a Alemanha, porque tinha sido sentenciado a 3 anos de prisão e a 100 chibatadas em razão de uma de minhas músicas.

 
Para um artista, não deve ser fácil viver no exílio. O público desaparece e é difícil conhecer novos ouvintes.
Experimentei bastante e, finalmente, passei a me dedicar ao rap. Na verdade, não gosto muito do hip-hop. A música é repleta de clichês e a subcultura, principalmente o lado machista, não me atrai. Mas, ao mesmo tempo, o rap é uma linguagem simples, direta e forte.

Capa do CD que contém a música Naqi, de Shahin Najafi
Capa da música Naqi é uma alusão aos
casamentos temporários no Irã
Não chega a ser surpreendente que sua canção 'Naqi' tenha provocado tamanha reação. Afinal, você evoca um imã considerado importantíssimo para os xiitas e faz versos falando de himens reconstituídos, corrupção e sexo. A capa mostra uma mesquita cuja redoma tem a forma de um seio, sobre a qual tremula uma bandeira do arco-íris. Você não acha que é difícil ser mais provocativo do que isso?
Sempre soube que minhas canções provocariam o regime. Entre outras coisas, a capa é uma alusão aos casamentos temporários no Irã. E a bandeira sobre a mesquita simboliza a pena de morte que é aplicada aos homossexuais em nome da religião. Ainda assim, admito que não esperava uma reação tão extrema.

Há algo de satírico nas letras de suas músicas.
Sim, sou um sátiro. Os poderosos não gostam de sátiros.

Salman Rushdie também poderia ser considerado um sátiro.
Os fundamentalistas não sabem brincar. Nunca aceitam piadas. Querem que obedeçamos cegamente e acreditemos nos seus dogmas.

Não se sente horrorizado pela possibilidade de ter de passar muito tempo escondido?
É claro que sim. Sou um músico. Preciso me apresentar. Não posso desistir. Tenho de ser ainda mais corajoso. Sabemos que temos muitos inimigos. Não apenas no Irã. Mas nada disso importa. O futuro nos pertence. Acho que a arte é uma força capaz de transformar o mundo.

São palavras nobres.
Na noite passada, vi um vídeo na internet. Nele, dois homens mascarados me ameaçam, falando em persa com sotaque afegão. Eles perguntam: por que você insulta nossa fé? Vamos encontrá-lo, não importa onde esteja escondido. Não estará a salvo em lugar nenhum. E eles também falam alemão. Talvez morem na Alemanha ou tenham crescido aqui. O que devo fazer? Desistir? Demonstrar arrependimento? Não farei nada disso. Acredito na história. Precisamos de tempo. Será preciso tempo para que as coisas comecem a mudar. Mas elas vão mudar.


Com tradução de Augusto Calil para o Estadão

Irã condena atriz a 90 chibatadas e à prisão pelo filme Teerã à Venda.
outubro de 2011

Casos de fanatismo islâmico.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A lamentável marcha do PT para os quintos dos infernos do mais abjeto pragmatismo gosmento

Copiei de Comunica Tudo

Erundina, a última petista
 

Escrito e publicado por Rudá Ricci

Erundina deixou todos petistas constrangidos. Fez o que qualquer petista histórico faria. O PT dos anos 1980, não este pragmático, sem cor, sem cheiro, sem forma. Praticamente matou a candidatura de Haddad. Só uma reviravolta para colocar a militância engajada (da zona leste e sul) na rua.


Os pragmáticos, do PT e PSB, estão furiosos e jogam a culpa na escolha do nome da ex-prefeita. Não se importam com programa ou ideologia. Se importam com vitória, com cálculo de votos. Assim, pautados pela popularidade, se tornam conservadores, fiéis escudeiros do status quo, justamente porque não querem mudanças fundamentais, mas apenas se tornarem populares. Um atalho para a construção da hegemonia gramsciana. Em Gramsci, havia diálogo e costura de múltiplos interesses. Mas o pragmatismo petista de hoje é rebaixado. Não procura costurar interesses a partir de um programa. Faz o contrário: constrói seu programa a partir do cálculo de força eleitoral. Cede. Se rebaixa. Na verdade, não se preocupa com programa algum. Eleito, administra e sai a cata de programas que tenham algum sentido estatal-desenvolvimentista, o que sobrou do modo petista de governar. Aquele modo petista, mesmo difuso e confuso, tinha uma inspiração de transformação social, plasmada no slogan "inversão de prioridades". O participacionismo, outra marca do início dos governos petistas, foi abruptamente abandonado. O motivo parece óbvio: não há como abrir a participação dos de baixo se os cálculos eleitorais exigem acordos com as elites coronelistas de sempre.


Erundina é a última petista. O que deve incomodar profundamente os caciques do PSB e do PT.

Nós, os "puros"

Copiei de Comunica Tudo

Deu-se estes dias que chegamos a uma encruzilhada inaudita. Assim, os que ousaram se alinhar ao sentimento de Luiza Erundina, de repúdio à ligação do PT e de Lula a Paulo Maluf, passaram a ser chamados de “puros”. Assim mesmo, entre aspas, para que fique claro a conotação de que, uma vez puros, são também tolos, tristes sonhadores, idealistas cuja atitude pueril não só transgride as …regras do jogo como, no fim das contas, subverte a ordem de uma guerra santa. Em meio ao jihadismo estabelecido nas eleições paulistanas, de demônios tão nítidos quanto malignos, a atitude de Erundina contra a aliança da esquerda com um bandido procurado pela Interpol, com o cúmplice ativo dos assassinos da ditadura militar, com o construtor da vala comum do cemitério de Perus, com a representação do pior da direita, enfim, tornou-se um ato de traição, de purismo político, de angelical perversão.

Ato contínuo, os mesmos que dias antes haviam comemorado a chegada da deputada do PSB à campanha de Fernando Haddad passaram, de uma hora para outra, a demonizá-la, curiosamente, pelo viés de um purismo atávico e infantil. Erundina, a louca idealista, a tresloucada individualista capaz de destruir os planos de redenção da esquerda por causa de uma foto, uma imagem de nada, um instantâneo sem relevância nem simbolismo, apenas o registro banal de um líder da resistência a se confraternizar com chefe da escória. Ah, os puros, como são tolos! Justo quando deles se exige fortaleza e dedicação, aparecem esses sonhadores cheios de escrúpulos e regramentos éticos.

De toda parte, então, passaram a rugir leões do pragmatismo político, militantes de uma realpolitik feroz, implacável, a pregar a irrelevância dos puros, dos tolos da ética, quando não de sua influência nefasta sobre os jovens e, claro, do enorme desserviço prestado à democracia e ao admirável mundo novo que se anuncia. Os puros, dizem, nunca ganham eleições. E se não o fazem, portanto, que não atrapalhem os que as querem ganhar a qualquer custo. É preciso impedi-los, portanto, de se mostrar em público. É preciso calá-los, desqualificá-los, torná-los ridículos, patéticos em sua fraqueza.

Nem que para isso seja preciso transformar em traidora uma brasileira digna, com 40 anos de vida pública inatacável, uma heroína da resistência, uma política que passou a vida levando assistência a favelas e cortiços, uma parlamentar que dedica seus mandatos a defender a democratização da comunicação e o resgate da memória dos que foram seqüestrados, torturados e mortos pelo regime ao qual serviu Paulo Maluf. Este mesmo Maluf contra o qual os puros, os tolos e os sonhadores da política, vejam vocês, tem a ousadia de se voltar. 

Pastores e padrecos enganadores pode: afinal, são representantes de uma religião branca. Agora, babalorixá enganador não pode: os meganhas, em nome da ordem cristã e branca, invadem seu culto e o prendem


 

DESABAFO DE UM BABALORIXÁ INDIGNADO: ISTO É UMA VERGONHA!

Eu, Jorge Kibanazambi, na condição de Babalorixa e Presidente da Associação Beneficente Afro Brasileira São Jeronimo e São Jorge, em representação da mesma, manifesto meu repudio a mais esse ato de violência contra a instituição religiosa Tenda de Umbanda Caboclo Pajelança, situada no município catarinense de Jaraguá do Sul, na qual o babalorixá do terreiro teve sua casa de candomblé invadida por causa da "DENÚNCIA DO SILÊNCIO" e, como reagiu, falando da liberdade religiosa, foi preso e saiu algemado de seu terreiro como um bandido!
Eu nunca vi a polícia dentro de uma igreja católica!
Eu nunca vi a polícia dentro de uma igreja católica ou mesmo evangélica (e olha que o bispo MACEDO já foi filmado até ensinando a roubar os fiéis!), impedindo-os de fazer seus cultos (e tem cultos evangélicos que usam instrumentos musicais como um clube e outros que gritam o tempo todo nos seus cultos!) e suas missas. O que eles estão pensando que somos? Caso não saibam temos os mesmos direitos para cultuar e professar nossa fé que qualquer outra pessoa. Chega de intolerância!!!!!!!! Será que não temos os mesmos direitos que constam da constituição que os outros povos de outras religiões tem? Estamos aterrorizados com a atitudes daqueles que deveriam nos proteger, ainda alguns pregam que temos liberdade, cadê? Nossa convicção é de que sempre que acontecem violências desse tipo, as autoridades silenciam, seja por vergonha, seja por cumplicidade.
 
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O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora da Gritaria Religiosa e lembra que, por exemplo, as igrejas evangélicas e a santa madre igreja católica decidiram que têm a porra do direito de fazer o furdunço que que decidirem fazer. Podem incomodar um bairro inteiro com suas cantorias alucinadas, com suas gritarias alucinadas, com suas procissões e passeatas alucinadas, com sua moral alucinada, com seus pastores picaretas, com seus padres picaretas e com suas merdas de gosmentas bandas gospel: afinal, a Constituição Federal - que querem ver substituída pela porra da bíblia - lhes garante o direito de viver sua fé, e seus ritos ridículos, e suas organizadas sessões de arrecadação de grana de gente incauta. Nunca ouvi dizer que uma porra de uma igreja cristã tenha sido invadida por uma tropa de meganhas diante do barulho ofensivo e imoral que fazem todos os dias, em todos os lugares e recantos deste nosso Brasil, isso sem falar das sessões de "cura" e de abjeta mistificação exibidas em cadeia nacional de TV.
Ateu que sou, considero as religiões de origem africana tão enganadoras quanto o cristianismo hipócrita de matriz branca mas, que fique bem claro, apresento aqui minha irrestrita solidariedade ao Jorge Kibanazambi, Babalorixa e Presidente da Associação Beneficente Afro Brasileira São Jeronimo e São Jorge.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Lula, sem querer, está revalorizando um político profissional de pijama

Copiei do Com Texto Livre

 
O ultrapragmatismo do que eu sempre chamei de 'lulismo de resultados' está dando mostras que passou do ponto. Lula, fazendo aliança com Maluf, passou do ponto. É o equivalente à defesa súbita e intransigente do Brizola ao então cadente presidente Collor, em 1992. Passou do ponto.
Os líderes populares que fazem interlocução direta com a base social e eleitoral, sem mediações institucionais, como partidos, imaginário político-ideológico, movimento social, tendem a ficar com a mão pesada, no decorrer do tempo. Aconteceu com Brizola, está acontecendo com Lula.
Lula ficou com a mão pesada. Lula re-valorizou um político profissional que já estava de pijama e pantufas de pelúcia. Não quero, porque não devo (porque isso é papel da direita), olhar o lado moral de Maluf, talvez o político profissional mais identificado com a corrupção horizontal e vertical da cena pública brasileira nos últimos 35 anos. 
A questão é política. Trata-se de um erro político que pode abortar a ascensão de um novo quadro ao primeiro plano da política nacional, como o ex-ministro Fernando Haddad. Não é à toa que a deputada Luiza Erundina abandonou pela segunda vez o PT/SP. Outro erro político, mas que fica subsumido ao erro matricial do ex-presidente Lula nas relações perigosas com Paulo Maluf.
Uma observação final: acho muito curioso que gente da direita (especialmente certos jornalistas) fique manifestando estar escandalizado com a recente manobra de Lula em direção à Maluf. Mera reprise do que aconteceu na aliança com Sarney. Ora, essas duas pérolas raras da direita (entre tantas e tantas outras) são patrimônio exclusivo da própria direita. Se eles querem alugar ou vender seu discutível capital eleitoral a outro empreendimento, que não o de sua origem de classe, é outra história. No capitalismo, o empreendedorismo é livre também para os mercadores de votos e falso prestígio público.
Não sejamos cínicos, a feira eleitoral (como dizia Gramsci) é um mercado como qualquer outro.

Cagalhãozinho religioso: tragam-me papel higiênico, muito papel higiênico!

Ó tubérculo virgem, livrai-nos das tentações das churrascarias!

Copiei de ATEA

Touradas de Madri, paratimbum-bum-bum!


 
Copiei de ATEA

El Servicio de Alto Hablantes Ornitorrinco, hoy a hablar su mas perfecto portunhol, saluda los peregrinos en esta más grande quermessa en louvor de Nuestra Virgencita de Las Medidas de Cautela y Prudencia, y avisa a todos: corram, corram, el cura está a camiño, y sobre un caballo e traciendo un miura de mucha fé! 




Livre-arbítrio é o cacete!

Copiei de ATEA

 

Precioso registro do exato momento em que uma criança, utilizando seu livre-arbítrio, isto é, no pleno exercício das suas prerrogativas, entrega-se a deus.

Para quem fica deslumbrado pela "leveza" das religiões hindus

Copiei de ATEA

Os formidáveis planos de deus

Copiei de ATEA

Fui claro ou devo repetir?

Copiei de ATEA

As coisas todas nos seus devidos lugares

Copiei de ATEA

A insuperável hipocrisia da santa madre, misógina, genocida, machista, LGBTT-fóbica e corrupta igreja católica

 
Copiei de ATEA

Padre Tom Doyle: “O Crimen Sollicitationis prescreve uma política de absoluto segredo sobre todos os abusos. O que estamos lendo aqui é uma explícita política de cobertura dos casos de abusos perpetuados pelos padres e também a punição para aqueles que gostariam de reclamar atenção sobre estes crimes. O que prova que a hierarquia eclesiástica estão interessadas, unicamente, no controle da situação. Existe uma clara evidência que a preocupação é somente controlar e conter o problema. Em nenhuma parte do documento está escrito como ajudar as vítimas, ao contrário, a única coisa importante é de aterrorizar as vítimas com a ameaça de puni-los se falarem do que aconteceu.”

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fim de feira: o PT é o partido da xepa, do resto, do lixo, do chorume, dos urubus, do fedor. Nojo infinito!

Lula não consegue rir, Haddad força um riso amarelo e Maluf, o filhodaputa, está feliz graças ao PT.  
 
1. Não há quem consiga convencer-me que aliar-se ao pulha do maluf é indispensável.

2. Não há quem consiga convencer-me ser correto ajuntar-se a um sujeito criado e cevado pela ditadura militar que assassinou e fez desaparecer centenas de brasileiros e de brasileiras.

3. Não há quem consiga convencer-me que apoiar e ser apoiado por um filhodaputa tão comprovadamente corrupto - e tanto que tem ordem de prisão expedida pela Interpol e nem pode sair do Brasil - é uma ação política acertada, ou é grande política, ou é a política real, ainda que esta seja a merda da política real.

4. O nome disso é pragmatismo eleitoral do tipo mais abjeto, gosmento e ofensivo, e não a mim mesmo que já estou com o pé na cova, mas aos meus filhos e netos, e ao povo brasileiro. 

5. Chico Mendes, Margarida Alves e Nativo da Natividade, dentre outros e outras, que morreram de bala e tiro, deveriam merecer respeito.

6. O PT acabou e seus dirigentes - que nos ofendem com seus sorrisos sestrosos e enganadores - estão fedendo insepultos num lixão a céu aberto, e devemos todos ver o que fazer com o chorume. 

7. A dor é infinita, é um punhal fino espetado no peito, o vento entrando, o pó sufocando.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Madre Teresa, a beata enganadora


Foto 

E nada mais havendo a tratar, o Ornitorrinco Ateu da Silva perguntou "mas que merda é esta?" e declarou encerrada a reunião, tendo determinado que eu, Ornitorrinco Ateu de Oliveira, secretário ad hoc, lavrasse esta ata, que registra manifestação do mais sublime amor que só o cristianismo pode produzir, e dela distribuísse cópias entre os pobres, para que aceitem sua sorte e parem com lamurias e pedidos inúteis, bem como entre as autoridades policiais, para que estas, sempre cumprindo os propósitos de deus, baixem a borduna nesta gente insubmissa. Antonina do Deus Nos Acuda, 15 de junho de 2012. 

Quiz Show: se errar, você vai pros quintos dos infernos!


 
Pois o Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), ao cumprimentar os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Santo Antão dos Dinossauros Falantes, vai logo avisando:  não me venham com a conversa cerca-lourenço de que "deus se manifesta de maneiras misteriosas".  
Posso ter cara de bobo, mas não sou bobo.

A insana gritaria dos deuses e cópias a R$ 0,10

 
 

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO) dirige seu mais cordial cumprimento ao distinto público presente nesta grandiosa quermesse em louvor da Virgencita das Copiadoras e de Santa Neuma do Xerox e anuncia sua promoção de cópias a R$ 0,10.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

As aparências enganam

Copiei daqui
 
E digo mais. Quando encontro um formigueiro, desmancho tudo, jogo álcool e risco um fósforo. Adoro a som da fritura das formiguinhas.
 
Eu sou ateu. 
Eu sou mau. 
Não tenho deus no coração, 
nem mesmo o deus cheio de pernas
e antenas das formigas.

Passei a noite procurando tu, ó deus da próxima curva!

Copiei a foto de Carlos Ruggi

 

Para além de qualquer dúvida este homem tem fé e acredita que, logo ali, encontrará um deus, qualquer um dos milhares de deuses e deusas que o homem inventou.

Padres, pastores, rabinos, gurus, mulás e demais enganadores religiosos o incentivarão a andar assim tão bovinamente e tão inutilmente.

Mais picaretagens religiosas

Picaretagem nº 1
Leio no excelente Pavablog que "
Policiais civis da 14ª DP (Leblon) comemoraram o dia dos namorados colocando atrás das grades uma quadrilha de estelionatários que aplicava golpes em pessoas emocionalmente abaladas. Com a alcunha de Pai Bruno de Pombagira, Edmar Santos de Araújo, de 23 anos, prometia “trazer a pessoa amada em três horas”. Ele e um comparsa foram presos na noite desta terça-feira e na madrugada de quarta, aplicando um golpe em um morador do Arpoador". 
O Ornitorrinco comenta: um picareta líder religioso promete trazer a pessoa amada em três horas, desde que o fiel pague pelo serviço. Com tal propósito, o pilantra líder religioso anuncia seus serviços e conta com secretárias para receber as, digamos, encomendas. Este evidente trambiqueiro lider religioso foi preso pelas autoridades. 
Picaretagem nº 2
De outra banda, no também imperdível Paulopes, descubro que o STF arquivou ação contra o casal dono da Igreja Renascer, Estevam Hernandes Filho e sua mulher, a bispa Sonia, acusados pelo Ministério Público de formação de quadrilha e de evasão fiscal com o intento de "
ludibriar os fiéis, valendo-se de uma “organização criminosa” para lavar dinheiro", em processo na 1ª Vara Criminal de São Paulo, e que recentemente pagaram cana de 140 dias nos EUA, depois de presos no aeroporto de Miami com quase 60 mil dólares escondidos dentro de uma bíblia.
O Ornitorrinco comenta: um casal de picaretas líderes religiosos promete não apenas trazer a pessoa amada em três horas, mas resolver todos os problemas financeiros e profissionais dos fieis, desde que paguem pelo serviço. Com tal propósito, os pilantras líderes religiosos anunciam seus serviços em programas de TV, regiamente pagos, e contam com sofisticados e caros esquemas de call centers para receber as, digamos, encomendas. Estes evidentes picaretas só pagaram cana nos EUA. Aqui permanecem em liberdade e vendendo as fumaças coloridas e mentiras de sempre. 
Por coincidência, enquanto preparava esta postagem, carro de som passa aqui no bairro e avisa que "hoje, a partir das 19 horas", na igreja Deus é Amor, "você poderá receber o seu milagre", graças a uma pastora e aos desígnios do tal do espírito santo.
Eu, mais burro que todas as portas aqui de casa, tendo constatado que pai de santo pilantra é prontamente preso, mas pastores e padres picaretas jamais, pergunto: qual a diferença, afinal, entre o pai bruno da pombagira, o apóstolo valdomiro, o bispo edir macedo, o reverendo rr soares e os os padrecos marcelo rossi, fábio melo e reginaldo manzotti? Qual a diferença entre esta tropa de enganadores e b16, o nazistão, e o pai bruno da pombagira?
Ao fim e ao cabo, nenhuma. São todos abjetos enganadores, ou, melhor dizendo, respeitáveis líderes religiosos.
Num canto discreto, vomito as tripas. Que nojo!

Comunicado do Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO)

Copiei de ATEA
  
O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), nesta manhã de sol tímido e incerto, cumprimenta os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de São Malafaia da Homofobia e, indo direto e reto ao cerne da questão, avisa que LGBTT-fobia será tratada a pontapés, ainda que metafóricos. 
Por enquanto. 

Falou, disse e, nada mais havendo a tratar, a reunião foi sumariamente encerrada. Ao fundo, padres e pastores têm faniquitos e falta de ar

Copiei de ATEA

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sinistras semelhanças


Este filhodaputa tinha deus no coração, que ninguém duvide

Copiei a imagem de ATEA
 

Este católico exemplar tinha deus no coração, que ninguém duvide: feita a confissão a um padreco e devidamente "perdoado", o pulha genocida fecha os olhos, em êxtase, ao receber a hóstia numa missa dominical, depois de mais uma semana de torturas, assassinatos e desaparecimentos de opositores da sua sanguinária ditadura.

Está no céu, o patife.

Perguntas de um Operário Letrado

Copiei de Janeslei Janes

 

Bertold Brecht

1. Temam menos a morte e mais a vida insuficiente.

2. Para quem tem uma boa posição social, falar de comida é coisa baixa. É compreensível: eles já comeram.
 
3. Perguntas de um Operário Letrado

Quem construiu Tebas, a das sete portas? Nos livros vem o nome dos reis, mas foram os reis que transportaram as pedras?
Babilônia, tantas vezes destruída, quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas da Lima Dourada moravam seus obreiros?
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde foram os seus pedreiros? 
A grande Roma está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os Césares? 
A tão cantada Bizâncio só tinha palácios para os seus habitantes? 
Até a legendária Atlântida, na noite em que o mar a engoliu, viu afogados gritar por seus escravos.
O jovem Alexandre conquistou as Índias sozinho?
César venceu os gauleses. Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?
Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha chorou. E ninguém mais?
Frederico II ganhou a guerra dos sete anos. Quem mais a ganhou?

Em cada página uma vitória.
Quem cozinhava os festins?
Em cada década um grande homem.
Quem pagava as despesas?

Tantas histórias
Quantas perguntas.