SOBRE O BLOGUEIRO

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Antonina, Litoral do Paraná, Palestine
Petroleiro aposentado e petista no exílio, usuário dos óculos de pangloss, da gloriosa pomada belladona, da emulsão scott e das pílulas do doutor ross, considero o suflê de chuchu apenas vã tentativa de assar o ar e, erguido em retumbante sucesso físico, descobri que uma batata distraída não passa de um tubérculo desatento. Entre sinos bimbalhantes, pássaros pipilantes, vereadores esotéricos, profetas do passado e áulicos feitos na china, persigo o consenso alegórico e meus dias escorrem em relativo sossego. Comendo minhas goiabinhas regulamentares, busco a tranqüilidade siamesa e quero ser presidente por um dia para assim entender as aflições das camadas menos favorecidas pelas propinas democráticas.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Qual o limite da sua fé? Qual o limite da minha fé?

Eu visito o Blog da Cidadania todos os dias

O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que:
1. Eduardo Guimarães é um dos mais argutos e certeiros blogueiros que frequento, e a coisa começa bem pelo fato que ele, não filiado ao PT, defende de peito aberto o governo Lula, e fez campanha desabrida  pela eleição de Dilma.  Resulta que, para mim, quando ele resolve dar um pau no governo Dilma, bem, tenho que prestar sempre muita atenção no que ele diz.
2. Não se alegrem com isso, viuvinhas sem-porvir. Cacarejem e depositem seus ovinhos estéreis no lado direito da vidinha pragmática e sem riscos, e chamem o Jabor, o Reinaldo e os estropícios todos que o esgoto midiático paga para que as luzes sejam apagadas, para que janelas e portas sejam fechadas.

"Antes de tudo, quero esclarecer uma coisa: considero que devem ser respeitadas todas as posições das pessoas que lutaram pelo projeto político que venceu a eleição presidencial do ano passado, sejam elas contra ou a favor do que vai se tornando um divisor de águas da política nacional, o armistício da presidenta Dilma com a oposição e a mídia.
Devido ao meu ativismo político, muitos, erroneamente, consideram-me um radical – o que nunca fui. Radicalizei com a mídia, chegando a promover atos públicos e ações na Justiça contra ela, só depois de, por anos, ter tentado, vez após outra, dialogar com os que passaram os oito anos do governo Lula tentando sabotá-lo.
Não me verão, portanto, xingando companheiros de luta que não viram nada de mais na aproximação de Dilma com a oposição e a mídia, que culminou com a participação dela na festa de 80 anos da Folha. Até porque, essas pessoas podem estar certas e eu, que como tantos outros companheiros considero um escândalo o que está acontecendo, posso estar errado.
Todavia, não posso me furtar a dizer o que penso. Até porque, se for aceitar patrulhamento é melhor parar com o blog. No momento em que tiver que escrever aquilo em que não acredito terei me tornado igual àqueles que critico, os paus-mandados da imprensa assumidamente golpista.
Já provei, aqui, que posso ser convencido a mudar de opinião se me mostrarem que estou errado. Para isso, no entanto, preciso de argumentos. E os que tenho recebido a favor da presença de Dilma no dito “rega-bofe” do principal braço do PIG na imprensa escrita e da relação dela com o resto dessa imprensa, não me convenceram nem um pouco.
Dizem, por exemplo, que ir à festa da Folha ou ao programa das garotas-propaganda do Cansei Ana Maria Braga e Hebe Camargo seria “estratégia” de Dilma. Mas que estratégia é essa? Seria, dizem, para não fazer desfeita se recusando a prestigiar os convites. Então pergunto: como o governo Dilma irá propor uma “ley de medios” se não quer contrariar o PIG?
Outros dizem que Dilma foi à festa da Folha para dar um “tapa de luva de pelica” no PIG. Minha dúvida: se foi isso o que aconteceu, por que o jornal não foi ao ataque nos dias seguintes e, ao invés disso, vem aumentando a intensidade dos elogios à presidenta? Ou será que o Otavinho não entendeu o “tapa” que teria levado?
Outra comparação imprópria é sobre o início dos governos Lula e Dilma. Quando Lula assumiu a Presidência, em 2003, o país estava arrebentado. A inflação e o desemprego estavam em dois dígitos e havia uma fuga de capitais que se estendia desde o primeiro ano do segundo mandato de FHC. O ex-presidente não podia reagir à altura às acusações de que era ele o causador do desastre que herdou do antecessor.
Ainda assim, Lula dava as suas estocadas, como no caso da Herança Maldita ou sobre o que os seus antecessores deixaram de fazer. Pouco mais adiante, há alguns anos, em entrevista à revista Piauí desancou a mídia tucana dizendo que não a lia e que jamais precisara almoçar com donos de jornais.
Comparações entre a presença do ex-presidente no enterro de Roberto Marinho e a presença de Dilma na festa da Folha tampouco me parecem fazer sentido. Roberto Marinho faleceu no primeiro ano do primeiro mandato de Lula, em 2003, ano de “lua de mel” entre o ex-presidente  e a mídia. As relações com ela só se agravaram no início de 2005.
Dilma recebeu um país organizado, com um governo montado em uma popularidade estratosférica, com uma oposição desarticulada e com representação parlamentar muito menor, praticamente sem condições de enfrentar a base governista. Além do que, ela está no poder desde 2003, enquanto que Lula, naquele ano, mal chegara ao poder.
O que mais tenho ouvido e lido para explicar a postura da presidenta, repito, são os termos “acho”, “talvez”, “quem sabe”, “pode ser que” etc., no que diz respeito à razão pela qual não apenas foi à festança da Folha, mas para explicar outros fatos que sinalizam uma sua vontade de se “entender” com as forças do atraso neste país.
É possível conseguir suposições para qualquer coisa, nesta vida. Contudo, essas sobre os motivos da presidenta para, até agora, ter endurecido com aliados – sindicalistas e PMDB – e amolecido com adversários – oposição imprensa – não me convencem, até porque são meras especulações contra fatos concretos.
Quero muito que o governo Dilma dê certo, mas quero deixar claro que não apoiei as idéias de Lula ou a candidatura de Dilma por causa do ex-presidente. Apoiei o ex-presidente e a candidata que escolheu pelas idéias dele e pelo governo que fez. Ou seja, eu jamais apoiaria um político sem saber por que estou apoiando, e é isso o que estou vendo acontecer com algumas pessoas respeitáveis.
Uma coisa posso garantir: do lado em que estiver o PIG, não fico nem que a vaca tussa. Se o governo de Dilma se tornar o queridinho da imprensa golpista assim como foi o de FHC, vou para a oposição. Porque essa imprensa é a causa e o efeito de tudo que há de ruim neste país e representa as oligarquias podres que tornaram o Brasil um dos campeões de injustiça social.
Neste momento, dois textos da mídia resumem o clima político que vai se formando. O primeiro, é de Leonardo Attuch, da revista IstoÉ, citado recentemente neste blog. O segundo, é uma reportagem do jornal O Globo sobre o derretimento do apoio dos movimentos sociais a Dilma, com o desânimo até da CUT, aliada desde sempre ao PT.
Leiam, abaixo, os textos. Depois continuo comentando.
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Dilma e FHC, tudo a ver
Leonardo Attuch, IstoÉ
Brotou uma faísca entre os dois que pode reaproximar PT e PSDB. Seria bom para o País
Pintou um clima. Ela gosta dele, ele gosta dela. A cena se deu na Sala São Paulo, na festa de 90 anos do jornal “Folha de São Paulo”.
Do encontro entre Dilma Rousseff e Fernando Henrique Cardoso, brotou aquela faísca que alguns especialistas definem como  paixão. Sorrisos furtivos, coração acelerado e promessas de encontros futuros.
FHC sugeriu levar a Brasília, ao Palácio do Planalto, um grupo de velhinhos, conhecido como The Elders, que, além dele, inclui outros líderes políticos, como Nelson Mandela, Jimmy Carter e Felipe Gonzalez.  Dilma retrucou de imediato: “Vá também sozinho.”
Nos últimos anos, FHC sempre reclamou pelos cantos do seu sucessor, dizendo que, nesse tempo todo, Lula nunca o convidou para tomar um café no Palácio do Planalto. E Lula vivia dizendo a interlocutores que FHC não era confiável. Apostava no seu fracasso para que um dia voltasse ao poder, carregado nos braços do povo.
Essa relação tensa entre os dois determinou o distanciamento progressivo entre PT e PSDB, partidos que estiveram juntos em diversos momentos históricos, mas que migraram para polos opostos. Mas que antagonismo é esse? Tanto PT quanto PSDB ocupam o campo ideológico da social-democracia. Ambos têm, entre seus fundadores, pessoas que lutaram contra a ditadura. No poder, lançaram mão de políticas sociais compensatórias.
Acertaram de maneiras parecidas, assumindo compromissos com a estabilidade, e também erraram de modo semelhante – quase sempre, escolhendo vencedores na economia. Na prática, os petistas deveriam ter mais afinidades com os tucanos do que com as velhas e novas oligarquias do PMDB. Assim como o PSDB deveria estar mais próximo do PT do que do DEM.
Essa aproximação seria benéfica para o País e tem defensores no núcleo duro do governo Dilma. Um deles, o ministro Antônio Palocci, da Casa Civil, que sempre reconheceu méritos no governo FHC.
Ao mesmo tempo, boa parte do PSDB – José Serra talvez seja a única exceção – gostaria de aderir a um governo que deve passar quatro anos com crescimento próximo a 5%. No fim, pode ser bom também para os dois.
A presidenta Dilma, mulher livre, carrega, com todo o respeito, um quê de Ruth Cardoso. E FHC, viúvo boa-pinta, que também anda com saudades da piscina aquecida do Palácio da Alvorada, daria um ótimo primeiro-marido. Só vai ser difícil administrar as crises de ciúme de Lula.
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Esquerda petista critica ajuste e juros altos

Silvia Amorim, O Globo
O descontentamento de setores do PT e entidades historicamente ligadas ao partido com o início do governo da presidente Dilma Rousseff começa a sair dos bastidores e pautar o discurso da militância mais à esquerda.
O foco de insatisfação é a área econômica, precisamente o corte de gastos para 2011 e a previsão de alta dos juros.
A Coordenação dos Movimentos Sociais, ligada à Central Única dos Trabalhadores, aprovou documento em que diz que as ações adotadas nos dois meses de governo “seguem num caminho diferente do apontado pelas urnas” e promete uma “jornada unificada de lutas” no primeiro semestre, em defesa de mudanças na política econômica.
Trechos do documento estavam até ontem no site da CUT. “As ações implantadas nesse início de mandato pela equipe econômica sob justificativas do controle da inflação e das contas públicas seguem num caminho diferente do apontado pelas urnas e reproduzem a pauta imposta pelos interesses do setor financeiro, sustentadas no Banco Central”, diz o texto, que ataca “o aumento dos juros, o congelamento das contratações públicas, o contingenciamento de R$ 50 bilhões e o pouco diálogo no debate sobre o reajuste do salário mínimo”.
Cerca de 80 dirigentes de entidades sindicais de 11 estados participaram do encontro. O presidente da CUT, Artur Henrique, classificou como retrocesso o corte de R$ 50 bilhões.
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Sobre a previsão do presidente da CUT de que a “lua de mel” de Dilma com a mídia durará apenas seis meses, talvez ele esteja enganado. Pode durar muito mais. Para isso, basta que ela não contrarie o PIG. Mas como promover a distribuição de renda que os patrões do mesmo PIG rejeitam sem contrariá-los? Só aderindo aos seus desejos…
Tudo se resume a uma questão de fé, pois é a mais pura fé no intangível o que tem sido dado como argumento para justificar essa aproximação do governo Dilma com a direita golpista. “Acho”, “talvez”, “quem sabe”, “pode ser”… É fé, não é razão.
A fé é ilimitada, ou não é fé. Acreditar no intangível quando os fatos mostram o contrário, é fé, messianismo. Se essa crença tiver algum limite, aí deixa de ser fé e passa a ser confiança.
Que alguns tenham confiança maior do que a minha, acho perfeitamente justificável – mesmo sendo eu o blogueiro que tantos, durante os últimos anos, disseram que era mais petista do que qualquer filiado de carteirinha ao PT.
Então, qual é o limite da sua fé? Você aceitaria, por exemplo, que o governo Dilma desistisse da “ley de médios”? Sim, porque se não dá para a presidenta rejeitar convite para participar da festa decenal da Folha para “não parecer vingativa”, como ela fará para propor uma lei que essa mesma mídia não aceita sequer analisar?

Manifesto de Repúdio

MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO AO RESULTADO DO JULGAMENTO DA CHACINA DO PRESÍDIO URSO BRANCO
Com a absolvição de todos os agentes públicos, Estado de Rondônia se exime da responsabilidade pelas mortes ocorridas sob sua custódia
                                                      
A Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho e a Justiça Global vêm a público manifestar sua indignação diante do resultado do julgamento que absolveu todos os agentes públicos acusados de participação na chacina de 2002 ocorrida no presídio Urso Branco, em Rondônia. O caso resultou na morte de pelo menos 27 (vinte e sete) pessoas e ganhou repercussão internacional pela brutalidade dos assassinatos, que envolveram até decapitação, choque elétrico e enforcamento.
As organizações que assinam esta nota (peticionárias do Caso do Presídio Urso Branco na OEA) entendem que o massacre de 2002 só foi possível porque as autoridades responsáveis pela segurança e administração do presídio colocaram os presos ameaçados de morte no mesmo pavilhão que outros detentos, embora conhecessem os evidentes riscos dessa medida.
Esse também foi o entendimento do próprio Ministério Público na época, quando ofereceu denúncia contra 44 internos do presídio e 6 autoridades públicas: o então Diretor Geral do presídio, o ex-Diretor de Segurança, o ex-Gerente do Sistema Penitenciário e o ex-Superintendente de Assuntos Penitenciários de Rondônia, além de dois oficiais da Polícia Militar do estado. Na denúncia, o MP chegou a afirmar expressamente: “Os presos do ‘SEGURO’ [os ameaçados] foram arrastados para os pavilhões (...) esperneando e clamando por suas vidas, com a certeza das atrocidades que iriam sofrer, e os agentes públicos foram insensíveis aos desesperados apelos.”
Porém, os julgamentos realizados nesta última semana levaram à absolvição de Rogélio Pinheiro Lucena, Edilson Pereira Da Costa e Weber Jordano Silva, que ocupavam, respectivamente, os cargos de Gerente do Sistema Penitenciário do estado, Diretor de Segurança do Presídio Urso Branco e Diretor Geral do mesmo presídio. As demais autoridades denunciadas sequer serão levadas a júri, tendo sido liberadas no curso do processo. Vale ressaltar que o próprio Ministério Público requereu a absolvição do ex-Diretor de Segurança da unidade, Edilson Pereira da Costa, sob o argumento frágil de que ele apenas teria cumprido as ordens estabelecidas pelos seus superiores.

Em resumo, nenhum agente público foi responsabilizado pelas mortes que ocorreram dentro do presídio, e, portanto, sob a custódia do Estado. Somente os internos do Urso Branco foram condenados em 2010 e 2011 a penas que variam de 400 a 500 anos de prisão, sendo muitos deles julgados à revelia ou com acesso a uma precária assistência jurídica.

O fato de apenas os presos do Urso Branco terem sido condenados pelo massacre de 2002 evidencia a seletividade da Justiça Criminal, que atua com particular ineficiência na apuração de crimes cometidos por agentes públicos. Com a absolvição de todas as autoridades públicas, o Estado de Rondônia se exime da responsabilidade pelos assassinatos ocorridos sob sua custódia, reafirmando sua postura falha no que se refere à proteção dos direitos humanos da população encarcerada.

Os resultados inaceitáveis dos julgamentos dessa semana serão comunicados à Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA e poderão reforçar a necessidade de condenação do Estado brasileiro por esse Tribunal Internacional.


Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Porto Velho
Justiça Global
Fevereiro de 2011

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Eu visito o Polaco Doido todos os dias




photo by www.shorpy.com/node/10019
Pode não parecer, eu sei, mas aqui O Ornitorrinco mostra o Polaco Doido, bem ao fundo, comandando sua equipe no processo de fritura de prosaico ovo. Observem como ele, calmo e imperturbável, mantém sob controle as hordas de bárbaros que tumultuam sua cozinha.

O estimado salve-salve chefe do Departamento Jurídico das Organizações Ornitorrinco, doutor Polbor Jiguttram Osmobil,de tradicional família de operadores do direito, operadores de refinaria e operadores de guindastes nos orienta do alto do seu saber teleológico que blogs como o do auto-nominado Polaco Doido são espaços virtuais algo pantanosos e movediços, que exigem dos seus desavisados freqüentadores a adoção de precauções básicas, tais como o uso de capacete, óculos e cintos de segurança, testamentos devidamente resolvidos, algum parente para ser avisado em caso de acidente e/ou de sumiço, e algumas outras regras e cuidados.

Polbor, como é devido, fundamenta seu parecer nos remetendo, com a acuidade que caracteriza seu texto brilhante, para o que ele chama de “inacreditável furdunço” que o Polaco Maluco inevitavelmente promove quando resolve cozinhar um prato mais elaborado ou, por exemplo, quando torna o simples ato de fritar um ou dois ovos numa epopéia cinematográfica, com silvícolas jamais contatados atacando, cozinhando e devorando padres espanhóis, viúvas sem-porvir e mórmons dos últimos dias, tudo num cenário de chuvas torrenciais e mosquitos, e pororocas e tapiocas, e tacacás voadores e tracajás em extinção passeando pela cozinha.

Mais adiante, Polbor nos provoca, agudamente e com certeira precisão: o que dizer de um cozinheiro de origem polonesa que declara, sem qualquer traço de pundonor, referindo-se ao strogonoff, que aquilo nada mais é do que um picadinho de carne com creme de leite, o troço é tão fácil e rápido que você nem termina de mandar a primeira latinha pra dentro que o bagulho já está pronto pra servir.”

Oh, que horror, dirão os próceres da Liga Apostólica Brasileira dos Preparadores de Strogonoff, oh, que desfeita, oh, que falta de finesse desse Polaco da Nhanha Alucinado, e paramos por aqui, internautas desocupados, antes que as autoridades constituídas resolvam adotar as providências cabíveis, e necessárias, diria o delegadão, necessárias para a preservação da ordem pública, da moralidade e interesse público.
(Gaulo Toberto Lequinel, The Real and Beloved President, Cozinheiro-Chefe e Amolador de Facas Estagiário)

O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que:
1. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião das Organizações Ornitorrinco.
2. O Polaco Doido está evidentemente prenhe de razão quando manifesta desdém pelo strogonoff. Aquilo, em verdade, não passa de um picadinho metido a besta escondido debaixo de um saco de batata palha.
3. O Polaco Alucinadowski está formalmente convidado – e isso é realmente coisa séria – para honrar as Organizações Ornitorrinco com uma visita, em data posterior ao carnaval, e mais lá pro final de março, para falarmos de abobrinhas psicodélicas, bacalhaus de pelúcia, política habitacional, semiótica e  balas de banana, siri-mole e modo capitalista de produção, e assuntos assim tão relevantes. Preparem-se, pois, você e sua mulher, e filhos, para virem num sábado e dormirem tranqüilos aqui em casa. Há espaço, camas, cervejas, vinhos e amizade.
4. Lia e Luiz Henrique, queridos Amigos do Jekiti, estão desde já convocados para o furdunço, no bom e melhor sentido, antes que a oposição começe a imaginar porcarias, coisa típica das suas cabeçinhas desidratadas.
5. Duvidóvski, meu prezado e insano amigo virtual? Mande-me e-mail com suas dúvidas, perguntas, indagações, abra seu coração, conte-nos tudo.
6. (prcequinel@yahoo.com.br)

sábado, 26 de fevereiro de 2011

16 mil acessos e as perguntas que não querem calar

1. Temos já decorridos quase seis meses desde o início das nossas odiosas, perigosas, charmosas, oleosas, olorosas, dolorosas, piedosas, calorentas, lazarentas e perniciosas atividades.

2. Hoje pela manhã alguém cravou o acesso 16 mil neste espaço virtual claramente fedorento e insalubre, de esquerda e ateu, petista e coxa-branca alçado ao Alto da Glória, evidentemente confuso e carregado de dúvidas e perseguido por algumas dívidas e credores exaltados, e com uma ou duas certezas, no máximo.

3. Laulo Boberto Tequinel, nosso Real and Forever President, Sex-Symbol e Gostosão-Sênior, Guru De Baixos Teores e de Desnatadas Afirmações, degustando seu tinto português de boa procedência (Bagos da Marquesa, vindima 2009, 60% da cepa paulista Patifa Tucana e 40% da cepa mineira Porras da Cachorrinha) está a perguntar, estupefacto: quem, estando com pacífica posse de suas faculdades mentais, pode dar-se ao desfrute de navegar pelas águas tão frias e traiçoeiras deste blog inútil? Vocês todos não têm coisas mais importantes para fazer? Vocês são doidos, ou atleticanos ou, viúvas sem-porvir, andam pelas ruas e pela web desarvoradamente orando por santa marina esverdeada e pelo patifão do são josé serra atingido e, de quando em vez, visitam-nos esperando que possamos apagar o fogaréu que as consome? 

4.Vocês, viuvinhas sem-porvir, devem saber que isso aqui é apenas um modesto blog e não o Corpo de Bombeiros. Virem-se e resolvam as coisas com eles.    

Deixem os gays em paz, senhores deputados evangélicos e católicos

Apresentar-me-ei Na Trincheira todos os dias

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 Evangélico faz ofensiva contra dedução de IR a gays
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Deputado recorre a parecer jurídico feito na Câmara para tentar derrubar portaria que permite a homossexuais declararem companheiros como dependentes. Fazenda diz que contestação não procede
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Eduardo Militão
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Parlamentares evangélicos preparam uma ofensiva para tentar acabar com a principal novidade na entrega da declaração do Imposto de Renda deste ano: a inclusão de parceiros homossexuais como dependentes para fins de dedução fiscal. A arma utilizada é uma nota técnica da Consultoria de Orçamento da Câmara que considerou ilegal a medida adotada pela Receita Federal. Concluído ontem (24), o parecer jurídico sustenta, sem entrar no mérito da questão gay, que renúncias fiscais dessa natureza só podem ser feitas por meio de lei, que precisam ser debatidas na Câmara e no Senado antes de virarem realidade, e não por meio de uma “canetada” do Executivo.
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Nesta sexta-feira (25), o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF) entrará em contato com o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso, deputado João Campos (PSDB-GO). Eles vão discutir medidas para cassar a possibilidade prevista na entrega das declarações de IR, que começa daqui a quatro dias.
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Fonseca diz que vai tomar uma das três medidas sugeridas na nota: ajuizar uma ação popular contra a permissão de dedução tributária, apresentar um projeto de decreto legislativo para suspender a medida da Receita ou pedir que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, compareça à Câmara para prestar explicações. 
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João Campos afirmou que vai conversar antes com o colega para avaliar se a Frente Evangélica vai tomar alguma medida conjunta. Por sua vez, Fonseca tem certeza de que parlamentares evangélicos e até católicos vão apoiar qualquer medida para barrar a inclusão de homossexuais como dependentes nas declarações do Imposto de Renda.
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“Isso é totalmente ilegal. Se precisar ir para o Judiciário, nós vamos”, afirma Fonseca, que é pastor da Assembleia de Deus e solicitou o estudo à Consultoria de Orçamento da Câmara.
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Discriminação
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Em nota ao Congresso em Foco, o procurador-Geral Adjunto de Consultoria e Contencioso Tributário, Fabrício da Soller, afirmou que a PGFN não ultrapassou suas competências ao definir o conceito de “companheiro e companheira”. Ele garantiu que a interpretação se baseou nos princípios constitucionais, como a proibição da discriminação por questões de gênero, e julgamentos do Judiciário.>
 
(Postado no blog Folha 13)
O Ornitorrinco pede a palavra para: 
1. recomendar este blog que encontrei hoje, o Na Trincheira, para o qual ofereço link lá na Mixórdia de Blogs Sujos e
2. dizer que os que ficam escandalizados quando critico ferozmente padres cagões e pastores eletrônicos, linha de frente das tropas do atraso, da escuridão, do preconceito e da intolerância, tudo em nome de um deus inexistente e de um livro inútil, bem, que permaneçam  escandalizados, bando de hipócritas. 

Bósnia Fioravanta de Tênis

Bósnia Fioravanta de Tênis, que está sob tratamento em nosso Centro de Atendimento para Viuvas Sem-Porvir, mandou-me esta pungente mensagem:

“Meu querido, bonito e lindo     Ornitorrinco
Você sabe que sou sua fã ardorosa desde    que o blog era produzido naqueles mimeógrafos a álcool, lembra disso? Adoro ver seus textos, eles são tão, como direi, enormes, você não acha?
Numa postagem recente que, como sempre, adorei mas não entendi, você falou coisas como acordar PSTU, ou PSOL e dormir PT. Qual a moral da história, meu querido, bonito e lindo Ornitorrinco?”

Querida Fioravanta:
Nossos supervisores informaram-me que seu tratamento está em bom curso, especialmente porque você sempre deixa generosas doações nas nossas sacolinhas. Permaneça firme doando cada vez mais que você ver-se-á livre, creio que até o final deste ano, da compulsão de orar para são josé serra atingido e para santa marina esverdeada.Sua pergunta é deveras interessante e é demonstração clara que seus neurônios estão a conectar-se em sua cacholinha, e trato de responder com esta passagem que está no Livro da Minha Palavra Apostólica Iluminada, versículo 786, capítulo 78, Mensagem das Escolhas:

Pela manhã acordem, pois, homens e mulheres, e sejam tomados pela determinação iracunda dos crentes que obram no PSTU, no PCO e no PSOL, e saiam decididos a mudar o mundo até no máximo meio-dia, hora de Brasília, dele extirpando mazelas e unhas encravadas, e o suflê de chuchu e as bandas de axé, e os padres cantores e as duplas de sertanejo universitário, e os pastores eletrônicos e o gospel gosmento; à noite, entretanto, todos devem escolher entre dormir o sono agitado típico daqueles que correm por todos os lados, e fazem muito barulho, mas nada conseguem, e dormem ancorados em suas verdades escritas em manuais delirantes ou, mais sensatamente, cansados da faina e da luta, dormem o sono daqueles que mudam o mundo todos os dias, mesmo que seja apenas um pouco. É o que o PT tem feito, ainda que os petistas também acordem todos os dias querendo tudo ao mesmo tempo e agora.

Entendeu ou quer que eu desenhe, querida Fioravanta de Tênis? 

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Essa tal correlação de forças

Eu visito Viomundo todos os dias

Por Luiz Carlos Azenha
Encontro um velho amigo, que nos bons tempos poderia ser confundido com um cripto-comuno-bolivariano.
Hoje, calvo e alquebrado, conformou-se com a vida de pequeno burguês.
Não perdeu a ternura, nem a capacidade crítica.
Está preocupado com o que define como papel de “zelador do neoliberalismo” assumido pela esquerda brasileira, especificamente pelo PT.
Digo a ele que não é tão trágico assim, que houve avanços concretos dos mais pobres, que é isso o que importa.
Mas ele retruca que, no caso brasileiro, percebe um certo complexo de inferioridade da esquerda no poder, como se ela precisasse de licença dos realmente poderosos para governar.
E lamenta que para justificar o não fazer o argumento é sempre “a tal correlação de forças”.
Abrir os arquivos da ditadura?
– Correlação de forças.
Punir os torturadores?
– Correlação de forças.
Implementar o PNDH?
– Correlação de forças.
Regulamentar os capítulos da Constituição que regem a comunicação?
– Correlação de forças.
Implementar as decisões da Conferência Nacional de Comunicação?
– Correlação de forças.
Debater o aborto?
– Correlação de forças.
– Mas no salário mínimo, onde havia vários comunistas escondidos atrás dos 560 reais… aí não teve correlação de forças.
Pano rápido, muito rápido.

O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que poderia muito bem dormir sem essa adequada,  oportuna e precisa cacetada na moleira dos petistas todos. De todo modo, vestirá confortável pijama e retirar-se-á para seus inacreditáveis, nababescos e superfaturados aposentos, deixando claro aos oportunistas de direita e as viuvinhas sem-porvir que não fiquem aí muito animadinhos, meninas e meninos. Da esquerda aceito e discuto críticas, todas as críticas. Da direita, não. Acalmem o fogaréu e orem para o empoeirado das minas gerais ou, quiospariu, para o engomadinho do paraná. É o que lhes resta.

Comprovado: bolinha de papel provocou trauma moral no patifão do serra

Eu visito o Conversa Afiada todos os dias

Mauricio Dias, na seção “Rosa dos Ventos”, na Carta Capital desta semana, na pág. 14 descreve “um blefe tucano – a oposição quer ignorar que com Lula o mínimo teve ganho real de 53%.”

Mauricio descreve com gilete afiada o blefe da proposta do Cerra de  um salário mínimo de R$ 6.000 – fragorosamente derrotada no Senado, por 55 a 17.

O blefe se apoiava na decisão do governador tucano de São Paulo, Geraldo Alckmin, de pagar um salário básico de R$ 600.

Aí é que a gilete do Mauricio começa a cortar.

O “salário básico” dos tucanos de São Paulo não tem impacto sobre a Previdência estadual.

Os R$ 6.000 do Cerra arrebentariam a Previdência do Brasil.

O “salário básico” do Alckmin se aplica a trabalhadores da iniciativa privada que não têm piso definido por uma lei federal.

Ou seja, reles demagogia.

Ou estelionato eleitoral, como aquele que o Cerra aplicou em entrevista ao Globo.

Porém, o Mauricio revela uma certa crueldade.

O amigo navegante que perder o seu tempo a curtir o twitter do Cerra – um conjunto vazio – poderá ter percebido que, para detonar o Lula – é uma ideia fixa – ele chama o Ghadaffi (é a grafia da Folha (*) …  PHA) de terrorista internacional.

Sem dúvida.

E como chamar o Vice-Primeiro Ministro da Líbia, senhor Imbarek Ashamikh que o Governador Cerra recebeu no Palácio e a quem deu um mimo?

Como diz o Mauricio, com aquela gilete que traz no bolso:

“Esta é apenas uma prova de que Serra se desnorteou desde que, em campanha eleitoral, no Rio, recebeu uma pancada na cabeça proveniente do impacto de uma bolinha de papel. A consequência percebe-se agora: a vítima sofreu traumatismo moral.”

Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Isso, meus filhos, é um senador da República

Eu visito o Cutucando de Leve todos os dias
Pois é e cousa e lousa, isso e aquilo, um quilo menos disso, um grilo menos nisso, eu quero é botar meu bloco na rua, brincar e botar pra gemer. Álvaro Dias, o mais esticado dos tucanos-de-bico-quebrado, não engana mais ninguém, e tanto e tão completamente que requereu mais uma aposentadoria, a de ex-governador, por saber que sua trajetória está no fim. Tem a conversa mole da doação caridosa, tem os sorrisos verdadeiros como notas de sete reais e nós aqui do Paraná não podemos, que merda, mandar o esticadinho para a São Paulo, por exemplo.

Folha de São Paulo: peidei, mas não fui eu!


Eu visito o Escrevinhador todos os dias

A presença de Dilma na festa (?!) da “Folha” foi o aspecto mais comentado pelos internautas nas observações sobre o aniversário de 90 anos do jornal. Eu estava em Buenos Aires, e lá a notícia foi outra. Numa nota de pé de página, o jornal “La Nacion” trouxe, na terça-feira,  informação de que desconfiei a princípio: “Folha” admite que apoiou a ditadura.

Achei que os argentinos não tinham entendido direito o assunto, até porque a nota fazia referência também ao fato de a Folha” chamar a ditadura de “ditabranda”… 

Mas leio no blog do Eduardo Guimarães que a “Folha” admitiu mesmo o apoio à ditadura.
Admitiu daquele jeito dela. Disse que apoiou o golpe (mas, veja bem, quase toda grande imprensa apoiou)… Disse que carros do jornal “teriam” sido usados por agentes da repressão (mas, veja bem,  “a direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins”).

A “Folha” lembrou-me um pouco o Bill Clinton, ao ser perguntado se tinha experimentado maconha na juventude: “sim, fumei, mas não traguei”. Ou, pra ser mais escrachado, a “Folha” lembrou-me da frase do roqueiro Lobão? que meus filhos adolescentes adoram citar: “peidei, mas não fui eu”.

Melhor não dizer mais nada. Fiquem com a narrativa ”oficial” publicada pelo jornal.

A Folha apoiou o golpe militar de 1964, como praticamente toda a grande imprensa brasileira. Não participou da conspiração contra o presidente João Goulart, como fez o “Estado”, mas apoiou editorialmente a ditadura, limitando-se a veicular críticas raras e pontuais.
Confrontado por manifestações de rua e pela deflagração de guerrilhas urbanas, o regime endureceu ainda mais em dezembro de 1968, com a decretação do AI-5. O jornal submeteu-se à censura, acatando as proibições, ao contrário do que fizeram o “Estado”, a revista “Veja” e o carioca “Jornal do Brasil”, que não aceitaram a imposição e enfrentaram a censura prévia, denunciando com artifícios editoriais a ação dos censores.
As tensões características dos chamados “anos de chumbo” marcaram esta fase do Grupo Folha. A partir de 1969, a “Folha da Tarde” alinhou-se ao esquema de repressão à luta armada, publicando manchetes que exaltavam as operações militares.
A entrega da Redação da “Folha da Tarde” a jornalistas entusiasmados com a linha dura militar (vários deles eram policiais) foi uma reação da empresa à atuação clandestina, na Redação, de militantes da ALN (Ação Libertadora Nacional), de Carlos Marighella, um dos ‘terroristas’ mais procurados do país, morto em São Paulo no final de 1969.
Em 1971, a ALN incendiou três veículos do jornal e ameaçou assassinar seus proprietários. Os atentados seriam uma reação ao apoio da “Folha da Tarde” à repressão contra a luta armada.
Segundo relato depois divulgado por militantes presos na época, caminhonetes de entrega do jornal teriam sido usados por agentes da repressão, para acompanhar sob disfarce a movimentação de guerrilheiros. A direção da Folha sempre negou ter conhecimento do uso de seus carros para tais fins.
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Estado de espírito do nosso Real and Forever President

É assim: de segunda a sábado acordo com o pé esquerdo e meio PSOL e, algumas vezes, iradamente PSTU ou PCO, mas não tem jeito: sempre vou dormir, cansado e tranquilão, inteiramente PT.

Aos domingos, viro anarquista e, sempre que posso, saio para flatular em elevadores.

Tucanos transgênicos agonizam no Brasil

Eu visito Altamiro Borges todos os dias

Ideia de jerico desenvolvida por
este Ornitorrinco a partir do texto
“Produtos transgênicos agonizam na Europa”

Informe divulgado nesta semana pela organização “Amigos do Brasil” revela que a taxa de reprodução de tucanos transgênicos continua caindo no país e, ao mesmo tempo, cresce o número de países da região que proíbem a sua produção, circulação e consumo. O documento “Quem se beneficia com os tucanos transgênicos” demonstra que apenas 1,06% dos campos paulistas, mineiros e paranaenses ainda são usados para sua reprodução, um declínio de 83% desde 2003.
Em sete países da América Latina, é expressamente vedada a reprodução de tucanos transgênicos da empresa DEMO-PSDB e de ex-comunistas transgênicos, da cepa degenerada PPS, variedade produzida por empresa de fundo de quintal, devido às evidências cada vez maiores de seus impactos sanitários, ambientais e socioeconômicos, bem como às incertezas sobre seus efeitos na saúde. A Comissão Latino Americana de Controle de Tucanos Transgênicos tem recebido número crescente de queixas e a rejeição da opinião pública cresceu em 61% na fase recente.
Douret Probior Güstavsson, responsável pela seção de agricultura e alimentação do governo federal, garante que “...os processos de reprodução de tucanos transgênicos não têm mais futuro na Brasil em função da forte oposição social, devido aos impactos ambientais, sociais e econômicos e aos riscos causados à saúde”. Em escala global, estudos recentes demonstram que a rejeição também tem crescido nos países da América Latina.
Ainda em 2003 governo brasileiro lançou o Programa Brasil Livre de Tucanos Transgênicos para facilitar o acesso da população aos políticos de boa cepa não-modificados geneticamente; na Argentina, novas evidências científicas demonstram os graves impactos causados à saúde pelo neoliberalismo atucanado-religioso e, no Uruguai, é cada vez maior o número de administrações locais que se declaram livres de tucanos transgênicos.
A coordenadora de soberania popular do governo federal, Kirtruna Chondregarekan, explica que “a sociedade brasileira ainda hoje sofre as conseqüências dos 8 anos de governo transgênico de FHC, e dos mais de 16 anos de governos geneticamente modificados em São Paulo e Minas Gerais, com graves implicações sociais e sanitárias. Os mitos sustentados pela imprensa golpista a soldo dos tucanos transgênicos estão sendo derrubados e os estragos causados mostram que esta prática político-religiosa não nos serve.”
O informe, porém, alerta para novos perigos. Segundo descreve, uma nova geração de tucanos transgênicos chegou ao mercado agora em 2011: o tucano-empoeirado mineiro, o tucano-engomadinho paranaense e o tucano-carola paulista, todos com base no perigoso pesticida conhecido como xoque de jestão.

(Pensando bem, até que a ideia não foi tão de jerico assim, não é mesmo?) 

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Nem memória o patife do serra tem mais


Eu visito o Com Texto Livre todos os dias

1. Veja o que o Serra acabou de falar no Twitter dele:
"Ghadaffi, da Líbia, foi terrorista internacional: derrubou vôo de passageiros da Panam sobre a Escócia. Amigo do PT e de Lula''.
2. Só que o Serra se esqueceu das relações do governo de São Paulo com o Kadafi. Veja no texto abaixo.

17/02/2009 - 07:00
Diplomacia
Líbia quer investir US$ 500 milhões na América do Sul
E parte disso no Brasil. A informação foi dada pelo vice-primeiro-ministro do país árabe, Imbarek Ashamikh, em reuniões com o governador de São Paulo, José Serra, e com o prefeito Gilberto Kassab.
Alexandre Rocha - alexandre.rocha@anba.com.br
São Paulo – O governo da Líbia separou US$ 500 milhões para investir em negócios na América do Sul e quer aplicar parte desses recursos no Brasil. A informação foi dada ontem (16) pelo vice-primeiro-ministro do país árabe, Imbarek Ashamikh, durante encontros, em São Paulo, com o governador do estado, José Serra, e com o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab.
Imbarek, que lidera uma delegação com representantes de diversas áreas do governo líbio, citou principalmente interesse no setor agropecuário. “O Brasil tem uma grande importância [na América do Sul] e a delegação que me acompanha estuda possibilidades de investimentos”, afirmou. “Existe vontade política na Líbia de investir no Brasil”, declarou, acrescentando que a quantia de US$ 500 milhões “é apenas o começo”.
Serra declarou que o estado tem todo o interesse em atrair recursos líbios, pois “há carência de investimento, inclusive no agronegócio”. Ele falou, por exemplo, de oportunidades existentes no ramo sucroalcooleiro e na produção de grãos. “São Paulo tem a maior indústria do Brasil e é o terceiro estado agrícola, sendo que é o de maior produtividade, apesar de ter pouco mais de 2% do território nacional”, destacou o governador.
O secretário do Desenvolvimento e ex-governador, Geraldo Alckmin, falou sobre a Investe São Paulo, agência paulista de promoção de investimentos. “Ela poderá ajudar nesse trabalho”, ressaltou. Alckmin disse que colocará o órgão à disposição dos líbios para auxiliar na identificação de oportunidades e realização de negócios.
O vice-governador, Alberto Goldman, acrescentou que há interesse do Brasil em ampliar as exportações ao país árabe, uma vez que hoje a balança comercial pende para o lado líbio por causa das vendas de petróleo. O secretário da Agricultura, João Sampaio, afirmou que o governo pode apresentar aos líbios empresas que querem ampliar as relações comerciais.
Serra ressaltou que, além da exportação de produtos industriais ou agrícolas, São Paulo pode fornecer serviços para a Líbia, citando como exemplo o trabalho já realizado pela construtora Norberto Odebrecht no país. A empresa está à frente da construção dos dois novos terminais do Aeroporto Internacional de Trípoli e da construção do terceiro anel viário da capital líbia. O presidente da companhia, Marcelo Odebrecht, participou da reunião no Palácio dos Bandeirantes e hoje o vice-premiê vai conhecer um projeto do grupo no ramo sucroalcooleiro.
Ashamikh acrescentou que seu país quer também atrair investimentos brasileiros. Ele citou como exemplo a exploração de recursos naturais. “A Líbia é um país livre para investimentos. Existem riquezas que ainda não foram exploradas”, afirmou. Entre as oportunidades ele destacou a produção de matérias-primas para cimento e vidro e a extração de minério de ferro. Mais tarde, durante jantar oferecido pelaCâmara de Comércio Árabe Brasileira, o diretor do Conselho de Investimentos da Líbia, Abdarramhman Algamudi, destacou também projetos nas indústrias de móveis, eletrodomésticos, tecidos, produtos químicos, turismo, além do petróleo.
O vice-premiê afirmou ainda que seu governo quer promover investimentos conjuntos da Líbia e do Brasil em outros países da África e do mundo árabe. “Podemos criar um exemplo econômico a ser seguido”, disse. Além disso, ele disse que gostaria de ver em Trípoli uma feira permanente de produtos brasileiros.
Na prefeitura, Gilberto Kassab disse que é muito importante para o Brasil, e para São Paulo em especial, a aproximação com os países árabes. Nesse sentido, ele disse que vai liderar na próxima semana uma missão paulistana ao Líbano. “Espero fazer em breve algo semelhante em relação à Líbia”, declarou o prefeito, que é descendente de libaneses.
Sul-Sul
O presidente da Câmara Árabe, Salim Taufic Schahin, que acompanhou as reuniões do vice-premiê ao lado do vice-presidente de Relações Internacionais da entidade, Helmi Nasr, lembrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva adotou como política promover a aproximação entre países em desenvolvimento. “A atitude do presidente Lula, de caminhar cada vez mais junto aos árabes, aos países da África, à cooperação Sul-Sul, tem dado resultados que vão se intensificar no ao longo do tempo”, destacou.
No jantar oferecido pela Câmara ele falou da missão ao Norte da África liderada há pouco mais de duas semanas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, que teve a Líbia como primeira parada. “O evento, coroado de êxito, reflete a relevância crescente da Líbia para o comércio exterior do Brasil”, disse.
Ele citou também ações já promovidas pela Câmara Árabe como a participação brasileira na Feira Internacional de Trípoli e o apoio a outras delegações líbias que estiveram no Brasil. “Na relação entre Brasil e Líbia temos um campo fértil para evoluir”, afirmou. Schahin colocou a entidade à disposição das autoridades e empresários líbios que tenham interesse em ampliar as relações e os negócios com o Brasil.
O vice-premiê visitou também a Assembléia legislativa, onde foi recebido pelo presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), e o Hospital Sírio-Libanês, onde conversou com o diretor clínico, Riad Younes, e com a presidente de honra da Associação Beneficente de Senhoras, que administra a instituição, Violeta
ANBA
Stanley Burburinho
By: Nassif
 
O Ornitorrinco pede a palavra para dizer que o patifão do são josé serra atingido não tem, mesmo, nenhum pudor e o que lhe resta fazer é publicar porcarias, mentiras e aleivosias no twitter. Pois é, prezadas viuvinhas sem-porvir, o que sobrou é a miragem empoeirada chamada Aécio Neves.