SOBRE O BLOGUEIRO

Minha foto
Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Com deus me deito, com deus me levanto

Eu visito o Diário Ateísta todos os dias


Orar é pedir uma benesse ao seu deus, é pedir um favor, é pedir algo feliz, que contrarie uma infelicidade vigente.
Mas, então, o tal deus não sabe o que se passa, não vê a desventura, não difunde a ventura?! Pelos vistos, tem que se pedir. É como um médico ou outra qualquer pessoa ver um acidentado, em premência de socorro, e esperar que a vítima peça ajuda.
Enfim, quem vira as costas a uma vítima cai na alçada do código civil de qualquer país. Mas tem que se impetrar a deus por ajuda. As secas, as chuvas torrenciais, os acidentes de viação e aviação, os terramotos e maremotos são consequência da estrutura da matéria biológica, geológica e climatológica, matérias essas criadas por deus, segundo os crédulos.
Logicamente, é deus o responsável por tudo, pois tudo antevê há biliões de séculos. Pelo que, pedir a deus qualquer coisa é sumamente ridículo e estúpido! Imaginemos a cena burlesca do pedido: – Meus Deus, estamos a passar uma seca enorme, já chega, manda-nos uma chuva! Ou, Meu Deus, manda-nos uma seca, porque já estamos há muito tempo com chuva! Ou, Deus meu, rei dos reis, salvador da Humanidade, faz-me regenerar a minha perna (ou o meu braço), que foi amputada! Ora, será que deus não sabe o que a pessoa precisa?! Então, para que é preciso pedir?! Pedir a deus é a mesma coisa que lhe pedir que modifique as condições que ele criou. Mas, então, se ele é deus, faz algum sentido pedir-lhe que modifique coisas?! É a mesma coisa que esperar de deus uma resposta do género: – Ah, está bem, eu não tinha reparado. Já vos mando uma chuvada (ou uma seca). Ou, - Ah, certo, não tinha reparado, já te vou regenerar a perna (ou o braço) amputada. Donde se infere que a oração não serve para nada e é tratar deus como um ignorante, que não sabe o que faz e precisa de pedidos para conhecer o que se passa e que contrariem o que ele provocou. Bem digo eu, que a religião é a coisa mais estúpida do mundo e arredores!

 

Nenhum comentário: