SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

domingo, 30 de outubro de 2011

A marcha letal do atraso religioso: católicos e evangélicos, unidos, querem é reacender fogueiras, meus caros

Eu visito Paulopes todos os dias
e de lá surrupiei este texto


Grupo de cem parlamentares atua como se fosse um partido religioso


O Estado brasileiro é laico, o que significa, entre outras coisas, que política e religião não podem se misturar, mas na prática existe um partido pautado pelos líderes religiosos mais conservadores.

João Campos: evangélicos e católicos
 se dão muito bem no Congresso
Esse partido religioso informal é formado por cerca de cem parlamentares católicos e evangélicos -- uma bancada, portanto, significativa. Eles agem em conjunto no monitoramento de 368 projetos da Câmara e do Senado para influenciar sua tramitação não de acordo com o programa do partido legalmente constituído de cada um deles, mas por orientação de seus pastores e bispos.

Entre os projetos monitorados, destacam-se os que criminalizam a homofobia, a união civil entre homossexuais, abortos legais e a proposta de divórcio  pela internet, com o mínimo de burocracia.

Os parlamentares religiosos abusam de recursos regimentais contra esses projetos, retirando-os de pauta ou rejeitando-os, em dois exemplos.


Eles se unem na defesa de outros projetos, como o do Estatuto do Nascituro, que prevê o pagamento de um salário mínimo a quem ficar grávida de estupro.


O deputado
João Campos (PSDB-GO), na foto, coordenador da bancada evangélica, disse ao jornal O Globo que não há ou são muito poucas as discordâncias entre os parlamentares evangélicos e católicos.

“Foi-se a época em que nós nos estranhávamos no Congresso”, disse. “Hoje trabalhamos juntos na proteção da família e da vida.”


O “partido da religião” tem sido aceito com naturalidade pela Justiça Eleitoral e pela sociedade, com poucas vozes de indignação, como a da procuradora Simone Andréa Barcelos Coutinho.


Em recente artigo, ele afirmou que as representações religiosas no Congresso Nacional são incompatíveis com o Estado laico. “O Poder Legislativo é um dos Poderes da União; se não for o Legislativo laico, como falar-se em Estado laico?”
----------xxxxxxxxxx----------

O Ornitorrinco Imprestável pede a palavra para repetir que esta frente pralamentar é um ajuntamento abjeto do que há de mais atrasado neste país. Todos constituem flagrante ameaça para meu filho mais novo, que é gay, e para minha família. Serão tratados, aqui neste meu espaço virulento e insalubre, a pontapés, ainda que metafóricos, é claro. Essa gente, que fique estabelecido, é letalmente intolerante, misógina e homofóbica. Eles matam, simples assim.

Nenhum comentário: