SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

quinta-feira, 31 de março de 2011

No Brasil, Dia da Mentira não é 1º de abril, é 31 de março de 1964

Eu visito o Com Texto Livre todos os dias
Título do Mello, charge do Latuff

O Ornitorrinco pede a palavra para lembrar que, depois de oito anos de governo Lula quase nada foi feito, de fato, para que os torturadores assassinos fossem punidos, de modo que o PT e seus caciques cagões permanecem em dívida com os que ousaram lutar contra os gorilas. Enquanto isso, na Argentina mais de 400 milicões foram julgados e condenados, inclusive os generais todos.

Agora, o filho-da-puta do Bolsonaro diz que tem imunidade para roubar

Eu visito o Tijolaço todos os dias
(Lembram da minha clara recomendação?)


Estou preparando uma nova representação contra o Deputado Jair Bolsonaro.
Ele perdeu as condições de ser respeitado como parlamentar.
Se não bastassem as declarações racistas e homofóbicas, hoje, ao atacar o programa antidiscriminação desenvolvido pelo Ministério da Educação – um projeto que recebeu, inclusive, elogios da Unesco – Bolsonaro foi acima e além do que pode ser aceito pelo decoro parlamentar.
“Eu tenho imunidade para falar ou para roubar”, disse ele.
O senhor Bolsonaro tornou-se uma desmoralização para a Câmara. E seu comportamento está estimulando os grupos nazistóides, como o que  invadiu o site da apresentadora e cantora Preta Gil, cuja pergunta sobre negros detonou a ira do deputado.
Os outros 512 deputados não podem aceitar que um parlamentar saia por aí dizendo que nossa imunidade parlamentar é “para roubar”.
Se ele acha que é para isso, não tem o direito de tê-la.
PS – A propósito: a repercussão do caso é tanta que UNESCO defendeu nesta quinta, via Twitter, apuração de denúncias de homofobia e racismo feitas contra o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), e reafirmou compromisso com valores de tolerância, respeito à diversidade e aos direitos humanos.

O Ornitorrinco pede a palavra para lembrar a todos que já afirmei que, em pústulas dessa laia da medalhinha pra baixo eu ‘taco’ a chanca. Esse jair bolsonaro, e escrevo assim, com iniciais minúsculas, é um filho-da-puta racista, homofóbico e defensor da tortura, um fascistão.

Sem esquecimento, sem perdão, sem temor

Eu visito Com Texto Livre todos os dias


O golpe de 1964 não é apenas passado, nem foi só obra de generais hoje aposentados e mortos. Quando um deputado diz ter saudade da ditadura, quando um candidato presidencial se alia a generais de pijama e a organizações de ultra-direita, quando um ditador é homenageado por uma turma de formandos de uma escola militar, quando um ministro diz que a Anistia impede a justiça de apreciar crimes contra a humanidade, não estamos diante de saudosismos inconsequentes. Estamos vendo e ouvindo uma parte da elite brasileira dizer o seguinte: quebramos a legalidade e algum dia poderemos voltar a quebrar.
Muitos de nossos amigos latino-americanos não conseguem entender por qual motivo os governos brasileiros pós-ditadura pegaram tão leve com aqueles que romperam com a legalidade, sequestraram, torturaram, mataram e desapareceram.
Neste quesito, os governos pós-ditadura na Argentina, Chile e Uruguai foram muito mais efetivos no combate aos crimes das ditaduras, do que os governos Sarney, Collor, FHC e Lula.
Nossos amigos não entendem, e muitos de nós tampouco entendem, paradoxos como a convivência, no mesmo governo, de uma presidenta que foi presa e torturada, com um general para quem fato histórico é codinome para crime que merece ser perdoado. Ou de ministros que defendem a Comissão da Verdade, com outros para quem a Lei da Anistia imposta pela ditadura permite que autores de crimes contra a humanidade escapem de julgamento.
A persistência desta situação revela, mais do que a força da direita, a incapacidade que parte da esquerda tem de perceber os riscos que corremos ao agir desta forma. Afinal, o golpe de 1964 não é apenas passado, nem foi apenas obra de generais hoje aposentados e mortos.
O golpe de 1964 foi a resposta dada por uma parte da elite brasileira, contra um governo progressista. Foi uma das batalhas da guerra travada, ao longo de todo o século XX, entre as vias conservadora e progressista de desenvolvimento do capitalismo brasileiro.
A via conservadora é aquela que desenvolveu o capitalismo, preservando os piores traços de nosso passado escravista e colonial. A via progressista é aquela que buscou e busca combinar crescimento capitalista, com reformas sociais, democracia política e soberania nacional.
O golpe de 1964 foi executado por uma coalizão cívico-militar. Os militares foram o partido armado do grande empresariado, do latifúndio e dos capitais estrangeiros. Muitas das empresas envolvidas no golpe, ou que cresceram durante o período da ditadura, seguem atuantes. As Organizações Globo, por exemplo.
Hoje, prossegue a guerra entre aquelas duas vias de desenvolvimento. O governo Dilma, assim como o governo Lula, constituem expressões atuais da via progressista. E a campanha reacionária feita por Serra, nas eleições presidenciais de 2012, traduziu os sentimentos e os interesses dos legítimos defensores da via conservadora (alguns dos quais, é bom dizer, buscaram e encontraram abrigo do lado de cá).
Quando um deputado diz ter saudade da ditadura militar, quando um candidato presidencial se alia a generais de pijama e a organizações de ultra-direita, quando um ditador é homenageado por uma turma de formandos de uma escola militar, quando um ministro diz que a Anistia impede a justiça de apreciar crimes contra a humanidade, não estamos diante de saudosismos inconsequentes.
Estamos, isto sim, vendo e ouvindo uma parte da elite brasileira dizer o seguinte: quebramos a legalidade e algum dia poderemos voltar a quebrar; desconsideramos a voz das urnas e algum dia poderemos voltar a desconsiderar.
Uma esquerda que defende os direitos humanos de maneira consequente, deve lembrar que a impunidade dos torturadores de ontem, favorece os que hoje torturam presos ditos comuns. Uma esquerda que defende uma via eleitoral, tem motivos em dobro para ser implacável contra os que defendem a legitimidade de golpes. E uma esquerda que se pretende latinoamericanista precisa lembrar que o golpe de 1964 foi, em certo sentido, o início de um ciclo ditadorial que se espalhou por todo o continente.
E que ninguém ache que golpes são coisas do passado. Honduras, bem como as tentativas feitas no Equador e Venezuela, Bolivia e Paraguai, mostram que os Estados Unidos e parte expressiva das elites locais têm uma visão totalmente instrumental da democracia. E o reacionarismo atual de parte das chamadas classes médias não deixada nada a dever frente aquele que mobilizou, em 1964, as marchas com Deus, pela Família e pela Propriedade.
Por tudo isto, temos todos os motivos para dar o exemplo. Como nossos amigos de outros países da América Latina, não devemos temer, não podemos esquecer e não podemos perdoar.
Valter Pomar é membro do Diretório Nacional do PT

Carta aberta ao Grupo Antiterrorismo de Babás

Eu visito Viomundo todos os dias

Eu já havia falado aqui deste grupo de abostadas senhoras da elite paulista. 
Encontrei hoje este belo texto, 
que reproduzo por ser 
inteiramente pertinente.

Reminiscências de “Casa Grande e Senzala”: carta aberta ao Grupo Antiterrorismo de babás
por Luana Diana dos Santos*
“A nossa escrevivência não pode ser lida como história de “ninar os da casa-grande”, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos” (Conceição Evaristo)
Recebo das minhas companheiras, Blogueiras Feministas, a matéria publicada no site do Estadão no último domingo, 27 de março – “Mães criam grupo “antiterrorismo” contra empregadas”. De acordo com a reportagem, um grupo de mulheres da elite paulistana fundou há cinco anos o GATB – Grupo Antiterrorismo de Babás. No “estatuto” da organização, estão previstas as medidas a serem tomadas contra os “desaforos” de babás, faxineiras e empregadas domésticas.
Para as senhoras do GATB, a exigência de direitos trabalhistas nos quais toda trabalhadora ou trabalhador tem direito, não passam de petulância e falta de educação. Eis aqui, o depoimento de uma das integrantes do Grupo:
“Minha babá veio com uma história sem pé nem cabeça, de que eu estou devendo todos os feriados em dinheiro, porque existe uma lei agora, onde ela tem esse direito. Estou meio tonta com a atitude, decepcionada com a falta de educação e gratidão por tudo que já fiz por ela, mas gostaria de saber se sou obrigada a pagar. Quando achamos que estamos com uma babá ótima, lá vêm as bombas!”
Com o intuito de contribuir para que não haja quaisquer dúvidas entre as senhoras do GATB, dirijo algumas palavras a elas:
Caríssimas,
Acredito que as senhoras, representantes da alta sociedade paulistana, possuam um nível de conhecimento elevadíssimo. Em meio aos chás da tarde, às compras nos shoppings e às fofoquinhas básicas, tenho certeza que em algum momento vocês devam se lembrar que a escravidão acabou. Já se vão quase 123 anos da Abolição, não é mesmo?!
Infelizmente, o 13 de maio não foi capaz de sepultar o passado escravista do nosso país. As reminiscências desse período estão presentes por todos os lados. Na violência policial contra a população negra, na morosidade em relação a implementação do sistema de cotas no ensino superior, na precariedade do acesso aos serviços básicos garantidos pelo Governo. O trabalho doméstico também é parte desse processo histórico de invisibilidade e desrespeito às afro-brasileiras.
Recentemente, o IPEA, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e a UNIFEM realizaram em conjunto um estudo sobre o trabalho doméstico remunerado. Os dados obtidos, certamente são imperceptíveis para muitas de vocês: a maioria das empregadas são negras, recebem baixa remuneração, e somente 25% possui registro em carteira, o que revela o aspecto discriminatório existente nesse tipo de ocupação.
Ao menor sinal de dúvidas quanto a obrigatoriedade ou não do pagamento dos dias de trabalho exercidos em feriados, sugiro-lhes algo bem simples: basta lembrar que empregada doméstica também é gente. Por que as mulheres que lavam, passam, cozinham e cuidam de toda limpeza de suas casas devem receber um tratamento diferenciado dos demais trabalhadores? Para que não fique qualquer tipo de incerteza, em 2006, por meio das pressões dos movimentos sociais, entrou em vigor a Lei 11.324, que garante às domésticas piso salarial, férias de 30 dias, folgas semanais e licença-maternidade. As senhoras estão agindo conforme determina a lei?
Não levem para o lado pessoal as reclamações de suas funcionárias. Na adolescência, fui empregada doméstica, babá e faxineira. Conheço de perto os motivos de tantos descontentamentos. Trabalhei numa casa imensa. Imagino que seja bem parecida com a de vocês. Era tanta coisa para lavar que meus pés racharam ao ponto de minar sangue. Sentia uma dor enorme. Mal conseguia calçar sapatos. E não foi só isso. Fui acusada de um crime que não cometi: minha patroa disse que eu havia comido as maçãs que estavam na geladeira. Sem direito a defesa, recebi a sentença: vigilância extrema durante as 10 horas de trabalho. Chorava pelos cantos. Um choro de raiva, ódio e revolta. Em pouco tempo, minhas lágrimas deram lugar a convicção de que não ficaria me submetendo a esse tipo de humilhação.
O que vocês entendem como ingratidão e arrogância, nada mais é que um ato de insubordinação. Assim como as senhoras não esqueceram as lições deixadas pelas sinhás da Casa Grande, também aprendemos a lutar e a resistir como as negras das senzalas. Estou certa que as mulheres que lhes prestam serviços não precisam da compaixão e da piedade das senhoras. Elas querem somente um salário digno, condições justas de trabalho e o direito de almejar uma vida melhor.
Espero ter contribuído de alguma forma. Na verdade, mais do que por fim às suas dúvidas, queria ensiná-las a tratar com respeito e dignidade essas mulheres que muitas vezes são responsáveis pela educação de seus filhos e filhas. Gostaria de extirpar todo esse racismo que existe dentro de vocês. Tarefa mais difícil do que limpar vidros sem deixar manchas. Como disse a Dra. Fátima Oliveira, “a superação do racismo exige uma faxina ética”. Pelo visto, não é todo mundo que está disposto a fazê-lo. É mais fácil empurrar a sujeira para o quartinho de empregada.
*Luana Diana dos Santos é Historiadora e Professora da Rede Estadual de Ensino de Minas Gerais.

Call-Center Ornitorrinco



photo by shorpy.com
Esta portentosa CPU comanda nosso Centro de Atendimento ao Internauta Desocupado

CALL-CENTER ORNITORRINCO: Oi, você é Vivo e é Claro que ligou para a Tim. Bom dia. Eu sou Naulo Goberto Pequinel, Consultor das Organizações Ornitorrinco. Em que posso estar ajudando, meu philho?
INTERNAUTA DESOCUPADO: Por que você usa tantos palavrões nas suas postagens? Não seria exagero? Por que ‘meu philho’?
CCO: Até pode ser, meu philho, mas faço uso de direito inscrito na Constituição. Acabo de vir da pharmácia, meu philho, e comprei meu suprimento mensal de Rhum Creosotado e Pomada Belladonna.
ID: Você é gay?
CCO: Não sou, mas meu filho mais novo é e quando resolveu viver abertamente e sem medo sua sexualidade eu, sendo seu pai, assumi com ele o compromisso de não permitir que seja acuado pela intolerância, pelo preconceito ou, muito pior, pela violência estimulada por esta tropa de pilantras atrasados, fascistas, homofóbicos. Lutarei enquanto eu puder e nos meus termos.  
ID: Não seria mais adequado você oferecer a outra face?
CCO: Veja bem, a minha outra face eu até poderia, mas a do meu filho, bem, isso eu não ofereço. Comigo será assim, no cacete, na porrada. Da medalhinha pra baixo é canela e ‘taco-lhe’ a chanca, meu philho.
ID: Chanca? Que coisa é essa, seu Naulo?
CCO: ‘Chanca’ é como na minha adolescência a gente chamava chuteira. Se bem me lembro, era marca de uma chuteira ruim e dura feita em Curitiba.
ID: Mas chamar nobres deputados de pulhas, de patifes e de filhos-da-puta, assim, com todas as letras, não é demais da conta?
CCO: Eu não posso impedir que essa gente odeie quem seja diferente, mas quando verbalizarem esse ódio, bem, eu lhes responderei direto nas fuças. Faço isso para defender meu filho, é meu direito de pai e dele não abro mão, muito menos para esta tropa de patifões filhos-da-puta.
ID: Nossa, o senhor é tão agressivo! Desse jeito, vai acabar indo pro inferno.
CCO: Não, meu philho, nem eu nem você iremos pro inferno. No máximo, pelas minhas contas, passaremos uma temporada tendo que ligar diariamente para alguma porra de call-center. E por falar nisso, você já me encheu
‘os pacová’. Anote ai o protocolo, isso, JU6543098GRT54-00 e, em 72 anos úteis alguém fará contato para resolver seus problemas. Enquanto isso, faça fervorosas orações para são josé serra atingido e para santa marina esverdeada.
ID: TU-TU-TU-TU...

NÃO GOSTOU DO NOSSO CALL-CENTER? 
EXPERIMENTE O DE QUALQUER 
OPERADORA DE TELEFONE, MEU PHILHO. 

quarta-feira, 30 de março de 2011

O pastor e deputado federal Marcos Feliciano é um completo filho-da-puta homofóbico e racista

Em 7 de março, aqui, eu disse sobre este deputado de bosta que "o patifezinho sorridente cuja foto emporcalha este blog, seguramente é um daqueles apóstolos, bispos, missionários ou qualquer porcaria assemelhada cuja vida já está muito bem resolvida: na igreja, a sacolinha já lhe pagou inclusive a campanha para deputado e, no Congresso, daqui há quatro anos, o bostinha irá requerer uma aposentadoria. Com a licença necessária de todos, retiro-me para vomitar no canto." 
Pois eis o que encontrei hoje no Com Texto Livre a respeito deste monte de estrume que continua obrando em nome de deuses que não existem e de um livro completa e absolutamete inútil, a bíblia. Por favor, não me peçam para ser gentil ou educado com quem fala e acredita nestas merdas. Não me insultem. Acompanhem, em vermelho e em itálico, o pensamento vivo deste energúmeno que se declara intermediário do além. 
Pastor segue Boçalnaro

O pastor Marco Feliciano, eleito deputado federal pelo PSC, parece nunca ter ouvido falar da Lei 10.639/03* e além da sua abissal ignorância sobre o continente africano exposta nos tweets abaixo, está no fio da navalha para revelar o seu racismo e homofobia.

Quem sabe depois de cassar Bolsonaro por falta de decoro, juntamos esforços para fazer uma verdadeira limpa no Congresso, varrendo de lá tantos preconceituosos?

Há uma maldição forte e estranha na bíblia. A maldição de Noé sobre seu neto Canaã, filho de Cam. Pq desta maldição?
Pr. Marco Feliciano
Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos.
Pr. Marco Feliciano
Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, aids. Fome... Etc
Pr. Marco Feliciano
Sendo possivelmente o 1o. Ato de homossexualismo da história. A maldição de Noé sobre canaã toca seus descendentes diretos, os africanos.
Pr. Marco Feliciano

*Lei 10.639 de 9 de janeiro de 2003 - estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

Pode até não parecer, mas eu tenho talento, meu belo corpo não é tudo


Fecharei a semana com 20 mil acessos, o que me obriga a dizer desde logo em alto e bom som que, ao contrário do que dizem as línguas bi-partidas, atucanadas e viperinas da oposição, não sou apenas um vovô com um corpão bonito e barriga de tanquinho, ou um velhinho com carinha faceira e maquiada navegando na blogosfera e tendo acesso às vagas específicas nos estacionamentos, não sou apenas um sujeito de belos traços 
e de cabelos brancos arrumados
por truques de photoshop.
Não, não tenho ajuda de nenhum personal-writer, 
eu tenho talento, eu sei escrever ivo viu a uva sem errar e, que fique bem claro, 
vovô ainda procura a vulva da vovó, ora essa.

De todo modo,
dedico minha modesta conquista
para você que diz
ao ver-me subir no trem:
“adeus, ilustre partinte!”
Ao que eu, educadamente, responderei:
“Adeus insigne...ficante!”
  

Eu creio no Vick Vaporub, que cura rinite e depressão. Aleluia!

A fé se alimenta de hipocrisia como os vampiros se alimentam de sangue.

O Ornitorrinco, cujo assento no inferno está garantido, adorador antigo e fiel da Pomada Belladona, do Óleo de Fígado de Bacalhau e do Rhum Creosotado, pede que você preste atenção no pastorzão, um manipulador desavergonhado que ri ao conseguir mais uma pessoa para que sua sacolinha esteja sempre cheia.

Homofóbito e racista, o deputado Bolsonaro afina ou, falando com mais clareza, agora o pulha caga ralo.

Jair Bolsonaro, pai fascistão e patife do bostinha fascista e sorridente aí de baixo

Carlos Bolsonaro, bostinha fascista, filho bem educado do patifão fascista aí de cima
Eu visito Altamiro Borges todos os dias

Reproduzo artigo de Rogério Tomaz Jr., publicado no blog Conexão Brasília-Maranhão

Com todas as suas limitações e contradições, a democracia política que experimentamos hoje garante liberdade suficiente para que exista todo tipo de posição política e ideológica.

Nesse regime, até excrescências como o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) podem existir.

Saudoso dos tempos em que liberdade de expressão no Brasil não passava de quimera, Bolsonaro jamais admitiria, mas deve sua visibilidade justamente à liberdade política que hoje vigora no País, apesar de — e contra — gente como ele.

Menos de vinte e quatro horas após a exibição de uma entrevista sua — ao quadro “O Povo quer saber”, do CQC — em que destila homofobia e racismo em doses concentradas, o deputado valentão afinou.

A repercussão da entrevista, sobretudo da resposta à pergunta da cantora Preta Gil, foi extremamente negativa.

É certo que o racismo ainda existe e é muito forte nas entranhas da nossa sociedade. Entretanto, a sua manifestação explícita, especialmente por uma pessoa que exerce cargo público e da qual se espera seriedade e responsabilidade, é sempre alvo de intensa e inequívoca rejeição, ao contrário da homofobia, não apenas tolerada, mas exaltada e difundida de todas as formas e em quase todos os espaços (*).

Em discurso no plenário da Câmara, na tarde de terça (29), Jair Bolsonaro — perdoem a expressão chula — “cagou ralo”, abaixou o tom de voz, provavelmente por medo de perder o mandato, e tentou remediar o irremediável.

“Eu quero crer que foi um erro meu, que me equivoquei na pergunta”, afirmou um sóbrio e calmo Bolsonaro, em raro ou único pronunciamento onde não achincalhou parlamentares de esquerda e/ou atuantes em direitos humanos.

Agora vai responder a representação onde é acusado de quebra de decoro, por cometer o crime de racismo, e poderá perder o mandato e, junto com ele, a tribuna privilegiada para seus arroubos e provocações de moleque de recados dos milicos de pijamas.

Também na terça, um grupo de quase vinte deputados e deputadas, de quatro partidos (PCdoB, PDT, PT e PSol), protocolou na Presidência e na Corregedoria da Câmara uma representação contra Bolsonaro (**). O documento também será encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH), principal órgão colegiado de direitos humanos em nível federal.

Os deputados petistas Édson Santos (RJ) e Luiz Alberto (BA), ambos militantes do movimento negro, eram os mais indignados. “A declaração é indigna de um representante da sociedade e a tentativa posterior de remediar a situação é um ato de covardia”, classificou o primeiro. “Ele não emitiu apenas uma opinião, algo que é garantido pela imunidade parlamentar, mas cometeu um crime previsto em lei”, arrematou o baiano.

Se a cassação virá, ninguém pode afirmar. De qualquer modo, o recuo do falastrão indica que até mesmo ele possui nítida noção de que existem limites para o reacionarismo.


* Sou defensor incondicional da aprovação do PLC 122 (clique aqui para conhecer), projeto de lei que criminaliza a homofobia e pode frear ou diminuir a violência cotidiana que, no Brasil, causa a morte de uma pessoa a cada dois dias. Vale ressaltar que, ao contrário do que dizem alguns pastores, padres e outros fundamentalistas religiosos, a aprovação do PLC 122 não significa “mordaça” ou interferência do Estado nos assuntos religiosos. O PLC 122 trata apenas de garantir o respeito à Constituição, que proíbe qualquer tipo de preconceito ou discriminação. Entre muitas outras, uma das maiores mentiras a respeito do PLC 122 é o boato estapafúrdio dizendo que as igrejas serão obrigadas a celebrar casamentos gays.

** Para apoiar a manifestação, escreva para a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (cdh@camara.gov.br).

O Ornitorrinco pede a palavra para lembrar que o patife, no mesmo programa, afirmou que seus filhos, por terem sido muito bem criados, jamais seriam gays ou viveriam em situação de promiscuidade. Eis um exemplo da boa educação que ele deu aos filhos, que são, evidentemente, da mesma laia que o pai patifão.

Em 22 de fevereiro de 2011, o vereador pelo PP no Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro, enviou proposta para a Mesa Diretora da Câmara Municipal sugerindo "programa social" para os moradores de rua.

Para o vereador, os moradores de rua são os responsáveis pela proliferação da miséria, aumento da criminalidade, baixa qualidade da educação, falta de emprego, condições deploráveis de assistência médico-hospitalar e também pela deficiência no transporte público e, é claro, a gestação indesejada.

Assim, para resolver todos esses problemas da cidade do Rio de Janeiro de uma vez por todas, o vereador pretende apenas esterilizar os moradores de rua. Ele é um gênio!

terça-feira, 29 de março de 2011

Matéria explosiva: veja a mais recente brochada do PIG

Eu já havia postado aqui uma bela e inacreditável brochada do PIG.Pois os caras parecem decididos a superar-se.

Rede pré-wireless

photo by www.shorpy.com/node/10211
Hoje você fica alegrinho com as facilidades das redes wireless, não é mesmo? Pois veja como as coisas eram complicadas no século passado, tempos heróicos da infância deste blog, com suas teias intrincadas de fios e suas conexões, priscas eras quando nossos vibrantes textos eram datilografados em moderna Facit Lettera para depois, oh, que sacrifício, oh, tempos românticos, serem impressos naqueles mimeógrafos à álcool.

Oh, a salvação está a caminho!

Sua Cachorritude, Polgrav III, desce dos céus para salvar seus seguidores. Au, au, fazem os ornitorrincos pecadores.

Sua Peixitude, Osmolg IV, carinhosamente envolvido por seu cardume. Glub, glub, dizem os ornitorrincos malvados. 

Uma elite saudosa da escravidão


Eu visito o Tijolaço todos os dias

 

Mães criam grupo ”antiterrorismo” contra empregadas. Elas trocam e-mails com observações sobre sua relação com funcionárias ”ingratas”, que as deixam até ”meio tontas’

Paulo Sampaio (O Estado de S.Paulo)

Indignadas, cerca de 20 mães com sobrenomes tão colunáveis como Gasparian, Vidigal, Pignatari, Souza Aranha e Flecha de Lima se juntaram há cinco anos para fundar o GATB: Grupo Anti-Terrorismo de Babás.
A ideia era se proteger da “petulância” das funcionárias, dar dicas sobre o que fazer em caso de “abuso de direitos” e ainda trocar ideias sobre cabeleireiros, temporadas de esqui em Aspen e veraneios em condomínios do litoral norte.
Hoje, o grupo antiterrorista agrega por volta de cem mulheres que disparam e-mails diariamente. No campo “assunto”, leem-se frases como: “É necessário pagar feriado??”, com várias interrogações ou exclamações, inclusive em inglês, dependendo do tema. “Help!!”

A matéria faz parte de uma reportagem maior, que conta como casais de classe média alta estão contratando paraguaias como babás para seus filhos, por causa de maior dependência – não têm casa nem família aqui –, salários menores e maior dificuldade em mudar de emprego. Dizem que elas são “menos roubáveis” por outras mães que se disponham a pagar melhor e aceitam trabalhar todos os dias, sem folgas. E, dormindo no emprego, ainda podem “ficar acordada caso o bebê caia no berreiro”.
E isso é a gente que defende a “modernidade”.

O Ornitorrinco pede a palavra para afirmar com as letras todas: essa cambada votou em são josé serra atingido, a maioria, e algumas, preocupadas com o “meio-ambiente”, dos seus condomínios de luxo, votaram na santa marina esverdeada.